PRÉVIA

402 54 80
                                    



TIC TAC TIC TAC TIC TAC TIC TAC TIC TAC....



O Relógio do rapaz batia à medida que os minutos se passavam, tão ansiosos quanto a espera no balcão do bar que ele se encontrava. Koki, um belo rapaz de cabelos escuros e olhos azuis, esperava ansiosamente seu namorado chegar do trabalho para encontrá-lo como de costume.

Ele estava tomando um pouco de vinho, o mais barato que tinha no bar enquanto aguardava. Koki estava ansioso e desconfiado de todos ao redor, próximo do cio e com os hormônios à flor da pele.

Koki conseguia ouvir a respiração das pessoas ao redor, os cheiros, ele estava atento a cada pessoa que passava atrás de si e pronto para qualquer ser não humano invadisse o seu espaço e tomasse posse de seu corpo sem permissão.

Apesar de que atualmente, Alfas quase não existiam e se existissem seriam um entre cinquenta mil pessoas no mundo. Tão raros assim como ômegas e lúpus, provavelmente extintos.

- Quer mais alguma coisa? - O barmen perguntou, vendo o rapaz suando frio e batendo os dedos sobre o balcão ansioso.

- Não, não! - Koki respondeu quase que impaciente.

Seus olhos se movimentavam rapidamente, buscando pelo seu alfa que não chegava nunca ao bar de encontro. Até que não demorou muito para ele ouvir alguns homens falando de si, falando o quão ele era bonito e provavelmente seria um ômega indefeso e perdido.

- Ei garoto! - Um homem lhe chamou e se aproximou, passando o braço gordo ao redor do seu pescoço, o prendendo no aperto desconfortável e ameaçador.

Koki não entendeu, mas ele estava ficando com medo. Desde que se descobriu ômega, escondia-se do mundo e se isolava da sociedade

- O que foi? - De repente o homem apertou seu pescoço e ele começou a ficar sem fôlego. - O gato comeu sua língua? - Sussurrou em seu ouvido.

Koki tentou tirar o braço do homem que tentava o enforcar, mas ele estava fraco e ansioso pelo seu alfa. Sua pele já estava ficando vermelha e todos assistiam em silêncio e até se divertindo da situação que ocorria no balcão.

- Largue ele. - Sanji pediu educadamente.

O homem olhou para trás e viu sua postura relaxada, suas sobrancelhas encaracoladas, seu terno bem engomado, seu braço com algumas sacolas enquanto sustentava um cigarro entre os lábios.

- E quem é você? - O homem ergueu a sobrancelha e notou as pessoas se afastando de onde estavam.

- Ele é membro dos chapéus de palha... - O barmen lhe respondeu. - Se for lutar, não quebrem nada. - Avisou de repente e viu o loiro erguer a sombrancelha.

- Lutar? Não, eu estou aqui para pegar o Sake por favor. É do mais barato que você tiver. Meu companheiro gosta desses mais vagabundos, igual a ele. - Sanji disse e começou a tirar do bolso algumas notas, enquanto o outro braço se ocupava com as compras.

- Você tá falando sério? - O homem soltou Koki e ele caiu sobre o balcão buscando por ar, completamente desesperado.

- Por favor! Não me mate! - Koki virou-se, saindo de cima da cadeira e quase caindo sobre as garrafas postas sobre o balcão.

- Hm? - Sanji olhou para o rapaz que tremia de medo, seu rosto era estranhamente feminino assim como o corpo esguio e quase sem curvas. Bizarramente estranho.

- Calma que de você, eu cuido depois. Assim que eu acabar com ele, eu vou pegar você e vender para os dragões celestiais. Ômegas valem muito dinheiro. - Disse assustadoramente e caminhou até Sanji que franziu o cenho confuso.

Lunar - ZOSAN [EM BREVE]Onde histórias criam vida. Descubra agora