Shadow assassin -Wolfstar

Capítulo 1

01- A marca azul.

O reino de Starrysky é cheio de pessoas sorridentes.

Isso foi a primeira coisa que eu presumi com apenas 5 minutos andando pelas ruas dali.

Quase cheguei a cheirar um cara que andava saltitando, querendo ver se ele cheirava a algum tipo de droga, mas ele não. Do que caralhos essas pessoas estão sorrindo?

Logo a noite deitaria no céu e o pensamento recorrente de que eu deveria achar algum lugar para dormir não deixava a minha mente.

"Então ficará por 5 touts." O funcionário baixinho me falou, seus olhos me inspecionando de cima a baixo.

Abri a mala de mão, encontrando apenas um caderno, uma única peça de roupa e 2 touts.

Ótimo, além de ser feio, o dono anterior desse corpo também era um pobre maribondo.

"Senhor?"

"Olha aqui, posso te adiantar 2 touts e depois te passar os 3?" Me inclinei sobre o balcão da taberna, já sabendo que eu não pagaria os 3 touts restantes.

O funcionário fechou a cara quando eu fiz uma expressão que considerei ser a melhor de jovem coitado que esse corpo conseguiria fazer.

"Bem, você pode trabalhar aqui essa noite, se não tem o restante do dinheiro."

Trabalhar? Trabalhar como um pobre que precisa disso pra viver?

"Ah, mas isso seria perfeito senhor! O senhor é tão gentil, te agradeço!" Balancei a cabeça positivamente diversas vezes, me esforçando para manter um sorriso no mínimo feliz no rosto.

A última coisa que eu estou, é feliz.

"Guarde a simpatia para a freguesia. Me segue." Ele falou, indo para mais adentro da taberna.

Ser humano mal agradecido do caralho.

Abri a boca lentamente e deixei que a língua passease pelos meus dentes, me esforçando para não perder a paciência.

"Sim, senhor!" Gritei, meus dedos segurando a alça tão forte que se formava uma camada vermelha neles.

Ele me guiou até um pequeno quarto que nem cama tinha, era um colchonete capenga e uma mesinha caindo aos pedaços.

"Se precisar ir ao banheiro, o que eu espero que você não precise, ele tá bem alí."

Olhei para onde ele apontava, arregalando os olhos ao ver uma pequena bacia.

"Como é que é?" Virei a cabeça bruscamente na direção dele.

"Como eu já havia tido, realmente espero que não tenha que ir ao banheiro."

Se virando até a porta, ele pareceu se lembrar de algo, prontamente se virando. "Se por algum motivo que só deus, todo poderoso sabe, você precisar me chamar, meu nome é Peter. Agora vista o uniforme e esteja na recepção em 10 minutos."

Ele se virou e foi embora.

Esse quarto não é nem inacreditável. É decadente.