Um velho pescador caminhava lentamente pela praia, seus pés afundando na areia úmida. Cada passo dado era como um eco dos anos passados, das histórias tecidas pelas ondas e das lágrimas derramadas no mar.
Ao chegar à beira d'água, ele olhou para o imenso horizonte azul, onde o sol se despedia em tons de laranja e rosa.
Naquele instante fugaz entre o dia e a noite, ele sentiu a presença dela ao seu lado, como uma brisa suave acariciando seu rosto.
— Saudades, minha querida? — ele murmurou, sorrindo para o mar.
Uma gaivota voou baixo sobre as ondas, como se em resposta. E, por um instante, o pescador soube que ela estava ali, nas águas que embalavam suas memórias e guardavam seus mais profundos segredos.
Ela estava ali junto ao mar, afinal.
E assim, ele deixou escapar uma lágrima, sabendo que, enquanto houvesse mar, ela jamais estaria longe.
Lembrava de seus longos cabelos, bem como de seu doce olhar. Recordava das vezes em que o fez sorrir e das que o fez chorar.
Ariel era uma caixa de surpresa, daquelas que era impossível não amar. E embora, não estivesse mais ali. O velho pescador sabia que sua sereia muito em breve o encontraria.
Assim que sua vida abandonasse aquele corpo e sua alma pudesse se juntar a toda aquela espuma do mar.
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O Tempo Acabou, Mas Tudo Recomeçou
Historia CortaO guardião apagou o tempo e como consequência o cosmo se desfez. Na tentativa então de restaurá-lo, uma autora desconhecida começa a tecer por meio de sua escrita, a lápis, caneta ou tinta, um conjunto de histórias, onde os contos que conhecemos gan...