vi. NÃO HÁ COMO VOLTAR ATRÁS.

96 19 24
                                    


CAPÍTULO SEIS:
17 de maio de 1978.

FAZIA UM MÊS E ALGUNS DIAS que uma porta no coração de Sadie Raposa foi aberta. A porta do autoconhecimento e da paixão ardente que sente pelo próximo. Isso era uma nova sensação, talvez a melhor que ela poderia sentir no mundo todo.

Ela sentia como se tivesse sido acertada com diversos frascos de Amortentia, pois por onde passava estava com expressão boba e passando alegria para a galera de Hogwarts. Mas Sadie poderia estar feliz e apaixonada, porém, ela tinha medo desta palavra. Paixão.

Cinco anos atrás, Billy Arellano, marido de Amalia, vinha a falecer pois era alérgico a abelhas. Foi quando eles foram a um campo comemorar a lua de mel, ele foi picado por uma. Era um trouxa, não havia poção que poderia salvá-lo. Amalia fez um funeral onde só compareceu seus sobrinhos e seus vizinhos, os pais do tio não quiseram comparecer por causa de Amalia, que eles alegaram ter passado o mal para a família Arellano. Eles não aceitavam a morte do filho, e decidiram culpar a recém-esposa.

Amalia era uma viúva triste na visão dos outros, mas dentro de casa tentava ser sempre positiva pelo bem dos sobrinhos. Afinal, se ela vivesse para sempre no luto, ela não estaria honrando a memória de Billy para sempre, e sim condenando-a.

No dia dezesseis de maio, o dia anterior, a tia Amalia havia visitado os pais dos sobrinhos. Ela sabia o que havia acontecido, e sabia sobre o que eles haviam feito com os filhos principalmente com Sadie. Mas mesmo assim ela foi. Recebeu uma carta onde dizia que ambos adoeceram depois de uma visita aos Potter.

— May? — perguntou Jocelyn Fox pela irmã. Jocelyn sempre foi mais forte e grosseira, mas agora, doente e de cama, ela estava com um pesar diferente. — Se encontrar a Sadie, diga que eu sinto muito. Estou doente, mas ela não vai querer me visitar.

A mulher jovem assentiu. Confirmou que a mulher mais velha tinha razão, Sadie não iria visita-la. Mesmo doente, Jocelyn continuava sendo a mulher que fez a vida dos filhos um inferno, e sempre será ela.

Quando voltou da visita, a amorosa Amalia escreveu uma carta endereçada para Hogwarts. Endereçada a Sadie Fox. Que ao ler e ver que o conteúdo era "Você precisa falar com a sua mãe, Sadie", as cartas foram automaticamente endereçadas ao fogo.

Sadie Fox não gostaria de saber sobre nada da vida perfeita que Jocelyn e Elias Fox gostavam de exibir. Ela estava feliz em Hogwarts com um namorado novo e amigos novos. Ela estava feliz, nada poderia estragar a vida feliz dela.

Por enquanto, ela estava feliz, mas a felicidade era momentânea e a morena sabia disso, só queria aproveitar o agora.

— Bom dia, flor de dia — disse Amélia Bones, com a boca cheia de waffles. Desde que Evangeline abandonara totalmente Sadie e vinha fingindo que a mesma não existia, Amélia Bones tem sido uma ótima companhia.

Elas já eram amigas de dormitório, ambas lufanas e dividindo um quarto, era impossível não criar um vínculo de amizade. Mas quando fio que ligava a amizade de Evangeline e Sadie se partiu, Amélia se ofereceu como porto seguro e um ombro para chorar.

— Oi, Amy — respondeu a Fox meio avoada, chateada ela parecia. Acabara de receber uma outra carta de Amalia Arellano.

— Por que você está assim, princesa? — perguntou a Bones notando o comportamento triste da "menina alegria", como o irmão chamava. — O que aconteceu?

𝒞𝐄𝐍𝐓𝐔𝐑𝐈𝐄𝐒, remus lupinOnde histórias criam vida. Descubra agora