Fogo no feno.

Três

Talvez hoje seja o dia em que eu vou conseguir o que desejo: Te sentir em minha mãos.

Quero tocar seu corpo. Quero tocar você, seu corpo, sua alma.

Consegue imaginar o marido perfeito que posso ser para você? Minha rainha, vou venerar você todo dia, toda noite.

Posso trata-la melhor que qualquer cara que já tenha se envolvido, mesmo que eu não goste nem um pouco de pensar nisso.

Enquanto lavo a louça, observo você pela janela da cozinha. Bendita seja essa janela, consigo ter acesso visual à parte de trás de sua casa, onde você planta os belos morangos em sua horta bem cuidada.

Usando esses vestidos de tecido fino novamente?

Que delícia, amor. Está linda.

Paro o que estou fazendo, cruzando os braços enquanto caminho hipnotizado para mais perto da janela.

Você se agacha, logo prendendo o cabelo em um rabo de cavalo por conta do calor.

Não faço isso, linda... Eu queria ter visto isso mais de perto quando você se agachasse para me chupar.

Atrevida, você come um dos morangos que está colhendo. Ele parece bonito em contato com os seus lábios, mas eu quero ver de perto.

Vou ao meu quintal, apoiando na pequena cerca que separa nossas casas, chamando sua atenção imediatamente.

- Olá, vizinha! Não quer dividir um pouco disso comigo?

- Oi, Jeon! Os morangos? É claro! - Eu e você sabemos, S/n... Eu não me referia apenas aos morangos. Eu quero que você se divida comigo, seja apenas minha. -

Seu belo corpo se aproxima de mim, caminhando com tranquilidade enquanto come os morangos vermelhos e grandes.

Você come os morangos e eu chupo seus seios, pode ser ?

Ao chegar perto, você sorri e estende a cesta farta dos frutos em minha direção, me incentivando a experimentar uma das maravilhas que você cultivou. Estavam deliciosos e doces.

- Doces como mel, vizinha... Me sinto obrigado a coloca-los em minha boca de novo. - olho em seus olhos, transmitindo o duplo sentido indiscreto em minha frase -

Os mesmos olhos tímidos que me encaravam outro dia, estavam cheios de desejo e luxúria. Sua mão vai até o fruto vermelho, pegando o mais suculento, e deixando a cesta de lado. Mais alguns pequenos passos e estamos separados apenas pelos pedaços de madeira que compunham a divisória.

Você direciona o morango para os seus lábios, fazendo questão de trazer um pouco da sua língua para fora e  lamber aquilo antes de o morder com gosto.

Eu estou estático, sem saber muito bem como reagir. Porém, o meu corpo sabe.

Eu não sou um homem apressado, pelo contrário, sou paciente para tudo, principalmente com a mulher que mais desejo. Mas naquele momento,eu passei minha mão pela cerca, agarrando sua cintura e te colando o máximo que posso.

Nossos rostos estavam perigosamente perto, e eu estava louco para te beijar, mas não vou permitir que nosso primeiro contato íntimo seja assim.

- Não faça isso comigo, S/n... - Esfrego nossos lábios, vendo os seus olhos se fecharem, esperando que eu faça algo mais -  Passe por aquele portão e me deixe sentir você nem que seja um pouquinho. - digo me referindo ao portão no final do quintal, dando acesso ao pasto vazio.

- " Nem que seja um pouquinho "? - minha frase é repetida por você- Se eu disser que só pode sentir o meu cheiro e nada mais, o que você faria, vizinho? - Você pergunta com tom de soberba e provocação, pensando que consegue me provocar-