Capítulo 49

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Safira Clark

Eu estava lá, olhando pelo vidro do carro, as pessoas entravam e saiam do cemitério, muitos choravam e as crianças pediam colo aos seus pais por sentirem medo das estátuas do cemitério.

— Venha meu amor, você precisa se despedir da sua mãe.

O Brandon tinha encontrado o endereço do cemitério que a minha mãe foi enterrada, eu não queria ir, eu estava com medo de sentir a presença dela, de sentir que ela não me perdoou por não ter me separado do Phillipe a tempo.

Eu preciso ir, antes que fique mais tarde, talvez eu não volte nunca mais para Los Angeles, eu preciso ir embora daqui, mas antes eu tenho que me despedir da minha mãe mais uma vez.

Eu saio do carro segurando um buquê de flores amarelas, as rosas eram as suas flores preferidas. Eu caminho até a lápide da minha mãe sem soltar a mão do Brandon.

Eu paro em frente a lápide dela e vejo a pequena foto que colocaram dela. Eu me ajoelho e começo a chorar enquanto coloco as flores no chão.

— Mãe, me perdoe, se eu soubesse, eu teria feito de tudo para estar aqui no dia do seu enterro. — Eu falo enquanto olho o seu nome.

— Merliah Clark, você foi forte mãe, você me ensinou tantas coisas e eu te agradeço imensamente por isso. — Eu seco minhas lágrimas e olho para as flores murchas que estavam ali a muito tempo.

— Eu queria ver o meu bebê crescer ao seu lado, eu queria que você cuidasse dele como cuidou de mim, mas eu sei, que onde eu estiver você vai estar comigo o tempo todo. — Eu aliso a minha barriga e o Brandon se ajoelha me abraçando.

— Nossa mãe, eu acho que eu encontrei o amor da minha vida, eu queria tanto te apresentar o Brandon, ele é forte e bonito, igual aqueles homens sarados dos filmes que nós duas assistia. — Ele ri e eu olho para a lápide.

— Se você estivesse aqui, eu até deixaria você se atirar nele. — Eu dou risada e o Brandon me olha.

— O que? Acha mesmo que a dona Merliah era santa? Ela não podia ver um homem bonito na rua que assobiava para eles. — O Brandon ri e eu coloco minha mão na grama do cemitério.

— Eu vou embora para a Itália mãe, talvez eu nunca mais vou voltar, eu só queria dizer, que você sempre foi e sempre será o grande amor da minha vida, você sempre estará em meu coração minha velha sem juízo. — Eu beijo uma rosa e coloco no chão.

O Brandon me ajuda a levantar e eu olho uma última vez para a lápide da minha mãe.

Nós vamos embora e no caminho eu só consigo lembrar das nossas conversas, das nossas brincadeiras e das nossas brigas. Como eu sinto falta dela meu Deus.

*****

Nós chegamos em casa e eu vejo todos os funcionários chorando.

— O que está acontecendo, por que estão chorando? — Eu pergunto preocupada.

— Vocês vão embora e nos deixar aqui, como vamos viver sem a alegria de vocês? — O Pierre diz chorando.

— Não chorem, vocês vão com a gente também, nós só vamos primeiro para ver se a casa está tudo em ordem e logo depois vocês estarão conosco de novo. — Eu falo segurando nas mãos do Pierre e ele me abraça.

— Para com isso Pierre, deixa de ser um velho chorão. — A Maggie diz nos fazendo rir.

— Bem, nós precisamos ir logo se não quiser chegar atrasados na Itália. — O Brandon diz me abraçando por trás.

Nos despedimos de todos, e fomos para o carro com a Estopa e o Odin. É lógico que eu não ia deixar meu amiguinhos aqui.

Ontem eu me despedi da Molly e da Spencer, logo elas vão para a Itália também, o Romeu está organizando tudo para os quatro irem morar em Bolzano com a gente.

Eu estou nervosa e ansiosa ao mesmo tempo, eu não faço ideia de como irei me apresentar como a dona da máfia Camorra.

Eu sou o CEO dela - Os Irmãos Frank 1Onde histórias criam vida. Descubra agora