De volta ao inferno

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Kalel Stokes

Não se passou muito tempo desde o
momento em que acordei, um mês ou talvez dois, não sei ao certo. Quando os médicos descontaram os tubos e tiraram as agulhas de soro do meu corpo me senti fraco, meu corpo doía devido ao tempo deitado. Tinha ficado em coma por exatamente seis meses e duas semanas, metade de um ano.

Durante o tempo que passei desacordado muitas coisas acontecerem, tanto ruins quanto péssimas.

Isaac, meu melhor amigo desde que me entendo por pessoa, havia me traído da pior forma possível, começando a namorar Kety, minha namorada, ou posso dizer ex. Me senti inútil, ela parecia feliz, diferente de quando estava comigo.
Iriam fazer quatro anos que assumi Kety, e ela não me esperou pela porra de seis meses. Eles falaram que conversaríamos quando estivesse melhor. Cacete, eu estava bem, estava vivo. Eles haviam me deixado com náuseas durante a notícia.

Os médicos pediram para que eles se retirassem do quarto e voltassem durante outro período de visitação. Eu pedi para que nunca mais viessem.

Fizeram exames, tiraram sangue, me deram vitaminas, eu não me importei, até o momento em que disseram a palavra "reabilitação".
Adquiri uma nova informação, se você passar tempo demais sem mexer as pernas, elas viram geleia, com isso eu teria que reaprender a andar, como um bebê. Isso foi humilhante. Nunca havia sentido tanta dependência de algo como senti de duas muletas.

Mesmo que ainda não possa correr, ou dirigir, eu estou melhor.

- Senhor Kalel, seu pai está em casa e solicita sua presença, __Molly, uma das novas empregadas, pronuncia com uma voz baixa. A mulher não era feia, cabelos longos totalmente lisos, olhos azuis, pele morena, uma boca rosada pequena e o corpo magro. Nada mal.__

- Certo __ diminui a velocidade da esteira, o médico disse que eu deveria caminhar regularmente __ Traga um suco e avise meu pai que irei vê-lo assim que me lavar.

A garota que parecia ter minha idade acena com a cabeça e sai apressadamente pela porta de vidro.

Sorrio, vai ser divertido brincar com ela. Sinto uma pontada no peito, não deveria ter ficado tanto tempo na droga do aparelho.

Desço do aparelho e caminho até o banco, pego o aparelho telefone em cima do acolchoado e me deparo com uma mensagem de Eliot:

Desço do aparelho e caminho até o banco, pego o aparelho telefone em cima do acolchoado e me deparo com uma mensagem de Eliot:

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Rio. Já faz um bom tempo que não transo. Me direciono até meu quarto, ainda tinha que falar com meu pai.Após um ótimo banho e roupas confortáveis vou em direção ao escritório, que apelidei carinhosamente de inferno, bato na porta e escuto um "entre".

Ao fechar a porta miro os olhos em meu pai que continuava sentado em sua grande cadeira de couro. O inferno continuava sombrio e escuro.

- Queria me ver?.

- Sim, venho avisá-lo que estarei viajando durante suas semanas para a cidade vizinha, devo conseguir o voto das pessoas da zona rural.__ obrigada por perguntar pai, eu estou ótimo desde a última vez que me viu __

Talvez tenha me esquecido de mencionar, meu pai Was Stokes é um dos maiores deputados da cidade de Rochester, e com certeza um dos mais corruptos também.

- Certo.

- Você não é mais uma criança Kalel, então não haja igual a uma como dá última vez

Suspiro. Ele volta a mexer em alguns papéis quando saio. Preciso de qualquer droga que me acalme o suficiente para eu não tirar os frios do carro chique de Was, e, ironicamente, a festa dos Oliver será uma bela distração.

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