O Meu Namorado Falso • Jikook

Capítulo 8: Dia 6.2

Pele. Jimin adorava a pele de Jungkook.

Estava pegajoso de suor, mas macio ao toque. Jimin queria sentir tudo isso, cada último fio de cabelo, cada última cicatriz, cada última mancha. Ele deixou suas unhas percorrerem a base do pescoço de Jungkook, puxando suavemente os fios de cabelos que cresciam ali.

Lábios. Jimin adorou os lábios de Jungkook.

Eles eram macios e molhados, forçando pressão e luxúria contra os lábios de Jimin. Jungkook deixou sua língua fazer cócegas no interior dos dentes de Jimin, ganhando pequenos gemidos. Cada som e gemido sincero resultavam em puxões impacientes de sua camisa e cabelo.

Calor. Jimin adorava o calor.

O beijo foi intenso, avançando em um ritmo acelerado que deixou os dois sem fôlego. Eles já estavam tão quentes, de tanto correr e perseguir sob as luzes de neon. Era como viver apenas de adrenalina, as emoções empurrando-os para se aproximarem, beijarem com mais força, respirarem mais rápido, sentirem-se mais profundos.

Jungkook. Jimin gostava de Jungkook.

Jimin não tinha certeza de como ele chegou a isso. Era difícil processar informações quando sua mão estava na camisa do outro e ainda mais difícil quando esse outro estava com a língua na sua boca.

Jimin estava apoiado contra uma superfície sólida, sua camisa preta mesclando-se com o grafite neon que decorava a parede. Os coletes com laser tag eram um incômodo, criando uma grande distância entre os dois, eles os haviam puxado há muito tempo, tudo para que seus corpos pudessem ficar mais próximos.

Jungkook enganchou os dedos indicadores no cinto de Jimin, apenas para puxar sua pélvis para mais perto. Ele deixou o polegar esfregar a pele acima das calças de Jimin, tudo o que fez foi que Jimin estremecesse. Tudo estava fazendo com que o estado mental de Jimin ficasse descontrolado, ficando em estado de choque, incapaz de fazer mais nada, reações e emoções ricochetearam nas paredes de seu crânio, as endorfinas apenas fizeram Jimin agarrar o tecido da camisa de Jungkook.

Jimin beijou Jungkook do jeito que sempre quis, deixando-se mover em um ritmo com o qual sempre sonhou. Ele poderia continuar, porque era uma farsa, um ardil, uma tática, um encobrimento, não era real para Jungkook (ou assim pensava Jimin), mas definitivamente era a realidade mais forte para Jimin.

Beijar Jungkook foi como um novo ângulo de vê-lo. Jimin tinha visto o verdadeiro Jeon Jungkook em seu estado mais vulnerável, emocionalmente comprometido, com dificuldades mentais. Ele tinha sido íntimo de Jungkook dessa forma, mas fisicamente? Jimin e Jungkook só tiveram intimidade física na noite sob as estrelas brilhantes, quando Jimin tocou a cicatriz de Jungkook.

E ele estava tocando de novo, mas desta vez com uma intenção diferente em mente. Ele pressionou as pontas da palma da mão contra a cicatriz, agarrando a pele de Jungkook com força. Isso fez Jungkook ofegar na boca de Jimin e se contorcer com a sensação.

Jungkook seria o seu fim.

Jimin não tinha certeza de como poderia impedir isso. As férias de Natal terminariam e isso terminaria, nunca mais seria uma possibilidade, nunca ocorreria, as oportunidades desapareceriam. Jimin precisava valorizar os momentos que teve antes que eles voltassem para sempre.

Então ele beijou com mais força, deixando um zumbido irradiar em sua garganta. Jimin deixou suas mãos deslizarem de baixo da camisa de Jungkook para se moverem mais em seu cabelo, puxando as mechas curtas e morenas, fazendo Jungkook ofegar.

Quando Jungkook choramingou seu nome, quase sem fôlego e com o peito arfando, Jimin não teve certeza se tinha ouvido direito. Só de pensar em Jungkook murmurando seu nome em uma situação como essa, seu coração explodiu.