Capítulo | 4

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Pegar um ônibus todo dia para ir até a faculdade era muito cansativo, mas agradecia por não ser tão cheio quanto o metrô

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Pegar um ônibus todo dia para ir até a faculdade era muito cansativo, mas agradecia por não ser tão cheio quanto o metrô. O relógio em meu pulso direito marcava uma e dez da tarde, mas em menos de quinze minutos eu estaria chegando em meu ponto. Meu braço continuava ardendo, mas a pasta d'água que Jennie passou na queimadura estava ajudando bastante, minha coluna estava me matando e só de pensar que ficarei mais de duas horas sentada em uma cadeira fazendo prova era de matar qualquer um.

Suspirei e levantei do banco assim que o motorista parou na parada em que eu iria descer. Pegava tanto esse ônibus que ele até me conhecia e as vezes quando eu sentava na frente vinha boa parte do caminho conversando com o homem.

— S/N! – ouvi Mendy me chamar assim que pisei fora do ônibus.

— Mendy! O que está fazendo aqui? – perguntei achando estranho o fato dela estar aqui.

— Vim fazer segunda chamada da prova de desenho técnico – falou e começamos a caminhar.

— Foi muito ruim na prova assim? – perguntei fazendo uma careta.

— Mais ou menos, mas preciso tirar uma nota mais alta agora para passar no período. Não quero pagar essa cadeira de novo! Aquele professor é péssimo – ela disse lamentando.

— Entendo, vai para o trabalho hoje? – questiono e a vejo assentir – Então avisa ao Jimmy, se ele estiver lá, que eu agradeço novamente por ele ter ficado com o meu turno e me ajudado com aquele cara – digo assim que atravessamos o lago de carpas da faculdade, que só tinha água já que os peixes haviam todos morrido.

— Eu falo sim e o que aconteceu? Quem é esse cara? – perguntou curiosa e eu mostrei meu braço – Minha nossa – tapou a boca com as mãos e eu assenti fazendo uma careta.

— Um homem me empurrou só por eu ser estrangeira e logo depois jogou café quente em mim – suspirei triste.

— Sinto muito por isso – ela murmurou passando a mão em meu ombro.

— Está tudo bem... droga! – xinguei ao ouvir o meu relógio apitar — Eu tenho que ir – falei e assim que me despedi dela fui correndo para o meu departamento.

O prédio ficava a poucos metros da parada e agradecia mentalmente por isso. Durante o percurso eu tropecei umas três vezes e quase me estabaquei no chão por esse descuido. Assim que entrei na sala cumprimentei o professor brevemente e me sentei em uma das cadeiras do fundo, era um ritual meu fazer isso em todas as provas justamente por ficar longe de todo mundo.

Eu não era uma aluna excelente, mas conseguia desenrolar o suficiente para tirar um oito nas provas e para mim isso estava bom. Não iria surtar por causa da faculdade e muito menos perderia meu precioso tempo fazendo isso. Agradeço por já ter concluído as minhas horas complementares nos primeiros dois períodos e foi tudo uma grande estratégia, por esses períodos eu pegar quatro disciplinas obrigatórias aproveitei para adicionar eletivas e assistir qualquer palestra que possa ganhar um certificado no final para adicionar as minhas horas complementares. Lembro que nesse tempo eu praticamente morava na faculdade e só chegava em casa cansada.

You & Me | Imagine Jennie G!POnde histórias criam vida. Descubra agora