Parte Um: Tudo Que desejo É você

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Por a história ter ficado muito longa, decidi dividir em duas partes, espero que gostem e que curtem muito essa fic... se quiserem da ideias para próximas versões de Narol, deixe nos comentários. Que tentarei fazer o melhor, e fiquem com o capítulo e até a continuação desse.

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Sinopse

Natália e Carol se veem confrontadas com as consequências inesperadas de um desafio durante uma brincadeira de Verdade ou Desafio que Lara tinha feito, que seria elas se beijar. Embora inicialmente acreditem que o beijo não tenha significado, elas logo percebem que a vida não segue seus planos. Agora, precisam lidar com sentimentos há muito tempo reprimidos e questionar se finalmente irão se render ao desejo e à paixão que surgiram entre elas.

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NATÁLIA PONTO DE VISTA

Verdade ou desafio

Estava sentada na frente da piscina enquanto a observava e tomava um bom vinho branco. Era meu sexto encontro com as meninas, desde aquele primeiro convite de Lara, há quase um mês. Às vezes, é estranho tê-las de volta em minha vida, como se fossem estranhas durante todo esse tempo, como se não tivessem feito parte da minha trágica história.

Antes disso tudo nesses 25 anos, nunca mais as tive em minha vida. Após a morte de meu irmão, nos afastamos e eu não permitia que elas vissem o que ocorria comigo. A única que tentou, mesmo eu fazendo de tudo para evitá-la após os eventos na casa da Serra, foi Carol. Mesmo desejando vê-la e sentir seus braços naquele tempo, eu achava que era melhor assim. Assim como eu a vida dela também não era nada fácil naquele tempo, Carol sofreu muito nas mãos de meu irmão que a tratava como se fosse uma qualquer e por mais que nunca fossemos próximas eu sempre a defendia dele, claro que ela nunca soube disso.

Então não queria que ela ficasse presa na memória dele mais do que provavelmente ela já estava. Mandei que Pedro ou as pessoas que "cuidava" me proibissem de me visitar ou de qualquer tipo de contato comigo.

Não estava bem e permitir sua presença a faria ficar em desgraça igualmente a mim. Minha mente era atormentada todas as vezes que lembrava do corpo de Bruno, jogado sobre aquelas pedras e areia, misturando com seu sangue.Além de não aceitar sua morte, tentei diversas vezes dar um fim à minha própria vida, mas sempre fui impedida por alguém. Até que um dia ultrapassou todos os limites, chegando ao ponto de quase perder o que para muitos já era difícil de manter.

Na banheira, desmaiada, quase morrendo após ingerir uma mistura de medicamentos e substâncias ilícitas, só lembro da voz desesperada de meu irmão Pedro, enquanto eu não acordava e sofria leves convulsões. Após aquele dia trágico, e por algum milagre eu ter sobrevivido, Pedro decidiu me internar, buscando tratamentos para tentar fazer com que eu voltasse a ser quem era antes de tudo isso.

Mas, para sua tristeza, nunca mais fui a mesma. A morte de meu irmão levou consigo uma parte de mim que jamais retornará. E é por isso que afastei a mulher que mais amei ao longo desses 25 anos. O vazio em meu peito era como uma ferida aberta, uma cicatriz invisível que me lembrava a todo momento da perda irreparável que sofri. E mesmo que a presença de Carol tivesse sido reconfortante, eu preferia a solidão e me perdia em um mar de lembranças dolorosas.

Paixao Ardente (NAROL)Onde histórias criam vida. Descubra agora