Após sair de um relacionamento complicado, Zayn acaba conhecendo no prédio de sua ex-namorada, a nova vizinha Lauren. Uma garota de família milionária e extremamente simpática, mas suas vidas parecem estar conectadas com encontros sempre em lugares...
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Jantamos em um silêncio levemente constrangedor, depois começamos assuntos sobre política, economia e até mesmo plantações. Não demorou muito até nos retirarmos, agradeci o jantar e fui andando com Lauren, Luna e as crianças até a casa de hóspedes da Lauren.
- O vô está esquecendo das coisas cada vez mais – Lucas disse sério e ouvi o suspiro de Lauren.
- Lau... - a chamei discretamente e ela balançou a cabeça - O que foi?
- Desculpa – ela sussurrou – Eu não te contei o motivo da minha viagem, meu pai foi diagnosticado com Alzheimer e estava escondendo de todos nós isso... tem mais de um ano e agora os sintomas estão um pouco mais visíveis, por isso ele não conseguiu esconder mais...
- Lauri... sinto muito – murmurei, entrelaçando meu braço em seu ombro e beijando o topo de sua cabeça - Eu estou aqui para você, Lauri - sussurrei suavemente, apertando-a levemente em meu abraço.
Ela assentiu, continuando em silêncio enquanto caminhávamos em direção à casa de hóspedes.
Ao chegarmos à casa, Luna e as crianças foram se preparar para dormir, e Lauren e eu nos sentamos no sofá da sala de estar.
- Quer conversar sobre isso? - questionei a garota que negou com a cabeça enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas, ela apoiou sua cabeça em meu colo e eu iniciei um cafuné em seu cabelo.
- Depois que a minha mãe faleceu muita coisa mudou... - Lauren disse baixinho – Foi muito sofrimento vê-la doente e agora com o meu pai doente... - a voz dela embargou na última palavra – As vezes ele até esquece que a minha mãe faleceu – ela coçou os olhos.
Eu continuava em silêncio, só escutando-a e acariciando seus cabelos escuros.
- Perder alguém dessa forma é pior. Minha mãe sofreu tanto que às vezes eu pedia a Deus que a levasse para que ela pudesse ter um descanso. Ver alguém que você ama perder suas memórias, identidade e... - ela suspirou - A dor começa muito antes da morte física, e o sentimento de impotência é horrível - ela hesitou por um instante - E o meu pai... ele ainda é muito novo e a doença está avançando cada vez mais. Chegará um momento em que ele não reconhecerá os próprios filhos, a si mesmo, e até esquecerá como andar, comer e respirar. Isso significa que ele dependerá completamente de nós e ele sempre foi tão independente... é triste. Vou vê-lo se acabando... até o último suspiro - eu continuei a fazer carinho em seu cabelo.
- Eu nem consigo imaginar o que você está passando, Lauri - sussurrei, sentindo meu coração apertar por ela, as lágrimas caíam silenciosamente por seu rosto e aquilo me causava dores no estômago.
Eu me imaginava nessa situação e me sentia desesperado de passar por tudo isso.
- Mas saiba que estou aqui para você, para tudo o que precisar. Se quiser mudar para cá... podemos fazer isso juntos – murmurei e ela me olhou.
