Pétala

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oiii, vou tentar postar um capitulo duplo, mas já deixo avisado que acredito que essa historia n vá durar muito mais tempo. pensei nela como algo pequeno mesmo então em breve estaremos nos despedindo (provavelmente)

Fernanda sentia falta de Pitel. Era fato e era um fato mais que confirmado, não tinha jeito. Tinha vontade de atropelar todas as suas reservas e inseguranças e ir atrás da mais nova. Queria dizer "Giovanna Pitel, eu fui uma idiota com você e sem motivo. Por favor, nós podemos tentar de novo?", mas não conseguia, cresceu num meio de pessoas extremamente orgulhosas. Apenas mudou depois de seus filhos, visto que, guardou para eles tudo de bom que às vezes a vida não havia dado a ela.

Sentia-se uma boba por perder algo que pudesse ser especial, mas também sentia receio demais, e agora não tinha tempo para pagar pra ver.

Evitava encontrar Pitel tanto quanto era evitada de ser vista, quando acontecia, não era grosseria com ela mas a cacheada nem sequer deixava ela falar antes de sair fugida como um furacão. Por muita sorte, ou escolha, não se encontravam quando estavam com seu grupo de amigos. Preferia acreditar que era sorte, mas sabia que estava sendo evitada.

O afastamento que já existia, piorou quando sem querer encontrou a alagoana enquanto estava com Juninho. Era um domingo, o amigo havia a chamado para almoçar como prometeu que faria enquanto estavam no shopping. Por conta de um azar astronômico, acabaram parando no mesmo restaurante em que Pitel e Yasmin iam. Como o universo aparentemente não estava de brincadeira, ao entrar no local, deu de cara com a cacheada. Quis sair correndo e se esconder, estava entretida com Juninho e esperava se divertir e não encontrar com sua perturbação diária. Pitel a viu, fingiu que não. Yasmin cordialmente a cumprimentou, perguntou como estava, foi apresentada a Juninho. Sabia que aquilo daria uma impressão pior a tudo que já estava ruim. Sentaram-se numa mesa mais ao fundo do restaurante.

— O que foi aquele climão entre você e aquela bonitinha? – Perguntou o amigo, ao chamar o garçom.

— Está tão na cara assim? – Não sabia que dava pra perceber, esperava que fosse discreta.

— Claro que sim, Fernanda! Ela olhou para você como se fosse a mais perfeita do mundo, aí olhou pra mim e fechou a cara na hora. – O homem riu. – E você, fez uma carinha de cachorro abandonado quando ela não foi falar contigo.

— Ai, para.. – Fernanda havia ficado envergonhada. – Não é bem assim!

— Vai, me conta tudo.

Durante o almoço, Fernanda explicou tudo para ele, e recebeu quase os mesmos conselhos que ganhou de Michel.

— Ah, Nanda.. eu não posso te dizer de fato o que fazer, na real eu até gostaria. – Deu uma garfada em sua sobremesa. – Mas o que eu acho mesmo é que você tem que parar de se privar. Vamos viver, nos permitir! Você tem a oportunidade de ter uma mulher foda do seu lado, que gosta dos seus filhos, que cuida de você. Eu não gostaria de perder isso por medo. – Olhou de relance para ver a reação da amiga. – Eu sinto muito que o pivô da briga de vocês tenha sido eu falar com você na festa, mas procura consertar isso.

— E se já for tarde demais?

— Não é! Corre atrás do seu prejuízo minha filha, vai ficar com quem goste de você.

– Ai mas-

– "Ai mas" nada Fernanda, para de maluquice!

Essa fala arrancou uma risada dos dois.

— Tá certo, mas ainda não sei como fazer isso.

— Vamos descobrir.

Nos dias que seguiram Fernanda sofreu e lutou contra a vontade de mandar mensagem para Pitel, queria encontrá-la pessoalmente, se explicar e trazer seus motivos. Conversava com Juninho constantemente, o amigo sempre questionando se ela tinha tido a coragem de falar com ela, era perturbada quase sempre.

Tema de Amor - PitandaOnde histórias criam vida. Descubra agora