Fever Dreaming | Dramione

Capítulo 1: Oh, eu estou mal

Fazia sentido que ele fosse tão grande, dada a sua designação. Fazia sentido que ela fosse tão pequena, dada a sua.

Isso não tornava mais fácil olhar para ele. A visão dele, com ombros largos e sempre, sempre, sorrindo, deixava Hermione atordoada. Ele criava uma coceira, penetrando em sua pele só de olhar para ela. Se eles tivessem mantido uma distância gelada no pós-guerra, Malfoy nunca teria se tornado o dilema dela.

O problema era que Malfoy havia se alistado como Auror. Hermione não sabia por quê; ela não precisava saber o que alimentava suas decisões. O maior problema, seus amigos começaram a gostar dele. Ron e Malfoy ainda brigavam, mas a animosidade havia desaparecido. As noites de pub mudaram para incluir mais pessoas. Ron se deu bem com Pansy. Hermione entrou no banheiro errado para encontrar Harry pressionado contra o balcão por Theo mais de uma vez.

"Que porra está acontecendo?"

"Bem," Theo sorriu. "Eu vou foder Potter. Você sabe o que é sexo, não sabe?"

Sua boca se abriu. Ambos os amigos dela com Sonserinos - que eles detestaram por anos. O que estava acontecendo?

"Hermione," Harry disse gentilmente. "Olha, podemos conversar sobre isso depois, mas não acho que tenhamos esse tipo de amizade. Então, se você pudesse parar de olhar."

Suas mãos voaram para cobrir seu rosto. "Oh Deus. Oh, meu maldito Deus. Todos vocês perderam o controle."

"Você pode assistir se quiser." Theo deu de ombros. Ele moveu-se para o cinto de Harry, e ela gritou.

Ela deu meia-volta e deu de cara com um loiro irritado do lado de fora. Ele arqueou a sobrancelha. "Banheiro errado. Por que seu rosto está tão vermelho?"

"Seu amigo está transando com meu amigo no banheiro." Hermione resmungou.

Ele piscou. "Você precisa ser mais específica. Seus dois amigos estão transando com meus amigos." Havia álcool em seu hálito, e ele sorriu então. Isso a enervava, poderia desestabilizá-la se ela não desviasse o olhar. "Você sabe, eles estão esperando que transemos. Círculo completo e tudo mais."

Seu nariz se enrugou. "Que nojo. Não, obrigada."

A risada de Malfoy a seguiu até a saída.

Durante os dois anos e alguns meses que se passaram, os dois casais se mantiveram firmes. Hermione só queria ficar feliz por seus amigos, embora fosse muito mais fácil se ela parasse de ficar os perturbando. Eles simplesmente... Que droga, eles transavam em todos os lugares.

Ela o conhecia como Draco agora. Reconhecia seus tiques e seus hábitos. Ela o observou durante todo esse tempo contra seu bom senso.

Então, ela viu Malfoy mais vezes. No mínimo, a exposição deveria tê-la ajudado a se sentir menos afetada por ele. Certamente, os sorrisos e o corte de sua mandíbula perderiam o apelo. O efeito foi o oposto; ele sabia exatamente o que as bruxas pensavam quando o viam. Em um esforço para se esconder, Hermione se contentou com a grosseria. Ele a achou estridente? Ótimo. Ele a achava uma ameaça? Bem, que assim seja.

Era melhor do que a alternativa - ele perceber que ela o estava observando.

Ela se deteve em seus dedos, memorizando os anéis que ele usava. Suas mãos eram grandes. Malfoy havia engordado depois da guerra, depois daquele ano terrível em que todos eles estavam desnutridos. Talvez isso se devesse principalmente ao fato de ele se apresentar. De fato, os Alfas eram sempre maiores. Ele era o maior homem que ela conhecia. Ainda mais alto que Ron, de ombros largos, Malfoy era um auror perigoso com seu tamanho.