Capítulo III

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Olá a todos! Peço desculpas pela demora em lançar um novo capítulo. Estava passando por um bloqueio criativo e sem muitas ideias sobre como continuar a história. No entanto, finalmente tive um surto de inspiração e consegui escrever este novo trecho. Espero que gostem e que ele compense a espera!
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𝐒𝗎𝗆𝗂𝗋𝖾'᥉ 𝐏𝐎𝐕

Agora são exatamente 3:42 da manhã, e aqui estou eu, jogada na minha cama, com o celular em mãos. Não estou apenas olhando qualquer coisa, estou encarando o perfil do WhatsApp do Kawaki. Ele pediu meu número no restaurante, dizendo que precisava de ajuda em algumas matérias. No momento, achei que fosse uma desculpa esfarrapada, mas concordei. Agora, fico me perguntando se realmente era só isso. Como se eu pudesse ser o tipo de mulher que ele gosta.

Sinto-me tão confusa e frustrada. Ele não poderia estar interessado em mim, não alguém como eu. Eu me vejo com uma personalidade horrível e, para completar, sou feia. Essa combinação me dá uma raiva profunda de mim mesma. Tento me convencer de que pelo menos tenho minha inteligência. Sempre me destaquei nos estudos, é uma das poucas coisas que realmente valem a pena em mim. No entanto, até ela falha às vezes. Nesses momentos, sinto-me ainda mais perdida e desamparada.

Enquanto olho para a foto de perfil dele, começo a imaginar o que ele deve estar fazendo agora. Será que ele está acordado? Será que ele está pensando em mim, mesmo que só um pouco? Essas perguntas inundam minha mente e me deixam ainda mais inquieta. Queria ser capaz de desligar meus pensamentos e dormir, mas a ansiedade e a incerteza me mantêm acordada.

Lembro-me do jeito que ele me olhou quando pediu meu número. Será que havia algo mais ali? Ou estou apenas me iludindo, lendo demais nas entrelinhas de uma situação simples? A insegurança me corrói por dentro, e não consigo deixar de me sentir inadequada. Penso em todas as outras garotas que poderiam chamar a atenção dele, aquelas que são mais bonitas, mais confiantes, mais tudo.

A sensação de inadequação é esmagadora. Tento me lembrar de que, apesar de tudo, sou inteligente. Sempre fui uma das melhores alunas, e isso deveria ser suficiente para me sentir bem comigo mesma. No entanto, a realidade é cruel, e às vezes até minha inteligência parece me trair. Quando falho em alguma coisa, essa sensação de inutilidade se intensifica.

Agora, deitada na escuridão do meu quarto, sinto as lágrimas começando a se formar. Tento segurá-las, mas é inútil. Uma lágrima solitária escorre pelo meu rosto, e logo mais seguem o mesmo caminho. Odeio me sentir assim, tão vulnerável e impotente. Gostaria de ser mais forte, de não me importar tanto com o que os outros pensam, de não me deixar afetar por minhas próprias inseguranças.

Por fim, deixo o celular de lado e cubro meu rosto com as mãos, tentando abafar os soluços que começam a escapar. Amanhã será um novo dia, e precisarei encontrar forças para enfrentar mais uma vez meus demônios internos. Mas agora, no silêncio da madrugada, deixo-me afundar nessa tristeza momentânea, esperando que a manhã traga consigo uma renovada esperança.

(...)

Estava chegando à escola, mas havia perdido a merda do ônibus. Corria com toda a minha força, sentindo meu corpo transpirar devido ao esforço e ao calor do momento. A cada passo, a sensação de desespero aumentava. Ao me olhar de relance em uma vidraça, percebi que não conseguira me arrumar direito. Meu cabelo estava uma bagunça, a pele parecia de um zumbi vagando por aí, as roupas amassadas, e meus olhos vermelhos e inchados de tanto chorar na noite passada. Que droga.

Jealousy. - KawasumiOnde histórias criam vida. Descubra agora