língua de sinais

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— Tem certeza de que eu preciso fazer isso? — indaguei durante o ato de me sentar na mesa junto a Hinata, Ino e Sai. 

Por algum milagre, nosso intervalo acabou caindo no mesmo horário e, tão certo como as galinhas serem as maiores do reino animal, nós nos sentaríamos juntos para comer. Mesmo tendo outros círculos de amizades.

— Sakura, sua galinha cacarejou quando o sol nasceu. Galinhas não cacarejam ao nascer do sol, e eu não deveria ter sido acordada a gritos esganiçados. — Hinata murmurou num tom de voz baixo. Um óculos de sol enfeitava seu rosto pálido justamente para esconder as bolsas carregadas embaixo dos olhos. 

Tivemos uma manhã complicada. É claro que a adaptação com a galinha não aconteceria do dia para a noite. Eu já esperava isso, e estava pronta para qualquer dualidade.

Eu só não esperava que a Dona Gisele fosse cacarejar ao nascer do sol.

Realmente, galinhas não cacarejam quando o sol nasce. Galos, sim. O que foi motivo de questionamento entre nós às cinco da manhã de hoje: Dona Gisele seria, no caso, o "Mano Giselo"? Bobagem. Eu conheço minha galinha e sei que ela é uma moça, não um galo. Sai insistiu que era uma galinha "homem", mas o que ele sabe? Por mais incrível que pareça, ninguém realmente ficou bravo pela galinha nos ter acordado tão cedo hoje a gritos. Mas Hinata tem bolsas de cansaço embaixo dos olhos, e sei que hora ou outra, ela vai comentar atrocidades. 

— E se fosse mais tarde? — Tentei um trocadilho com um elemento específico da frase dela. Um toque de humor, que provocou uma sensação de morte em mim assim que os olhos perolados me fitaram através das lentes escuras do óculos.

Há maldade nesse olhar.

— Mas, sério, por que fomos acordados pela galinha? — Sai parecia realmente confuso. — Eu pesquisei. Galinhas não cantam ao nascer do sol. Galos sim, para marcar território e mostrar para os outros galos quem é que manda. — o assisti roubar despretensiosamente uma batata frita do prato de Ino. — Eu ainda acho que essa galinha é macho. 

— A Gisele não é macho. — murmurei, formando um biquinho nos lábios. 

— Talvez ela apenas seja diferente das outras garotas.

Todos nós nos viramos para encarar a Yamanaka ao mesmo tempo.

— Não sei porque sou seu amigo. — guinchou um Sai enojado.

Ino deu de ombros.

— Mas tem sentido no que ela falou. — Hinata tomou a fala de repente. — Galinhas tendem a cacarejar como galos por causa de uma disfunção hormonal ocasionada pela falta da presença de um galo no galinheiro. 

— E como você sabe disso? — murmurei curiosa.

— Eu faço medicina veterinária, Sakura. — A Hyuuga tirou o óculos do rosto e o guardou.

Lá estavam as bolsas de cansaço, tão notáveis quanto um merca-texto. Elas pareciam brilhar no rosto da Hyuuga, que já não estava no melhor dos humores – principalmente por ter acordado com olheiras. Na melhor das hipóteses, eu consigo assistir a última aula antes que ela finalmente decida assassinar a mim e a galinha. 

— Então você está dizendo que a galinha da Sakura está tentando ser o macho da casa? — com ambos os braços apoiados na mesa e um sorriso sarcástico pintado no rosto, Sai perguntou. 

— Claro, não temos nenhuma figura masculina em casa. — retruquei com acidez. 

— A galinha é mais homem que o Sai. — Ino murmurou logo em seguida.

E foi assim que nós rimos por cinco minutos inteiros. Digo, eu, Ino e Hinata. A Hyuuga parecia até mesmo ter se esquecido das olheiras enormes. Sai, por outro lado, apenas nos encarou como se soubesse exatamente como nos matar. 

— Desafio vocês a fazerem uma piada boa. 

— Acho que essa foi ótima. — dei de ombros, encarando meu prato já vazio. 

Eu comi tão rápido. Eu pisquei e a comida acabou. Eu paguei tão caro. A comida deveria ter durado mais, enchido mais a barriga... eu estou no campus da faculdade, também. Tudo aqui é uma facada pra pouca coisa. 

Devíamos mudar isso.

— Você está falando tanto. — Sai apontou para mim. — Não devia estar pensando em como você vai fazer para chegar em Sasuke Uchiha? 

Garoto desgraçado. Ele lembrou.

— Não devia. — empinei o nariz. 

— Devia, sim. — retrucou a Hyuuga, irritada. — Você tem que falar com ele hoje, Sakura. Senão a galinha vira almoço. 

— Isso é uma coisa tão brutal de se dizer. — rolei os olhos. — E eu estava pensando em como eu chegaria nele, mas vocês me atrapalharam com esse lance da Gisele ser macho. 

— Até porque ela é. — Sai murmurou simplista.

— Não vamos entrar nesse tópico de novo. — Ino tomou a fala após terminar suas batatas fritas. — Eu acho que tem dois jeitos da Sakura abordar o Sasuke.

— Quais? — Curiosa, eu arregalei de leve os olhos.

— Ou você chega fingindo interesse... — Assisti a Yamanaka dar uma pausa para respirar. —...ou chega por acaso. O negocio é escolher qual dos dois. 

— Os dois me parecem bons. — Hinata deu de ombros.

— Então, é só escolher.

— Olhem. — me manifestei, posicionando dois pedaços de guardanapos na mesa. — O primeiro é a opção "fingir interesse", e o segundo é a opção "chegar no acaso". 

— E como vamos escolher? — uma sobrancelha se ergueu em dúvida no rosto do Sai. 

— Eu posso ajudar. — pisquei, animada. 

— Como?

Fixei os meus olhos nos dois pedaços de papel.

— Uni duni tê, salame mingue... — Comecei os trabalhos com um enorme sorriso confiante no rosto, crente de que estava fazendo história.

Até que fui interrompida.

— Eu te odeio. — Sai me fitou com ódio no olhar.

— Mas eu só estou tentando ajudar... 

— Antes você soubesse ajudar. — Hinata bufou, frustrada. — Droga, eu sabia que isso era uma má ideia. 

— Não sabia, não. Você ficou bem animada no começo. — a Yamanaka murmurou. 

Assisti a Hyuuga massagear suas olheiras em completo silêncio. 

— Eu estava sob efeitos de cafeína. — ditou ela. — Arhhhh... a Sakura precisa descobrir algo sobre Sasuke. Eu preciso saber! 

— E você vai, amor. — Sai continuou. — Só precisamos decidir por onde ela começa. — Ele terminou se referindo a mim.

Mais uma vez, um sorriso confiante inundou o meu rosto.

— Eu posso ajudar...

Voltei a encarar os dois pedaços de papel, ciente dos olhares da mesa sobre mim.

— Uni duni tê...

— Sakura!

— Se você não quer a minha ajuda, então não peça. — Cruzei os braços.

Nunca fiz tanto esforço por causa de uma galinha – nunca tive uma galinha antes. Por isso o esforço; é a alegria de ter uma galinha pela primeira vez.

Será que eles não conseguem enxergar isso? A magia por trás de se ter uma amiga assim? Gisele é um ser de luz, e a cada cócóricó dela é um ano a mais de vida que eu quero passar ao lado dela. Infelizmente, ela cacareja muito e eu não passarei dos 35. Se a terra não me matar, eu me mato. Felizmente a galinha será lembrada.

Vou ficar triste quando ela morrer.

— Sakura! — Ergui os olhos apenas para fitar as íris raivosas da Hyuuga. — Não estava escutando?

— Estava pensando em como os meus 34 anos serão mágicos. — Retruquei, e eles assentiram.

Pensamos da mesma maneira.

— Olhe para a entrada do centro de convivência, rápido!

Sem entender muito bem, atendi às ordens de Ino e levei meu olhar até as enormes portas da praça de alimentação do campus, e não me surpreendi quando achei Sasuke Uchiha passando por elas.

Sasuke é um moreno bonitão; alto, sempre vestindo roupas pretas e coturnos robustos que lhe dão uma áurea meio sexy e agressiva. Um branquelo que contrasta muito bem com o estilo dele; o cabelo, também preto, caí picotado sob as íris mais escuras que eu já vi na vida. Sasuke é bonito de rosto, isso não tem como negar – como pode alguém ter lábios tão rosados e carnudos? O formato do rosto tão simétrico e pele que parecia reluzir, tão quanto bronzeada pelo sol da Austrália, que parecia dar um chame a mais para ele.

A existência de Sasuke Uchiha é meio injusta.

Desci um pouco o olhar, notando alguns músculos escondidos pela camisa preta que ele usava, e a nada singela tatuagem que se iniciava na mão dele e sumia por debaixo da manga da blusa. Pisquei, um tantinho curiosa.

Como será que essa tatuagem termina?

Pisquei uma segunda vez, observando Sasuke caminhar pelo campus carregando uma feição nada convidativa. Foi inevitável não me lembrar das coisas que dizem sobre ele por aí. Narcisista, grosseiro, antipático, poucas ideias – além de odiar cores.

Rapaz, eu sou colorida. Pelo o quê dizem, Sasuke Uchiha odeia tudo o que eu sou. E é com esse cara que eu tenho que falar para dar um lar para a minha galinha.

Que situação insalubre.

Suspirei baixinho, deixando de assistir Sasuke para fitar os meus amigos.

— Vocês me colocaram na boca do crocodilo e querem que eu saia viva. — Acusei eles.

— Ele é uma delícia. — Sai murmurou.

— Apenas branco. — Retruquei sem realmente prestar atenção neles.

O que a minha galinha deve estar fazendo agora? Será que ela já almoçou? Dormiu bem? Meu coração dói por ter que deixar ela sozinha em casa por tanto tempo.

— Limites. — Ele semicerrou os olhos numa espécie de aviso. — Vai lá falar com ele.

— Eu não.

— Mas e a galinha, Sakura? — Ino me fitou com preocupação.

— Vocês sabem que ela já é de família. — Eles não seriam capazes de jogar uma galinha na rua.

— Só não é dá nossa. — Hinata murmurou logo após massagear a ponte do nariz com os olhos fechados. — Sakura, é o nosso acordo. Vai falar com Sasuke ou a galinha morre.

Fubanga. Que situação mais fubanga.

— Certeza que não tem outro jeito? — Respondi arrastado. — E se, tipo assim, a gente só fosse feliz com a galinha e encerrasse esse assunto?

— Prefiro encerrar a vida dela se você não for falar com Sasuke!

— Você será denunciada ao número de proteção aos animais. —  Fitei a Hyuuga. — Anonimamente.

Sai rolou os olhos, fazendo aquele barulho irritante quando se estala a língua no céu da boca.

— E se matássemos vocês três? — Ele intercalou o olhar entre eu e Hinata. — Teríamos paz e um bom ensopado de galinha.

Pronto, me envolveram na rede de assassinatos.

— É uma pena não termos deixamos Sakura trazer a galinha para a aula hoje. Seria mais fácil. — Ino completou.

Impediram-me de trazer meus filhos para o campus nesta manhã. Depois da curiosa discussão sobre o sexo – obviamente feminino – da minha filha, comentei que queria levá-la comigo para a aula para que ela pudesse conhecer novos ares para que ficasse mais tranquila. Quase fui expulsa do apartamento. O motivo?

Sou uma máquina de pensamentos intrusivos.

— Eu só acho que vocês poderiam me ajudar, já que vão me obrigar a fazer uma coisa tão insalubre. — Murmurei ao dar de ombros.

— Por que você só não chega nele e puxa um papo?

Devolvi a intensidade do olhar da Yamanaka, e maneei a cabeça. Puxar um papo? Até que não me parece grande coisa. Dá pra fazer. Antes de suspirar uma última vez, levantei da cadeira cercada pelos olhares curiosos. Se minha galinha depende disso para ter um teto sobre a cabeça, eu faço, então. Não demorou muito para que eu achasse Sasuke. Ele estava na fila de um restaurante completamente sozinho, o que facilita um pouco o meu trabalho. Sem pensar muito, comecei a andar na direção dele.

Sasuke sabe ser uma pessoa distraída. Puxa, eu o olho e vejo uma pessoa inerte. Sasuke está apenas existindo, típico de uma pessoa distraída. Trejeitos de alguém normal ele tem, então o que será que atrai tanto as pessoas? A beleza? Todos muito superficiais que cedem a atração estética. E se ele for uma pessoa horrível? Jamais saberão. Por que? Porque estarão beijando os traços bonitos do Uchiha e ignorando o que ele tem a oferecer por dentro. O cuzinho.

Ou talvez eu seja amargurada demais.

Eu não vejo o que todos veem no Sasuke, e não fico triste por isso. Sou diferente, e ser diferente é legal. No fim, sou descolada por ter uma galinha e única por não perseguir Sasuke Uchiha.

Em poucos passos, eu estava atrás dele na fila do restaurante pronta para fazer uma nova amizade.

Ou fazer algo muito ruim.

Ergui uma sobrancelha. O que eu digo para ele? Eu deveria começar com algo que ele goste. A ordem é puxar uma conversa, não é? Acho que eu consigo fazer isso.

Fitando um ponto único no pescoço dele, estiquei minha mão para cutucar seu ombro e o chamei. Sasuke sobressaltou como se tivesse levado um susto de leve, e se virou para me encarar. Os traços do seu rosto eram duros, como se ele não tivesse gostado nenhum um pouco de estar sendo incomodado.

Eu, por outro lado, decidi ser feliz – abri um sorriso animado. A imagem da minha galinha viajaram pela minha mente à medida que a sobrancelha de Sasuke se erguia em confusão, e tudo no que foquei foi no fato de que eu dependia dele para que minha filha pudesse continuar viva.

Uma única conversa. Começar por algo que ele goste.

É a situação mais mórbida da minha vida.

— Oi. — Murmurei com voz animada. Sasuke não respondeu, e endureceu sua feição. — Não é estranho como todas as criaturas horrendas do planeta vivem no lugar de onde você veio? Quem sabe você também não seja uma.

Eu posso fazer piadas muito boas às vezes. Sai e Hinata teriam adorado essa se estivéssemos lanchando, mas teriam me matado se estivessem aqui e agora.

Um enorme vínculo se formou no meio das sobrancelhas negras. Os olhos se semicerraram como se estivesse confuso, e o maxilar dele trincou, o fazendo marcar mais do que ele já estava. Sasuke tinha a careta menos convidativa do mundo naquele momento.

E por alguma razão, aquilo não me parecia ser um bom sinal.

Os olhos negros pareceram escurecer um pouco mais quando Sasuke me julgou de cima a baixo, e quando pensei que teria uma resposta, ele simplesmente se virou para frente e me deixou a ver navios.

Eu levei alguns segundos para entender toda a situação, chocada.

A piada não foi das melhores, mas se tirarmos o teor xenofóbico, fica fácil de entender. Sabemos que todos os animais perigosos do planeta estão na Austrália e que Sasuke obviamente não é um deles. Posso ter ofendido uma pessoa que eu nem conheço, mas foi um ótimo trocadilho. No fim, sou uma boa piadista.

Mas ele sequer riu. Sasuke poderia ter pelo menos suspirado, sabe, de choque. Mas sequer isso. Será que além de narcisista, antipático e grosseiro, ele também seja contra as expressões faciais?

Mórbido.

— Ah... amigão? — Cutuquei seu ombro mais uma vez. Sasuke sequer se mexeu. — Eu estou falando com você.

Sasuke Uchiha sabe ser uma pessoa surda. Talvez eu não tenha considerado isso, será que estou falando com alguém que não pode me escutar? Isso não chegou aos meus ouvidos, e aparentemente, aos dele também não. Mas pensando bem... descobrir isso seria perfeito. É o que eu preciso, ter algo novo para Hinata apostar sobre Sasuke Uchiha.

Dois passos, e eu estava parada de frente para o Uchiha.

Sasuke fitou meu rosto e semicerrou o olhar, erguendo os braços para cruza-los na altura do tronco, fazendo alguns músculos tensionarem e os peitos masculinos saltarem na camisa.

Pisquei, sem realmente me importar.

— Não tem problema ser surdo. É coisa de gente finíssima. — Murmurei lentamente para que ele conseguisse ler os meus lábios. Uma enorme careta intrigada surgiu em seu rosto. — E se possível, gostaria de ser sua amiga.

— Se afaste.

Eu não queria mesmo.

Foi a minha vez de semicerrar os olhos, horrorizada. Não sou do tipo de pessoa que tira conclusões precipitadas, mas Sasuke Uchiha parece ser tudo o que dizem: Grosseiro, antipático e narcisista – por parecer achar que sou muito inferior para manter um contato. Certo, eu fui avisada, mas não esperava que fosse real.

Eu só disse "oi". E ele me mandou me afastar.

Aceito isso numa boa, mas espero que ele caía da escada e quebre o pescoço.

— Pode, por gentileza, me tratar com educação?

— Só me deixe em paz. — Sasuke murmurou irritado, o que me deixou alterada.

Talvez ele seja realmente surdo e não esteja entendendo o que estou dizendo. Por isso, tentarei a língua de sinais.

— Você... — Apontei para ele. — Parece ser... — Murmurei de maneira lenta para que ele pudesse ler os meus lábios. A essa altura, Sasuke tinha uma careta horrorizada no rosto. — Um cara legal... — Armei um coraçãozinho com as mãos e ofereci um sorriso gentil. — E eu...

— Você é louca?

Eu posso muito bem dizer o que penso, mas daí, estaria ofendendo uma pessoa surda.

— Não que eu saiba. — Um vínculo se formou no meio das minhas sobrancelhas, tão notável quanto o sorriso forçado no meu rosto. — E o que você quer dizer com isso?

Eu espero muito por uma resposta sincera. Não é a primeira vez que me chamam de louca, e a gente sempre quer saber o motivo. Até então, eu sempre me considerei uma pessoa normal.

Deveriam me ver com os mesmos olhos que eu me vejo.

— Apenas me deixe em paz. — Murmurou o Uchiha.

E então, ele foi embora.

Um tanto chocada, eu assisti Sasuke Uchiha simplesmente reduzir a minha existência a algo banal, e me abandonar no meio da fila para fazer seu pedido no restaurante.

Pois bem, que ele se engasgue e morra.

Pisquei, percebendo o peso da vergonha cair em cima dos meus ombros. Ninguém realmente prestava atenção em mim, apesar dos meus amigos, que acenavam animadíssimos na minha direção. Com o mesmo sorriso forçado, armei um joinha com a mão, que logo se transformou em uma arma, e sem pensar muito, me imaginei atirando neles.

Nossa, que raiva. Passei pela situação mais humilhante da minha vida por causa de uma galinha. Pois eu desisto. Sasuke Uchiha é a pessoa surda mais arrogante que eu já vi.

Que morra sem escutar nada.

No fim das contas, eu duvido que eles deixem a galinha em paz, mesmo que eu tenha conseguido algo novo sobre Sasuke – sua surdez.

Bem, eles que comam a galinha. Eu os como logo depois.









Uma galinha sempre é demais!Onde histórias criam vida. Descubra agora