Capítulo 02

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Melanie

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Melanie


Eu sabia que esse momento chegaria, só não pensei que fosse tão rápido. Não era meu desejo me casar, não quando eu não amava o homem que ia ser meu marido. E não quando eu tinha tantos sonhos. Sonhos esses que seria esquecidos.

Papai só se importava com status e com o que lhe beneficiária essa união e um casamento com o capo de Tóquio, seria a deixa para ele se aproveitar dos benefícios que esse casamento traria para o nosso sobrenome.

Recusar estava fora de cogitação. Eu não o conhecia, mas tinha ouvido papai falar, quando parei atrás da porta do seu escritório, ele dizer que era um homem frio, sem piedade e muito respeitado. Um homem como um passado obscuro. Papai e mamãe estavam afundados em dívidas, e o melhor caminho para eles eram educar suas filhas e ensina-las a serem um esposa submissa e obediente.

Quem que quer fosse o meu futuro marido, eu não ia me render como uma cachorrinha ou ficar em um canto como troféu e ser removido do lugar só quando fosse necessário. Eu não ia deixar ele me tratar como um de seus homens e aceitar que meu lugar era tão pouco abaixo do seu lugar. Uma mulher como eu era pra se sentir honrada por se casa com o capo da máfia, um homem temido, respeitado e cheio do poder. Mas não era assim que eu me sentia. No fundo, eu sentia medo. Medo por não saber o que me esperava depois de está a casada com esse homem.


_Você está linda, Melanie. Minha irmã caçula falou, com seu belo sorriso no rosto.

Olhei para mim no espelho, o vestido vermelho longo de mangas longas, de abertura na costas e com uma fenda na perna direita era muito sexy, elegante e sútil.
_Mamãe, não achou o mesmo. Falei, ao meu lembrar do comentário de mamãe.

Seu jeito de agir comigo me causava tristeza. Eu não tinha culpa se eu tinha um corpo mas voluptuosa do que o dela. Achar que por eu não ser magra, poderia ser uma vergonha para nossa renomada aparência.

_Você está muito linda. Quando crescer quero ser como você. Lizzy disse, me fazendo sorrir por sua inocência ingênua.

_Você será muito linda, meu anjo. Falei e lhe abracei, sendo correspondida.

Uma batida na porta quebrou o nosso abraço. Antes que eu pode-se dizer para entrar, mamãe abriu a porta com sua expressão desgostosa.

_Seu futuro marido está lá embaixo a sua espera. Trate de descer. Ela falou, com um misto de raiva e impaciência.

_Acho que está na hora de descemos. Falei, para Lizzy, que me olhando sorrindo.

Lançando mas uma olhada no espelho, eu me sentia feliz pela escolha de vestido. Ele era um vestido muito comportado, mas elegante e sexy.

Lizzy e eu saímos do quarto, e a cada passo que eu dava em direção do corredor, mas nervosa eu me sentia. Está noite eu conheceria o homem que seria meu futuro marido, aquele a quem eu ia ficar casada até a morte nos separar.

Quando chegamos perto da escada , eu pude escutar as sonoras vozes. Um misto de nervosismo me dominou, junto com o sentimento de medo.

Sei que eu não ia casar por amor e muito menos me deixar ser usada como uma boneca submissa pelo meu marido. Mas eu queria fazer desse casamento o mais agradável possível. E causar uma boa impressão para meu futuro marido era um bom começo. Eu não o conhecia, nunca tinha visto ele, mas eu queria que pelo menos a minha figura e minha essência lhe passa-se uma boa impressão.

Segurando a mão de Lizzy começando a descer as escadas. Papai foi o primeiro a me olhar, e me dá um sorriso como se tivesse contente. Claro que ele estava, não por que estava feliz por mim, mas por que de agora por diante, todas os seus problemas financeiro estava resolvidos. As vezes eu queria ter nascido de outros pais. Não ter tido pais tão egocêntricos e menos amorosos.

Meus saltos altíssimos dourado fizeram um sútil ruído quando eu descia as escadas, junto da minha irmã Lizzy.

_Boa noite. Falei, quando me aproximei de todos que estavam sentados na sala de estar.

Dois homens se levantaram, assim como mamãe e papai. Um bem mais velho e o outro mais jovem , mas com uma expressão muito seria em seu rosto bonito.

_Senhorita. O mais velho me cumprimentou, apertando gentilmente minha mão. O toque me fez sentir medo e eu queria puxar minha mão o mas depressa possível da sua. Dei graças a Deus quando ele logo soltou minha mão, me fazendo sorrir de  nervosismo.

_Melanie. O de olhar azul como safira me cumprimentou, sua mão bronzeada e desenhada com tatuagem estendida em minha direção. Sua voz causou um arrepio pelo meu corpo, muito diferente do homem mais velho que me saudou primeiro.

_Senhor. Falei, colocando minha mão na sua e meio perdida em como cumprimentá-lo. Papai ou mamãe não me falaram seu nome, na verdade não me falaram nada, a não ser que eu ia ter que me casar com o líder da máfia Cappola de Tóquio.

Eu não entendia por que tínhamos que nós envolver com esse tipo de pessoas tão poderosa, além do que, éramos apenas pessoas simples da baixa sociedade. Mas fui educada para ser o estereótipo  perfeito de submissão, para só servir e obedecer, como uma boneca móvel.

Mamãe dizia que as mulheres eram criadas como substituíveis e úteis para a reprodução . Nada mais que isso.

_Minha filha, esse é Grayson Cappola, seu futuro marido. Papai disse, com empolgação em sua voz.

_É um prazer conhecê-lo. Foi tudo que falei, nervosa diante toda aquela situação desconfortável.

Mamãe logo anunciou o jantar e me senti aliviada quando formos para a mesa. Grayson, meu futuro marido ficou o tempo todo me olhando durante o jantar. Seu olhar parecia quase acusatório, como se a minha figura de alguém forma lhe causa-se certa raiva.

Dei graça a Deus quando o jantar acabou e pude então escapar para o jardim. Papai,mamãe e os outros dois homens se trancaram dentro do escritório.

Puxei uma respiração profunda e deixei a brisa da noite acalmar o nervosismo que eu estava sentindo pro dentro. Eu apostava que eles estavam discutindo a data desse casamento. Eu só queria saber o que levou papai a me jogar para esse homem.

_Fugindo, Melanie. Pulei assustada quando ouvir a voz grossa e rouca de Grayson atrás de mim. Foi inevitável não levar a mão ao coração.

_Que susto. Sussurrei, Grayson me observando cuidadosamente. Como um predador que observa sua caça.

_Não estou fugindo. Apenas gosto de sentir a brisa da noite. Falei, voltando minha atenção para a frente, não querendo sentir seu olhar penetrante no meu.

_Até por que, está muito tarde para fugir desse casamento. Olhei para Grayson, sem entender o que ele queria dizer com aquilo.

_Sabe Melanie, eu não queria uma nova esposa. Não uma tão... Ele me olhou de um jeito que eu não soube descrever o que ele estava pensando.

_Uma tão o que? Perguntei, ofendida por seu descaramento sério por tenta querer me ofender. Mas também furiosa por ele querer me julgar sem  saber quem eu realmente era.

_Não se faça de boa moça. Começo mulheres do seu tipo.

_E que tipo sou eu, Grayson Cappola? Perguntei irritada. Se antes eu já tinha me sentido em um barco a deriva, agora eu me sentia em uma tempestade grandiosamente turbulenta.

_Se prepare, vamos nos casar daqui a duas semanas, e você vai comigo para Tóquio.  Surpresa com a rapidez do casamento não consegui dizer nada. Eu ia ter que morar em Tóquio? Aterrorizada, fiquei olhando ele saí dali sem nem ao menos me dizer mais nada.
Cruzei os braços a minha frente, totalmente com medo do que estava por vim. Eu não queria pensar que mamãe poderia ter inventado histórias de mim sem ser verdade. Mamãe odiava o fato deu ser gorda, deu não ter nada de sua beleza e não ter ser a marionete que ela sempre quis. Sempre busquei ser uma boa moça, ser educada, elegante e saber me comportar, assim como mamãe me ensinou. Mas eu tinha opinião própria e não ia deixar de me expressar, só por que eu deveria ficar calada. Eu tinha sentimentos, opinião e julgamentos, e eu não ia deixar alguém me calar, só por que achava que meu lugar era ficar em silêncio.

Não era da minha vontade me casar, mas eu não tive muita escolha. Eu sei que minha vida agora séria mas pior do que já era antes. Mamãe nunca me deixou fazer o que eu mas gostava, que era cursar moda. Eu amava desenhar vestidos e muitas outras peças de roupa. Mas ela me privou disso, nunca me deixou fazer nada daquilo que eu gostava, sempre me moldando na boneca de luxo perfeita. Agora eu entendia por que ela sempre dizia que eu tinha que ser obediente, submissa e uma boa esposa. Meus pais nunca quiseram minha felicidade e muito menos ia querer a felicidade de minha irmã.

_O que está fazendo aqui fora, Melanie? Minha mãe perguntou com raiva.

_Só estou pegando um pouco de ar. Falei e a mesma caminhou até mim com uma expressão furiosa.

_Deveria era tentar conhecer seu futuro marido ou pelo menos se jogar em cima dele. Ela falou, me agarrando pelo braço e me puxando em direção da casa.

_Está apertando meu braço, mamãe. Resmunguei, recebendo um olhar mortal dela.

_Cale a boca, trate de colocar um sorriso no rosto e venha se despedir do seu futuro marido. Ela disse, ainda me arrastando pelo caminho. Foi só quando chegando na entrada da porta ela me soltou, abriu um sorriso e já foi na frente como se nada tivesse acontecido. A segui, sentindo meu braço doer aonde ela tinha agarrado com força.
Mas logo nos despedimos dos nossos convidados e eu pude então me refugiar em meu quarto, longe de papai e mamãe, mas principalmente de mamãe.

Ao fechar a porta do meu quarto, me deixei chorar baixinho, caindo ao pé da porta. Estava sendo tão difícil, tão difícil. Era como se só agora, eu visse realmente o real jeito como mamãe me tratava. Com Lizzy ela não era tão rude, como era comigo, mesmo que algumas vezes ela tenta-se disciplinar ela.

Enxuguei as lágrimas, tirei os saltos dourados bonito e me levantei do chão. Tirei meu vestido e coloquei meu pijama. Sentei em minha cama e com toda calma do mundo comecei a tirar minha maquiagem. Aqui em meu quarto eu me sentia em paz, aqui dentro eu podia desmoronar.

Eu não queria viver infeliz. Não queria. Mas Grayson Cappola já tinha deixado bem claro que minha vida não ia ser tão maravilhoso assim.

Como ele podia dizer que eu era fingida? Ele nem me conhecia direito, nem sabia quem realmente eu era.

Mas de uma coisa eu sabia. Eu não dia deixar Grayson Cappola me pisar, fazer de mim o que quiser.

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