~ Mei. ~
Katsuki andava pela calçada junto a Aiko, que se enrolava em seus pés de vez enquando, o fazendo tropeçar e xingar a pequena criatura.
— Porra, pare de se embolar nos meus pés, vou acabar caindo desse jeito. — Ele pegou o bixo no colo, segurando ela por baixo, deixando seu corpo apoiado em seu ombro e vez ou outra sentia Aiko morder seu ouvido ou enfiar o bico em seus cabelos.
Hoje é sábado, ainda há lojas abertas, então decidiu ir comprar algumas coisas para Aiko, não podia ficar dando tudo o que tinha em sua geladeira para o grifo.
°°°
— Que porra é essa!? — A atendente do pet shop, que era uma filha perdida da mãe de Bakugou, que no caso é emo, apontou para o bixo no colo do loiro.
— É um grifo, sua jumenta. Você nunca foi a escola não? — Ele disse revirando os olhos e colocando Aiko em cima do balcão. — Ah, é, eu esqueci que você parou de estudar pra trabalhar e manter a sua maconha.
— Ou, ou, ou, abaixa a tua bola, eu fui até o oitavo ano. — Ela disse lhe apontando um dedo. — E não foi pela maconha.
— Ah, claro. — Ele bufou. — Vim caçar algo para Aiko comer.
— E o que ela come?
— Ela come tudo. Vou deixar ela escolher. — Ele botou Aiko no chão, deixando ela andar pela loja, sendo seguida por Katsuki e Mei.
— Aí, sabe que você pode ganhar um bom cascalho com ela, não é? — Mei desvia o olhar para Katsuki. — Alguma compradores devem cobrar caro por ela, e para a sua sorte, sei que compraria ela.
— Sai fora. Não quero vender. Mas não sei se vou poder ficar com ela. — Ele encara Aiko, que cheirava vários sacos de rações para cães e gatos. — Mal paro em casa, e não sei se é bom deixar ela presa dentro de casa.
— Você pode deixar ela comigo. — Mei sorriu.
—Nem fudendo, é capaz dela sair da tua casa fumante já. — Ele riu.
— Não exagera. — A mulher abaixou e pegou um pouco de ração para Aiko experimentar, mas ela não tinha dentes, então ficou com uma bolinha de ração girando na boca. — Pelo visto ela não vai conseguir mastigar isso.
— Então o que eu vou dar para ela comer? — Ele levantou uma sobrancelha.
— Você pode botar leite junto com a ração, talvez fique mais fácil de "mastigar" e engolir. — Ela disse fazendo aspas com a mão.
— Certo... Então me vê dez reais dessa ração de carne. — Ele disse pegando Aiko no colo. — Vou ver se compro um brinquedo pra ela também.
Mei apenas concordou e foi pegar a ração que Katsuki pediu, enquanto isso, Katsuki rodava o resto da loja, pegou uma caminha, um transporte, um guia, uma coleira, remédio pra pulga e carrapatos, shampoo, remédio pra vermes e um rato de brinquedo.
Quando terminou, levou tudo para o balcão e vendo Mei embalar tudo e passar naquela máquina registradora, particularmente, Katsuki não gostava daquele barulhinho irritante e repetitivo que aquela coisa fazia.
— Deu... cento e sessenta e cinco reais e quarenta e nove centavos. — Ela disse lhe entregando as sacolas.
— Obrigado, a gente se vê por aí. — Ele pegou as sacolas e e ficou algumas coisas dentro do transporte pra facilitar e depois entregando o dinheiro.
— Você também.
Katsuki sentiu Aiko escalar suas costas e se agarrando na cabeça dele e se sentando no ombro dele enquanto ele saia da loja e voltava para casa.
Aiko estava distraída, olhando as pessoas em volta, até escutar latidos grossos vindo debaixo, um cão que latia para ela, mas Aiko fez igual Katsuki, ignorou.
°°°
Katsuki colocou Aiko dentro do banheiro, entrou e fechou a porta, vendo ela ir para cima do balcão da pia e se olhar no espelho enquanto enchia a bacia que estava debaixo do balcão da pia com água morna.
- Vem cá. - Ele pegou ela e colocou ela na banheira.
Ele colocou ela com tanto cuidado que Aiko nem entendeu direito o que estava acontecendo, apenas olhou para a água e depois para Katsuki.
- Você é muito lindinha. - Ele riu e espalhou espuma por suas penas e penas, escutando ronronos baixinhos dela.
Enquanto Katsuki lavava Aiko, a luz apagou e ele xingou baixinho, se levantando e procurando seu celular, mas acabou pisando em algumas coisas macia e molhada, escutando um berro e sentindo seu calcanhar arder.
- Porra! - Ele alcançou o celular e ligou o flash, vendo Aiko toda molhada correr para debaixo da pia e depois olhou para o calcanhar, Aiko o mordeu, e agora o machucado estava sangrando e ardendo.
Ele não a culpava, mas ela não deveria ficar seguindo ele.
Katsuki enrolou uma toalha em Aiko, tinha deixado o celular com o flash virado para cima, fez um nó na toalha, deixando Aiko presa, e, depois pendurou ela no gancho da parede, e por incrível que pareça, ela nem se moveu, apenas fechou os olhos e dormiu.
Vendo que Aiko estava quieta e não corria risco dele matar ela sem querer, Katsuki foi até o armário do banheiro e pegou um vidro de álcool e algodão, molhando o algodão com o álcool e passando em sua perna e depois uma pomada.
Ardeu, mas ele não ligou.
- Você tem um bico forte. - Ele olhou para Aiko na parede, que abriu os olhos para olha-lo e depois fechando de novo.
Ele deu uma última olhada em Aiko, pra ter certeza que ela não sairia dali e foi para o box tomar banho.
Tirou a roupa e jogou no cesto de roupa suja , ligou o chuveiro e colocou a mão debaixo d'água para ver se a temperatura da água não estava muito fria.
- Tá gelada pra caralho. - Ele bufou e entrou debaixo do chuveiro de uma vez, dando um pasmo ao sentir a água fria tocar suas costas ainda quente.
O banho foi rápido, a água estava muito fria e ele não queria ficar muito tempo ali para não pegar um resfriado, e assim que fechou a luz voltou e ele estreitou os olhos.
- Tá de sacanagem. - Ele murmura e Aiko desce da toalha.
Relevem os erros 🐙
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Uma coisa caiu no meu telhado
FanfictionKatsuki Bakugou, o herói número dois, voltava tarde para casa depois do trabalho, fez sua rotina e ao se deitar para dormir escutou algo cair em seu telhado. No começo, achou que era apenas um gato mas viu uma coisa cair no chão de seu quintal, e qu...