inesperado; patrick mahomes

; EXTRA-1 ;

; victoria p.o.v. ;

....alguns meses depois....

Jogo os documentos em cima de minha cama, e respiro fundo vendo o contrato em cima de minhas mãos, sem acreditar que realmente iria começar a universidade em algumas semanas, jogo o pequeno conjunto de papeis sobre uma poltrona que tinha no canto do meu quarto e logo sigo para o banheiro para tomar um banho e poder realmente descansar e desligar minha mente de tudo e todos.

Arthur teria viajado para um campeonato no Distrito Federal, campeonato esse de cunho universitário, já que o mesmo fazia parte de uma das principais atléticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Não estamos engajados em um relacionamento sério, nem nada desse tipo, as vezes saímos juntos, damos uns beijinhos aqui e ali, porém nada que tivesse sentimentos envolvidos. O que para mim, estava sendo ótimo, já que desde meu termino com o Patrick, eu não sentia muita atração pelos garotos que me rodeavam, até mesmo Arthur, que sinceramente... tinha um ótimo físico, e me ganhava, as vezes, com seu sorriso encantador e maneiras de um verdadeiro cavalheiro.

Porém, ninguém, nunca chegou aos pés de Patrick.

Posso dizer que sinto saudades do jovem quarterback, mas nunca realmente admiti isso para ninguém a não ser meu pai, que me conhecia melhor que eu mesma. Ele sabia de longe que eu sentia saudades de Patrick, e sabia ainda mais que isso me machucava profundamente, e que eu me arrependia amargamente de ter terminado com ele.

Porém, isso é algo que eu já aprendi a viver com.

O arrependimento e a dor de ter perdido alguém tão incrível como Patrick, por sentimentos corriqueiros que tive para com Arthur, que hoje nem existem mais. Tais sentimentos, já viraram algo da minha rotina, do meu dia a dia.

Depois de ter feito o vestibular para Nutrição, meus dias se resumiam em treinar, ficar em casa assistindo alguma novela antiga que meu pai ou algum amigo dele fizera, algum filme, ou sair com meu Pai e seus amigos para alguma pizzaria, ou algum rodizio de carnes. Posso dizer, certamente, que fiquei bem mais próxima dos amigos de meu pai, após meu termino com o Patrick, o que estava sendo totalmente maluco, estou tão próxima deles que agora faço parte de seu grupo de whatsapp e tenho que aturar eles falando das mulheres que pegaram nas festas clandestinas que eles amam ir.

São um bando de tarados.

Escuto o celular tocar ao meu lado, e preguiçosamente pego o mesmo e atendo sem dar muita atenção ao nome que brilhava em minha tela, já imaginando que fosse a operadora de meu chip querendo fazer cobrança ou tentar me fazer mudar meu plano. Típico deles.

"Alô?" falo preguiçosamente, enquanto fechava meus olhos, sentindo meu corpo relaxar quase que por completo dentro daquela banheira fria.

"Victoria?" a voz masculina, que eu conhecia tão bem falou no outro lado da linha.

"P-Patrick?" rapidamente abro meus olhos, tiro o celular de meu ouvido e leio por vezes o nome que aparecia em minha tela.

"Victoria" o homem falou do outro lado da linha "Achei que não fosse me atender, por alguns meses achei que tivesse me bloqueado"

"Não? Meu Deus! Não!" falo um tanto rápido e apreensiva, ainda em completo choque por perceber que ele teria me ligado.

"Eu só liguei para dizer que estou de férias no Rio de Janeiro" o homem comentou e pude escutar sua respiração pesada do outro lado da linha "E... para... hm... para te fazer um convite"

"Qual seria?" perguntei rapidamente, deixando transparecer minha ansiedade.

"Eu gostaria de te ver, se for possível, se não for atrapalhar seus planos com seu namorado, claro"

"Não tenho namorado, Pat" deixo uma risadinha baixa e fraca escapar por meus lábios, ao perceber a preocupação do mais velho para com um relacionamento que nunca existiu.

"Oh.... eu não sabia"

"É"

"Mas... hm... você aceitaria?"

"Claro! Claro! Só me passa quando e onde vai ser, que eu estarei lá, Pat" deixo um pequeno sorriso bobo escapar por meus lábios, e respiro fundo.

"Eu vou te buscar, esteja pronta as sete, iremos sair para jantar"

"Quando?"

"Hoje"