Tema de Amor - Pitanda

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Voltei ;)
O segundo capitulo prometido aí, e a fanfic nova, que se chama "Quem de nós dois".
Batemos também 2k de visualizações e achei isso babado, se preparem para mais um pouquinho de angustia.
Comentários e votoss, adoro vcs!

Desde que a "falsa" declaração para Fernanda falhou, Giovanna estava extremamente para baixo. Falsa declaração porque não disse exatamente o que sentia, mas como poderia? se sem falar nada já haviam brigado e acabou rejeitada, imagina se tivesse falado de fato. "Fernanda Bande, eu gosto de você, não como amiga, mais que isso. E sei que você gosta de mim dessa forma, por que não dar uma chance para gente?". Não esperava que a falta de uma fala de Fernanda, iria afetar tanto a sua vida no geral. Por mais que tenha falado que iriam continuar se encontrando por conta do grupo, as saídas dos amigos continuavam, mas ela não conseguia participar.

Só frequentava quando Yasmin ou Leidy asseguravam para ela que Fernanda não iria. Uma vez, por uma falha de comunicação da parte da amiga Loira, acabou indo até a casa de Michel e encontrando com a confeiteira. O clima ficou horrível, sério, foi instantâneo. Não se falaram, nada além do que 'Boa noite', e se o som das vozes tiver sido mais que um murmúrio, foi muito. Fernanda logo inventou uma desculpa, algo relacionado às crianças. Todos sabiam que era mentira, mas ninguém lutou contra, deixaram que ela fosse embora. Giovanna logo faz a mesma coisa, dessa vez, sobre a auto escola. Mas todos ali sabiam que a alagoana já havia terminado.

Falar em auto escola, ao ver a amiga tão cabisbaixa, Yasmin deu um carro a ela. Pitel negou veementemente no início, mas Brunet tinha um poder de persuasão incrível, e depois de muito lutar conseguiu deixar o carro na garagem de Pitel. Já Fernanda conseguiu a aprovação que precisava para franquear a sua confeitaria, assim como Laura conseguiu seu primeiro resultado bom, nos testes para o vestibular.

Eram vitórias, vitórias e conquistas que não podiam compartilhar uma com a outra. E isso doía bastante. Quantas vezes Pitel não pegou o celular para mandar mensagem para Nanda? Ou quantas vezes Fernanda não quis contar para a outra sobre um doce que fizera? Ou sobre uma entrega que mudou a vida de alguém?

Para quem via de fora, era muito fácil resolver. Conversa. Mas às vezes conversar custa caro e custa muito, às vezes a conversa nos leva a largar as mágoas, os traumas e as coisas que nos chateiam. E deixar que isso vá embora também é difícil. O que fazer quando seu único mecanismo de defesa é desarmado? Acabam as desculpas, os "e se". E muitas vezes é mais confortável se esconder atrás do que nos machuca.

Estavam construindo algo legal? Sim, estavam e muito. Além da amizade genuína, o carinho romântico nasceu de forma muito singela também. A admiração romântica surgiu quando Fernanda viu Pitel cuidando de seus filhos com tanto carinho, cuidando dela com compaixão, procurando sempre compreendê-la. Para Pitel, surgiu ao receber os inúmeros apelidos fofos, ao ver Fernanda se desarmar apenas para ficarem em ligações quinta à noite, ao ver preocupação e cuidado.

Mas não só disso, veio também dos momentos de quase beijo, por que simplesmente não conseguiam se aproximar? Parecia que a qualquer passo tudo se acabaria. E isso era o que as estragava, os extremismos. Se entendiam, e ainda por cima, haviam se tornado amigas. E quando você se torna amigo de alguém, existe mais compreensão. Então se algo desse errado, conseguiriam se resolver. Ah, mas também tinha os carinhos nas noites em que dormia na casa de Fernanda, a cumplicidade, o amor nas pequenas coisas. E às vezes que Fernanda demonstrava sentir ciúmes dela? E só faltava verbalizar "Se você estivesse comigo, eu iria te tratar muito bem". Será que havia visto as coisas de maneira errada?

Havia vontade, havia desejo. Tinha certeza que já tinha notado Fernanda a devorando com os olhos nas vezes em que estavam sozinhas, ou dançando em festas. Verdadeiramente não entendia. Agora havia perdido uma amiga e um amor em potencial. E não existe nada pior do que perder um amigo, ainda mais uma pessoa que chegou de fininho e acabou estando em todas as áreas da sua vida, mesmo que despretensiosamente.