WAKE UP

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GATILHOS DO CAP: ABUSO, AGRESSÃO, ANSIEDADE, PESADELOS LÚCIDOS

se esses tópicos te causam gatilhos, PULE IMEDIATAMENTE!
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POV: S/n Díaz

Sem nenhuma memória, eu acordei agora em um hospital. Sinceramente não consigo lembrar de nada do que aconteceu.

Percebo que Eric está no quarto comigo e ele ao perceber que acordei, se levanta e vem me abraçar imediatamente.

- Boa noite. - Digo extremamente fraca

- O que você disse? - Meu cunhado pergunta

Eu tento responder em inglês mas no momento minha mente está muito confusa e fraca. Não consigo lembrar como vim parar aqui.

O baterista imediatamente chamou os médicos e eles vieram me examinar.

- Senhorita Díaz, é muito bom vê-la acordada. - Diz o doutor

- Como você acordou agora, você pode ter sintomas leves de enjoo e perda de memória recente. Mas em breve, você lembrará de tudo novamente.

- Sinto muito e espero que você procure conforto depois de tudo que passou. - Ele conclui

Continuo confusa por não lembrar mas como ele disse, em breve as memórias voltam.

Pra ser sincera, eu nem sei se quero que volte.

Aparentemente o que aconteceu comigo foi algo sério e nem preciso de médicos para dizerem isso. A dor que estou sentindo em meu corpo inteiro, já diz muito.

Bruno não apareceu até agora. Fico preocupada e logo pergunto.

- Eric, cadê o Bruno? Não me diz que algo aconteceu com el... - Antes que eu termine de falar, sou interrompida

- Não se preocupa S/n, ele foi jantar com sua mãe. Logo ele vem. - Ele me tranquiliza

- Quero ver ele, você sabe o que aconteceu para que eu viesse pra cá? - Pergunto

Vejo o semblante do garoto mudar e automaticamente se transformar em tristeza.

- S/n minha cunhadinha, não vamos falar sobre isso, pode ser??

- Deixa que as memórias voltem naturalmente. - Conclui o baterista

Porra, algo muito perigoso aconteceu. Eu to sentindo.

Peço meu celular para o mesmo e ele pede aos médicos que me entreguem, acho que guardaram na minha bolsa.

Pego o celular e logo na tela de bloqueio percebo mais de 200 mensagens em todas as redes sociais possíveis.

Inúmeras mensagens de todos meus parentes, amigos e colegas de trabalho. No instagram, mais de 1.000 mensagens de fãs e menções de páginas de fofocas/fã clubes do Bruno.

- 1 dia sem celular e simplesmente tem um milhão de mensagens no celular. Que loucura! - Digo para Eric e dou uma risada fraca

Entrego o celular pro mesmo e desisto de ver tudo agora. Muitas mensagens e minha mente não vai raciocinar nem metade de tudo isso.

- Vou tirar um cochilo, tá? - Falo para meu cunhado

- Dorme com Deus S/n, relaxa! - Ele responde

Logo me viro pro lado e durmo imediatamente, o cansaço é extremamente grande.

Meu subconsciente começa a desenvolver um sonho, na verdade, um pesadelo...

Consigo sonhar de forma extremamente vívida tudo que aconteceu comigo.

Infelizmente, sou e sempre fui uma pessoa que tem sonhos extremamente lúcidos e fortes. Isso melhorou muito desde que conheci Bruno, não tive sonho nenhum desde então.

Mas aparentemente hoje, decidiram voltar a me atormentar.

Consigo sentir fisicamente a dor de Pablo me estuprar e também me agredir. Logo muda para um cenário em que estou presa em um lugar com luzes fortes em minha direção.

Sinto estar presa no pior pesadelo do mundo e fico tentando me acordar, eu grito e falo comigo mesma e logo tudo ao meu redor começa tremer. Me fazendo entrar em desespero.

Logo após isso, acordo gritando imediatamente.

Dou um grito bem alto e percebo que finalmente acordei, olho ao redor e vejo Bruno, minha mãe e Eric comigo.

- S/n minha filha, o que aconteceu? Por que gritou assim? - Carla me pergunta

Entro em uma crise muito forte, com muita dificuldade de respirar tento explicar.

- Eu acabei de sonhar, eu lembro de tudo mãe.

- O Pablo, ele... - Perco o ar e não consigo concluir

Bruno me abraça e é como se aliviasse uma boa parte de minha dor senti-lo perto de mim.

- Nós sabemos, eu sinto muito por isso meu amor. Me perdoa por não poder te proteger o suficiente.

- Mas eu vou resolver isso, essa tortura vai acabar. Te prometo. - O cantor conclui

Fico chorando por uns longos minutos, e todos tentam me acalmar e me confortar apesar de toda agonia.

Lembro de todo o ocorrido, detalhe por detalhe. Cada dor e cicatriz em cada parte do meu corpo me lembra de tudo que fizeram comigo.

Isso só piora a dor insuportável que estou sentindo, transformando em dor psicológica.

O médico veio aqui após o grito e disse que assim pela manhã, posso ir embora. A memória voltar era a chave principal para que eu fosse liberada.

Ele colocou um calmante extremamente forte em minha veia e segundos após, durmo como pedra.

Sem pesadelo algum.

𝙅𝙤𝙗 ² • 𝘽𝙧𝙪𝙣𝙤 𝙈𝙖𝙧𝙨 ✯Onde histórias criam vida. Descubra agora