𝐓𝐑𝐔𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄 - Jude Bellingham [EM PAUSA]

xiv. obrigada, jude

capítulo quatorze.
"obrigada, jude."
jude's point of view.

NÃO SEI POR QUANTO TEMPO eu fiquei abraçado com ela, mas quando senti que ela tinha parado de chorar, me separei dela e fomos em silêncio até o carro.

Eu estava em casa e Isabel também, porém a mesma tinha ido preparar alguma coisa pra comer junto com o Vini e deixou seu celular na sala. Quando a Valen me ligou não pensei muito antes de atender, e assim que ouvi sua voz percebi que tinha algo errado.

Meu irmão sofria com muitas crises de ansiedade, então acabei aprendendo uma técnica que o ajudava sempre, que era as perguntas dos sentidos. Quando notei que Valentina estava tendo uma crise resolvi usar a mesma técnica enquanto ia busca-la.

Agora estávamos os dois dentro do carro, e ela apoiou sua cabeça na janela, olhando pro nada. Não trocamos uma palavra sequer, e embora eu estivesse louco pra perguntar o que tinha acontecido respeitei o espaço dela.

Levei ela pra minha casa já que sua melhor amiga estava lá. Ela com certeza saberia como ajuda-la. Saímos do carro e entramos na sala, chamando a atenção de Vini e de Isabel.

— Valentina? O que aconteceu? — perguntou preocupada.

— Meu pai. — escutei ela falar baixinho.

Isabel pegou a mão da melhor amiga e a levou pro andar de cima, enquanto eu me sentei no sofá a o lado do Vini. 

— O que aconteceu mano? — ele perguntou.

— Eu não sei. A Valentina ligou pra Isabel e eu acabei atendendo, e percebi que ela tava com voz de choro. Aí fui buscar ela e trouxe pra cá. Ela tava tendo uma crise muito forte, não faço ideia do porque.

— Caraca, ainda bem que você atendeu ela. — ele disse. — agora falando na Valentina, cês tão bem próximos né?

— Somos amigos, cara. — falei e ele riu.

— Amigos, me engana que eu gosto, Jude. Eu percebi, a Bebel também percebeu, tá na cara.

— Do que que cê tá falando?

— Você tá louco pra pegar ela meu amigo, precisa disfarçar mais. — ele dá tapinhas no meu ombro.

— Ficou louco? Nada a ver isso aí, até parece que eu ia querer ficar com ela. — fiz uma careta.

— Continua mentindo pra você mesmo, parceiro. Mas uma hora vai rolar, disso eu tenho certeza.

Passamos mais um tempo conversando até que a Isabel desce sozinha pelas escadas. Me pergunto onde Val estava e se ela estava bem.

— A Valen tá lá em cima no quarto de hóspedes. Se quiser falar com ela. — Bel falou pra mim e eu assenti.

Subi as escadas e fui em direção ao quarto, batendo na porta antes de entrar. Valen estava deitada na cama mexendo no celular, o rosto vermelho e levemente inchado de choro.