Após sair de um relacionamento complicado, Zayn acaba conhecendo no prédio de sua ex-namorada, a nova vizinha Lauren. Uma garota de família milionária e extremamente simpática, mas suas vidas parecem estar conectadas com encontros sempre em lugares...
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Os dias se passavam, ia no parque, o lugar que sempre havia sido meu refúgio, mas agora parecia meu inferno.
Minha vida agora se resumia a isso: eu chorava em um banco do parque, chorava no trabalho, chorava em casa e em qualquer outro lugar que eu me arriscava a ir. Chorei como se eu estivesse perdida de si mesmo.
A exaustão se misturava às lágrimas, e muitas noites caí no sono no sofá, acordando com dor em meu corpo por isso.
Eu precisava seguir em frente, precisava voltar a minha vida, mas eu não conseguia.
Por que o Zayn apareceu apenas para deixar esse rastro de confusão em minha vida? - me questionei, passando as mãos em meu rosto.
O trabalho era uma fuga momentânea, minha mente estava constantemente em outro lugar, perdida nos labirintos dos meus pensamentos.
Eu estava ali em meu escritório, lendo o contrato que havia em minhas mãos, mas nenhuma palavra ali conseguia prender em minha mente, eu não conseguia focar complementarmente e estava fazendo a única coisa que eu sempre gostei de forma péssima.
Ouvi duas batidas na minha porta e nem aquilo me fez despertar completamente. Com um "pode entrar" desinteressado, autorizei a entrada sem sequer verificar quem batia e já sentia a angústia dentro de mim por ter que conversar com alguém agora.
- Lauren... - a voz preencheu o silêncio, e meus olhos automaticamente se voltaram na direção dele.
Zayn estava lá, na soleira da porta, com um olhar carregado de tristeza, meu coração, que antes batia em um ritmo monótono, agora pulsava mais rápido enquanto eu o olhava, mas eu mal conseguia reunir energia para expressar qualquer emoção.
- Eu... posso entrar? - ele perguntou, como se estivesse me lendo e eu assenti com a cabeça, incapaz de expor o que eu sentia em palavras, ele fechou a porta atrás de si e seus olhos encontraram os meus - Como você está? - sua pergunta era simples, mas eu não sabia responder. Balancei a cabeça novamente e ele se aproximou, escolhendo a cadeira à minha frente, o silêncio ainda estava presente, mas não de uma forma desconfortável.
Eu sentia uma tensão no ar, sentia que ele queria me dizer algo que talvez eu não estivesse pronta para ouvir, mas já imaginava o que seria.
Eu já imaginava tudo o que ele me diria: que eu deveria arcar com a minha decisão e ser infeliz com isso.
- Eu queria... conversar. Se você estiver disposta - sua voz era suave, com um espaço que ainda existia entre nós.
Eu o encarei, buscando em seus olhos uma resposta que eu já via em minha mente, imaginando que eu estava virando completamente um capítulo encerrado em sua vida. Eu precisava entender de uma vez, ouvir as palavras necessárias saírem da boca dele para que eu pudesse seguir em frente e sofrer aquele momento logo.
