Amber.

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Amber Hudson.

Amber foi minha salvação naquele dia, viramos amigas e depois de três dias, confiei nela e contei sobre tudo da minha vida. E ela retribuiu.

É aquela amiga que aos poucos vamos confiando e de repente já sentimos aquela irmandade diferente, nenhuma irá trair a outra.

Amber é ex-militar, entrou no exército temporariamente, recebeu um bom salário e assim que pôde veio visitar a Austrália, mas acabou se apaixonando pelo lugar e quis ficar, encontrou um bom espaço, acabou se especializando em box e por fim acabou abrindo uma escola de combate, seus alunos competem por uma liga municipal. Ela é ótima no que faz, excepcional. Amber é um anjo.

Se passaram uma semana, desde do dia, eu não saio da casa de Amber, ela não permite. Conseguiu esconder minha moto bem e ninguém desconfia dela, pois o meu tio está louco atrás de mim pela cidade, todos pensam que fui sequestrada, o desgraçado levou isso para os holofotes se fazendo como um bom samaritano mas ele sabe que eu sei disso tudo.
Ele sabe que eu sei que ele está atrás de mim.

Amber chega em casa por volta das cinco da tarde, eu me prontifiquei em deixar a casa limpa, comida feita e roupa lavada pra Amber, afinal, estou morando aqui e não estou em condições de trabalhar. Não só pelo fato do ocorrido e sim porque, em meio a essa semana, tive muitas crises de pânico e todas, graças aos céus, pude controlar e algumas Amber estava comigo.

Sei que isso é porque meu coração está cheio de ódio, aquele dia nunca irá sair de mim, a doce Mia nunca irá voltar.

A Mia má está aqui agora.

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Termino a lasanha, coloco no forno e bato minhas mãos uma na outra, para tirar o excesso de sujeira. Limpo a bagunça que fiz na cozinha e decido tomar um banho.

Escuto o elevador apitar e sei que é alguém, desligo as luzes rápido como Amber me ensinou, espero atrás da porta e quando vejo que está abrindo a porta com a chave sei que é ela. Suspiro e vou em direção ao interruptor, Amber me ensinou a decorar o ambiente antes de entrar nele, e sou ótima em decorar então foi algo fácil, ligo a luz e vejo a cara de orgulho de Amber.
― Humm, não deixarei você ir embora nunca. Trouxe vinho, sei que adora.
Rio com seu comentário.
― Eu que não vou embora daqui.
Pego o vinho vendo que é exatamente o meu preferido.

Tiro a lasanha do forno, Amber me ajuda a montar a mesa e quando dou por mim, estamos quase bêbadas dançando encima do sofá.

caímos exaustas no chão, olho pra Amber que está olhando pro teto e constato que devo informar a ela minha decisão.

― Amber, irei mata-lo. Irei bolar algum plano, comprar uma passagem, treinar até morrer e me livrar de um peso nas minhas costas.

Sinto o olhar de Amber em mim, e volta a olhar para o teto.

― E se descobrirem?
― Se descobrirem irei pagar o meu crime, e aceitar o destino. Mas estarei satisfeita, vou matar aquele filho da puta do meu tio nem que seja no inferno e além do mas, sei que você irá me visitar.

Olho pra ela de solaio e vejo seu sorrisinho.
― Tudo bem, você tem sua decisão e eu não só apoio com vou te ajudar, terá um treinamento de soldado. ― disse se virando para mim. ― E, ó ― apontou o dedo indicador e deu um leve empurrão no meu ombro. ― Se te pegarem, você não conhece nenhuma Amber Hudson.

Sim, capitão.
― Hahah ― Riu sem humor ― É sério Mia, eu vou pegar pesado e você vai pedir pra sair. ― disse se levantando.

― Vamos ver então.
―Ótimo.
―Ótimo.

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capítulo curtinho
<3

não revisado.

💋

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