❝ Capítulo 11 - Minha sereia, meu mar ❞

63 18 47
                                    


Um velho pescador caminhava lentamente pela praia, seus pés afundando na areia úmida. Cada passo dado era como um eco dos anos passados, das histórias tecidas pelas ondas e das lágrimas derramadas no mar.

Ao chegar à beira d'água, ele olhou para o imenso horizonte azul, onde o sol se despedia em tons de laranja e rosa.

Naquele instante fugaz entre o dia e a noite, ele sentiu a presença dela ao seu lado, como uma brisa suave acariciando seu rosto.

— Saudades, minha querida? — ele murmurou, sorrindo para o mar.

Uma gaivota voou baixo sobre as ondas, como se em resposta. E, por um instante, o pescador soube que ela estava ali, nas águas que embalavam suas memórias e guardavam seus mais profundos segredos.

Ela estava ali junto ao mar, afinal.

E assim, ele deixou escapar uma lágrima, sabendo que, enquanto houvesse mar, ela jamais estaria longe.

Lembrava de seus longos cabelos, bem como de seu doce olhar. Recordava das vezes em que o fez sorrir e das que o fez chorar.

Ariel era uma caixa de surpresa, daquelas que era impossível não amar. E embora, não estivesse mais ali. O velho pescador sabia que sua sereia muito em breve o encontraria.

Assim que sua vida abandonasse aquele corpo e sua alma pudesse se juntar a toda aquela espuma do mar.

O Tempo Acabou, Mas Tudo RecomeçouOnde histórias criam vida. Descubra agora