𝗪𝗛𝗔𝗧 𝗪𝗔𝗦 𝗜 𝗠𝗔𝗗𝗘 𝗙𝗢𝗥? -𝔍𝘶𝘥𝘦 𝘉𝘦𝘭𝘭𝘪𝘯𝘨𝘩𝘢𝘮

𝐃𝐨𝐬

📸 ׁ꒲𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝗧𝘄𝗼,
¡𝑺𝒐 𝒊𝒕 𝒘𝒂𝒔 𝒚𝒐𝒖!🐳⨾࿐ྂ

❝Se você quiser fugir comigo, eu conheço uma galáxia

E posso te levar para um passeio
Eu tive uma premonição que nós caímos em um ritmo
Onde a música não para nunca

Glitter no céu, glitter em meus olhos
Brilhando do jeitinho que eu gosto

Se você sente que precisa de um pouco de companhia

Você me conheceu no momento perfeito

             ——Levitating, Dua Lipa

A dupla sentou-se nas cadeiras... da sala de espera, por ser uma clínica com plantão 24 horas,  não demorou muito para que o felino fosse atendido e recebesse seu check-up. Amy foi acompanhada por Jude por toda a etapa de identificação na clínica.

— Você gosta de café? — Amy pergunta timidamente.

— Hm? — Jude não entende o que foi dito por Amy ter falado baixo. 

— Você gosta de café? — Ela repete a pergunta mais alto, e o jovem assente. — Vou pegar para nós então. — Ela da um sorriso tímido.

Assim que Amy foi pegar a bebida de maneira descontraída, estava nervosa por conhecer alguém novo e uma pessoa tão genuinamente feliz em ajudar alguém.

— Você é daqui? — Amy questiona enquanto alcança o copo plástico cheio da bebida.

— Não, na verdade sou novo por aqui também. — Jude responde. — Como veio parar aqui?

— Eu queria me mudar, fazer algo diferente, sabe? — Jude assente. — E você?

— Eu vim por causa do emprego. — Responde. — Praticamente o mesmo motivo que o seu, estou aqui a pouco tempo.

— Por mais que eu seja nova na vizinhança eu sei muito da cidade e dos arredores. Se precisar de ajuda, eu tô aqui. — Da um sincero sorriso ao garoto, o mesmo retribui. — Eu sei como é viver sozinho, você certamente já sabe também.

— Digo o mesmo, eu cheguei a fazer amizades com meus colegas, sebe? Mas não gosto de sentir como um intruso. — Ele retribui mais um sorriso honesto.

— Mas o que está achando da cidade? Onde você morava era diferente? — Ela coloca próprias mãos de baixo de suas coxas, pois já havia jogado o copo vazio de café fora.

— É tudo novo, ter que descobrir um novo idioma e novos costumes. Eu não morava no mesmo lugar em que cresci. Onde eu nasci chovia demais, e aqui tem um céu mais limpo e ensolarado. — Explica. — Eu fiquei até os meus dezessete anos lá, depois me mudei para Alemanha pelo mesmo motivo que eu estou aqui. — Sorriu involuntariamente.

— Você é jogador de futebol? — Ela indaga de repente, o garoto assenti com certa insegurança. — Sou ótima com adivinhações. — Se gaba fazendo uma pequena comemoração. — Eu costumava jogar, ou ao menos praticar, mas parei devido meus sonhos de dançar. — Riu. — Acho que eu já vi você em algum clube, mas sou muito ruim em decorar essas coisas.

— Eu já vi você na televisão. — Riu de novo. — Naquele reality onde eles colocam os artistas para  trocar de profissão.

— Não me lembra disso, eu achei que estava arrasando como professora mas no final virou um caos. — Sorriu nostálgica. — Eu ainda tenho meus contatos, se quiser, acho que você seria uma bela bailarina. 

Os novos amigos estavam caminhando na rua com uma pequena caixa para animais, o gato teve que ficar em observação na clínica até o dia seguinte. Ambos já cansados, resolveram voltar para os seus respectivos apartamentos, porém pareciam que ambos estavam se seguindo.

— Meu apartamento é aquele. — Amy apontou para o edifício.

— O meu também. — Jude fala arqueando a sombrancelha. — Então foi você a vizinha que me acordou do meu sono da beleza com a enorme mudança? — Questiona irônico.

— Chegar com estilo, é chamar atenção. — Manda um beijo com as mãos. 

— O bom é que eu tenho alguém para fofocar. — A garota ri do comentário.

— Jude? Um adulto fazendo fofoca dos vizinhos? — Ela faz uma careta e foi avez de Jude rir. — Vamos? — Aponta para o portão.

Após entrarem no edifício e subirem no andar em que moravam com ajuda do elevador, ambos saíram sem dizer uma palavra, pois nenhum dos dois queriam se despedir e nem sabiam o que falar.

— Eu... — Jude e interrompido.

— Acho que deveríamos ir. — Amy ri nervosa, apontando para o seu apartamento. — Muito obrigada por me acompanhar, desculpa pelo transtorno. — Abaixa a cabeça.