Em uma noite refrescante e com alguns ventos gelados, estava caminhando pelas ruas da cidade onde eu moro, um lugar pequeno, pobre e humilde, e muito reconfortante de certa forma, casas com tijolos à mostra e cachorros de ruas por toda parte.
Já era tarde, cerca de 02:49 da manhã, saí para dar uma volta e esfriar a cabeça, com a enxaqueca que eu estava, isso poderia fazer eu me sentir melhor, prefiro não pensar que tenho que levantar cedo para ir trabalhar logo cedo, é como uma pressão a menos.
Quando estava andando perto de uma ponte que dava direto para um rio de esgoto logo a baixo dele, vi uma figura em cima desta ponte, uma figura pequena e magra, uma criança... o que faria a está hora sozinha em um lugar escuro como este? Corri para ir ver o que estava acontecendo, quando cheguei mais perto, ela se virou em minha direção, e disse "ele fez isso... eu não sei por que, não sei o que ele quer, mas se for eu, ele não me terá."
Então aquela garotinha olhou em direção ao rio de volta com um olhar de desespero e receio, e logo se jogou de cabeça naquele esgoto podre e viscoso, pude ouvir o barulho de algo se quebrando, entrei em desespero, não soube o que fazer, fiquei paralisado, completamente em choque e olhei para dentro do rio, depois eu gritei, gritei com todas minhas forças até meus pulmões se secarem e doerem como nunca pude imaginar antes, e olhei mais uma vez, só que desta vez, sem forças para gritar, o rio tinha baixado mais do que o normal e ela bateu com a cabeça com tanta força que seu crânio estourou e partes de sua cabeça estavam espalhadas e se misturando com o que sobrava do rio de esgoto, uma cena que jamais imaginei presenciar.
Quando olhei em volta, muitas pessoas que tinham me escutado e estavam se aproximando, depois que assistiram um pouco, ligaram para a polícia.
Uma velha chamada Hellen que morava por perto escutou meus gritos como previsto e chamou a polícia, quando as viaturas chegaram uma policial foi até a mesma e disse sua versão da história, logo depois a mesma policial foi até mim, sim a vagabunda pré histórica me achou suspeito, mas eu também teria achado o mesmo, a policial percebeu que não fui o culpado de nada por meu semblante de completo pânico em meu rosto, mas ainda assim tomou cuidado e fez perguntas minuciosas, eu expliquei tudo e ela não acreditou, mas não julgo nem um pouco, eu vi tudo e ainda assim não consigo acreditar, a policial disse que uma criança jamais faria isso, não teria coragem para tal coisa, mas insisti e disse que tudo isso realmente aconteceu.
De repente o rádio dela tocou, e escutei nitidamente, era um policial avisando que receberam uma ocorrência de assassinato brutal contra com uma família logo ali perto, uma verdadeira chacina e já estavam no local, e então ela entrou dentro de uma das viaturas com um de seus parceiros e foi o mais rápido até o local.
Eu corri atrás, é claro, porque precisava saber o que estava acontecendo.
Chegando perto do local, pude observar muitas pessoas em volta e algumas viaturas.
Olhei um pouco a dentro, e no final do corredor, observei e vi um rastro de sangue pela escada, não era muito, mas que poderia assustar quem visse, e o cheiro não era tão forte, mas quando a polícia passou pedo corredor percebi o terror em sua face, o pânico e palidez que ocupava seu rosto, me aterrorizei um pouco também, e logo atrás de mim pessoas que moravam naquele quintal choravam cada vez mais e mais. Talvez ninguém jamais saiba o que realmente aconteceu ali dentro, talvez seja tenebroso demais para saber algo assim, um verdadeiro circo de horrores foi está noite.
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vozes da escuridão
HororUma família conturbada que passa por conflitos diários dentro de sua residência, onde coisas desconhecidas sempre aconteceram ao redor daquela casa estranha, onde coisas inexplicáveis sempre tiveram vida. Mas talvez, um acontecimento inesperado e at...