De volta ao lar

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Noah, Victoria e João estavam no escuro dentro do consultório, João ligou a lanterna do seu celular para iluminar o consultório para enxergar melhor, aquelas horas de pequena agonia remetiam aqueles pesadelos em que você não podia se mexer e podia sentir o antagonista perto e se aproximando o mais rápido que pudesse.

Noah: não é possível que a gente vai ficar aqui... Como são essas coisas lá fora, como eles são? - perguntou baixo.

João: eu vi rápido, eu não pude olhar muito... São deformados, parecia carnes frescas no estado de decomposição, mas com vida.

Victoria: o fim do mundo é esse, eu não acredito.. Não posso ficar muito tempo aqui!- nesse exato momento escutaram algo sobrevoando no céu, sentiram que eram aviões, foguetes, helicópteros nada via certamente na cabeça deles.

Quando passaram por cima do hospital o lugar passou a tremer, e as explosões eram fortes por toda cidade. O fogo iluminava o consultório de João já não precisando mais da lanterna de seu celular, Noah e Victoria se abraçaram pois estava difícil se controlar.

Um pedaço do teto despencou fazendo um barulho estrondoso no consultório. João tirou seu jaleco branco e deixou em sua cadeira, estava com uma regata branca por baixo do jaleco, e seus braços fortes e tatuados eram uma sensação.

Victoria: nós temos que ir, não consigo ficar sabendo das pessoas que nós temos... - Noah a interrompeu.

Noah: eu estou com você, nós iremos agora não importa se aparecer vampiros com asas pra nos devorar.

Noah e Victoria levantaram e foram pra porta, João colocou a mão na frente deles pedindo pra esperar, entendendo o recado, ele colocou o ouvido na porta e não ouvia aquelas criaturas mais rosnar sozinhas, abriu a porta lentamente e só enxergava fogo, pedaço de madeira no chão, corpos queimados e alguns de rastejando lentamente.

João: nós precisamos ir, agora. - o próprio abriu a porta.

Ao abrir a porta, havia um corpo esticado, sua cabeça foi perfurada pelo ferro que fazia parte da estrutura do teto, o ferro estava inclinado na frente dos três, João, Noah e Victoria ao ver aquela cena levaram um choque, uma pele palida, olhos fundos e a boca cheia de sangue. Correram pelos corredores do hospital, em chamas, poderiam ver nas salas de recuperação chamas, corpos queimados, corpos de rastejando, as chamas iluminava suas visões e seus corpos, e talvez suas esperanças.

Ao sair do hospital, estavam do lado de fora e de fato parecia que tinha caído um cometa na cidade, fogo por todo lugar, e alguns mortos andando pela rua, não demorou muito pra... Os aviões voltarem e começar a bombardiar a cidade de novo.

Noah: droga precisamos ir, agora! - Noah disse e correu um carro mais próximo, ao tocar no vidro viu a chave no volante, nesse instante levantou um corpo no carro, sua face estava mordida e seu olho branco e ficou batendo no vidro.

Noah levou um susto e caiu na grama e ficou rastejando para trás. João viu aquela cena e meteu o pé no vidro do carro o quebrando, o corpo saiu do carro e caiu no chão para pegar os três amigos, João colocou o pé a tempo em sua cabeça e ele ficou travado não conseguia levantar.

João: entrem no carro rápido - disse.

Victoria pegou uma pedra e jogou no vidro, o quebrou rapidamente e entrou na parte de trás, Noah entrou rapidamente pela janela quebrada tomando cuidado pra não se cortar e foi pro banco do passageiro. João mantia o pé na cabeça desse corpo e começou a pisar mais forte, esmagando seu crânio e viu que aquela coisa acabou morrendo. João entrou no carro e ligou o carro e deu partida daquele lugar enquanto tudo pegava fogo em volta. Noah e Victoria olhava pra trás e via tudo laranja, e ficaram assustados.

Durante o caminho iriam passar nas casas de Victoria e Noah, já que João tinha mudado pra cidade recentemente e sua família morava muito longe dali, durante o caminho passaram por caos, aquelas criaturas comendo pessoas, crianças, cenas chocantes, pessoas querendo que paressem o carro pedindo por ajuda, João tinha lágrimas nos olhos, Noah e Victoria chocados com o que viam.

João estacionou o carro, em frente as casas, em Georgia não tinha muros apenas casas, e seu jardim e seu espaço que era respeitado. Victoria se aproximou de sua casa e viu a sua casa com a porta aberta, a mesma foi correndo e adentrou sua casa, havia sangue por todo lado, no meio de sua sala havia rastros de sangue como se um corpo tivesse se rastejando, a mesma avistou alguém de sua família foi mordido nas costas e tinha suas pernas quebradas. A mesma começou a chorar no mesmo momento, o corpo se rastejava até um corpo que estava deitado no chão, e tinha botas marrons, ao lado desse corpo tinha um revólver e mais duas criaturas comendo aquele corpo.

Victoria: Meu Deus, eu não acredito - nesse momento Noah chegou no local.

O mesmo estava em estado de choque e conhecia bem aqueles rostos, ao reparar que seus pais comiam o corpo do pai de Victoria, os pais de ambos também eram próximos e se encontravam juntos no momento do desastre. Noah abraçou Victoria e a convenceu que precisavam ir, não tinha mais o que fazer, mal sabiam o que fazer e como parar isso!

Victoria e Noah saíram da casa e João estava em frente ao carro em alerta, Noah olhou pra João e balançou a cabeça, tudo estava perdido.

João: meus sentimentos - disse

Noah: precisamos ir pra minha casa... Não podemos recuperar o que vimos porém precisamos nos manter de pé pelo menos essa noite ,lá tem bastante comida pra nós - disse.

João balançou a cabeça e entrou no carro, Noah e Victoria adentraram o carro e foram pra casa de Noah.

História Caminhando sobre os mortosOnde histórias criam vida. Descubra agora