Capítulo 02

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  Jimin

— Pegou tudo? — Assenti sorrindo, peguei a única mala de roupas que eu pretendia levar e saímos juntos.

De mãos dadas enquanto sorrimos um para o outro.

Não acredito que eu finalmente vou sair daqui, e pra melhorar tudo, com o homem da minha vida.

Ele me ajudou com a mala para descer as escadas e assim que chegamos no final dela avistei meus pais consolando o idiota que me prendeu nessa merda por anos.

— Oh que surpresa vocês por aqui, vieram assistir meu triunfo?

— Você não pisa os pés pra fora dessa casa. — A mulher que me colocou no mundo disse irritada.

— Eu quero prova. — Sorri.

— Se estou falando que não vai é porque não vai Jimin, eu sou sua mãe e mando em você!

— Estou foda-se pra você e esse papinho. — Ela arregalou os olhos e seu marido me olhou imediatamente.

— O que disse?

— Além de burra é surda também? Achou que eu ia viver pra sempre nesse inferno? Pois achou errado.

— Jimin amor, não vai, nós podemos resolver isso uh? — Ele foi vindo em nossa direção mas cambaleou tendo meu "pai" o segurando.

— Olha o chifre, cuidado pra não quebrar. — Falei com tom de resmungo. — Levou meses pra chegar nesse tamanho, tive que dar muito pra isso, tenha cuidado.

Jungkook sorriu baixinho enquanto apertava minha mão.

— Tem certeza que vai sair? — Ele secou as lágrimas assumindo uma postura rígida.

— Absoluta.

— Então vá. — A velha arregalou os olhos. — Eu assino o maldito divórcio, mas daqui você não leva nada, nem sequer uma peça de roupa.

— Como quiser. — Soltei a mala e comecei a desabotoar minha calça, chutei os tênis pra longe e arranquei as meias.

Olhando nos olhos dele e sorrindo em total deboche eu tirei a calça e a blusa jogando no chão, quando segurei o cós da cueca senti algo tocar meus ombros.

Era a camisa de Jeon.

— Aqui amor, veste isso. — Vesti a camisa social já um pouco gasta, já que ele a usava para trabalhar, ele mesmo fez questão de tirar o último pedaço de pano que me restava.

Quando isso foi feito ele a segurou com gosto e sorriu.

O corno olhava vidrado para a cueca balançando nas mãos do Jungkookie, esse que fingiu jogar e o otário praticamente se jogou no chão para pegar.

— Opa, quase. — O moreno sorriu. — Isso aqui nos acompanha, é minha. — Ele sorriu ainda mais. — Vamos?

— Sim meu bem. — Puxei a camisa pra baixo pra não mostrar mais nada e beijei sua mão entrelaçada a minha

Jun pareceu adivinhar que isso ia acontecer já que ele me colocou para vestir sua cueca quando estávamos nos arrumando pra descer.

— Ah, e não adianta dar um de nojento pervertido, a cueca que ele usava já deve ter virado cinzas.

— Fogo! — Alguns funcionários passaram correndo levando baldes com água.

— E se não correrem, a casa também.

— Eu vou te processar seu maluco.

— A vai? — Sorriu novamente.

— Está rindo de que seu psicopata? Eu vou fazer da sua vida um inferno!

JardineiroOnde histórias criam vida. Descubra agora