Chegada Aguardada

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Daquele encontro em diante, Emma e Regina não se desgrudaram mais. Seus laços foram se estreitando e a frequência com que se viam foi aumentando. 

A obstetra passou a acompanhar a engenheira em todas as suas consultas de rotina, enquanto a loira se dedicava a viver todas as coisas clichês que os casais costumavam viver. Quase toda semana elas faziam algo novo juntas e sem precisarem ir muito longe, usavam suas salas e cozinhas para vivenciarem suas aventuras.

Quando Emma precisou ir assinar o divorcio, Regina a acompanhou, lhe dando o apoio necessário e impedindo que Peter sequer pensasse em se aproximar da engenheira. Não foi um momento fácil e tranquilo, mas a resolução foi simples. Peter ficaria com a casa onde moravam, que estava em seu nome, e Emma ficaria com um imóvel que tinham na praia. E, quando questionado sobre o bebê, Peter abriu mão da guarda compartilhada e, ali Emma teve certeza, nunca mais o veria novamente.   

Pouco depois, Emma encontrou seu apartamento e Regina fez questão de ajudá-la com a mudança, mesmo com a loira insistindo que havia contratado uma equipe para aquilo.

— Não importa quantas equipes você contratou, Emma, eu ainda vou ajudar a carregar a mudança da minha namorada. Pelo menos umas duas ou três caixas.

Foi isso o que a morena lhe disse antes de deixar um beijo casto em sua bochecha e sair, levando uma das caixas. Emma achou adorável. Simples, mas adorável. 

Três meses tinham se passado e a reta final da gravidez estava deixando a loira um pouco ansiosa. Ela mal podia esperar para ter aquele bebê em seu colo, ver o seu lindo rostinho e cuidar daquele ser que tanto amava. 

O nome do pequeno estava escolhido, mas apenas Regina sabia. Todas as roupinhas já estavam compradas, presentes de todos os tios e tias - contando as irmãs de Emma e as irmãs de Regina. O quarto, que tinha sido presente da obstetra, já estava montando e esperava apenas a chegada da criança que o encheria de vida e momentos felizes. 

— Eu ainda não consigo acreditar que você me convenceu a isso — a loira falou assim que adentrou o quarto. 

— Isso o que? 

— Esse quarto! Regina, isso deve ter sido muito caro.

Emma tinha amado a decoração do quarto e as cores escolhidas, como também tinha amado os móveis que a morena escolheu. Mas, ainda assim, ela achava que Regina não deveria ter feito isso. 

— Emma, esse foi o meu presente para ele e para você. Eu os amo e faria tudo de novo — sorriu enquanto fazia carinho na barriga da loira — Sem contar que eu sou a madrasta dele, eu posso dar esses presentes para o meu Melãozinho. 

— Você nunca vai parar de chamar ele por apelidos assim, né? 

— Não! Se você permitir, e quiser, ainda estarei na vida desse carinha por muitos anos e pretendo ser a melhor madrasta do mundo. 

— Mãe! 

— O que? Não entendi! — seu coração errou algumas batidas, mas ela preferiu não se antecipar e esperar a loira explicar exatamente o que quis dizer. 

— Você não é a madrasta dele, Regina. Você é a mãe dele! 

— Emma, você tem… — foi interrompida. 

— Claro que tenho, Regina! Sei que você entrou na nossa vida como nossa médica, mas você continuou nela porque quis. Você o ama tanto quanto eu. Você faz tudo por ele, mesmo com ele ainda dentro da minha barriga. 

— Obrigada, Emma! — a morena abraçou a engenheira como se sua vida dependesse daquilo.

— Eu quem agradeço por você ser tão presente em nossas vidas e tão maravilhosa. Tiramos a sorte grande! — compartilharam um beijo casto em meio a sorrisos — Converse com a Rebeca depois e veja como podemos prosseguir com a papelada. Quero isso documentado o quanto antes. 

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