Capítulo 3.

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Olá!

Agradeço de coração os favoritos! <3

Perdoem os erros, estou escrevendo pelo celular e sem betas morremos como homens
Boa leitura!

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Olhei para o céu entre a copa das árvores, seu tom alaranjado indicava que a noite logo daria suas boas vindas. Lee Hyunsung ficou com os cavalos na entrada da floresta, enquanto eu e Yoo Joonghyuk começamos nossa caminhada até o local onde se encontrava a flor. Estávamos caminhando a cerca de meia hora em um completo silêncio. Para ser sincero eu estava bem com isso, nunca fui alguém extrovertido ou propicio a puxar conversas quando não necessárias. Cresci fazendo o máximo de silêncio em casa para evitar que meu pai encontrasse motivos para me agredir ou agredir minha mãe, assim como no ensino médio que qualquer som que saísse da minha boca era como um sinal verde para o bullying de Song Minwoo.

— Você por acaso é algum tipo de curandeiro? — Me assustei com a fala inesperada de Joonghyuk fazendo com que eu soltasse um som agudo. Tentei me recompor enquanto evitava olhar para ele e continuava cortando algumas das folhas e galho no caminho.

— Claro que não. — Segurei uma risadinha pela pergunta inocente. — Digamos que eu leio muito. Um leitor sabe sobre muitas coisas, sabia?

— Como o quê? — Encarei-o confuso em ver como ele estava falante, mas não era ruim.

— Sobreviver. — Sorri de modo sarcástico, recebendo apenas uma sobrancelha levantada do protagonista.

— Um assassino culto.

Essa simples resposta me pegou desprevenido. Era a primeira vez que ele me chamava de assassino, e talvez, todos os meus pensamentos anteriores sobre o passado tenham contribuído para aquele sentimento terrível que começou a corroer meu corpo. Foi como se o passado viesse e sussurrasse "filho do assassino" em meus ouvidos, meu estômago embrulhou e, por alguma razão, eu não consegui respirar corretamente. Imagens e flashes de câmeras passaram pelos meus olhos e mente, uma faca, sangue em minhas mãos pequenas, uma prisão, então meus joelhos cederam encontrando o chão e minhas mãos agarraram o tecido da minha roupa próximo ao meu coração.

"Leia de novo."

"De agora em diante você vai ler tudo de novo"

"De novo."

"Leia de novo, Dokja-ya"

— ...ja! Dokja!

Senti uma ardência forte em minha bochecha esquerda me despertando da minha crise. Meus olhos que tremiam se fixaram no homem a minha frente que me olhavam de um jeito estranho. Me levantei em um rápido movimento depois do que notei estar ajoelhado em silêncio por um tempo maior do que o esperado ainda atormentado pelos meus próprios pensamentos. Que patético.

— Vamos. — Disse já caminhando novamente a uma pequena gruta logo a frente. Queria evitar qualquer pergunta que pudesse estar sendo formulada na mente dele. — Estamos perto.

Quando percebi que não ouvia os passos do duque, olhei para trás e encontrei o homem com a mesma expressão estranha.

— Não preciso da sua pena, Yoo Joonghyuk. — Eu realmente queria dizer isso. Eu não precisava de seja lá o que fosse que ele estivesse sentindo, ainda mais de alguém que nem me conhecia. As palavras a seguir nunca foram tão verdadeiras. — Você está certo, eu sou um assassino.

Segui sem esperar qualquer resposta, minhas mãos apresentavam um leve tremor e minha respiração ainda estava pesada. Era patético como isso ainda me afetava depois de anos, e eu não precisava disso agora, precisava achar uma maneira de voltar para minha vida anterior ou no mínimo viver aqui em paz. Não é como se eu tivesse deixado algo importante ou fosse importante para alguém. Balancei minha cabeça no intuito de fazer com que aquela cachoeira de sentimentos e negatividade parassem. Olhei ao redor focando no nosso objetivo de vir até aqui.

The Salvation of the Prince of KaizenixOnde histórias criam vida. Descubra agora