In search of my Hope.

02 | Hope.

Seokjin tinha razão, o Minho era elétrico. Muito!

Ele falava muito, ria alto e escandaloso, mudava de assunto e sempre estava se movimentando de algum jeito. Não ficava quieto e a todo momento fazia inúmeras perguntas. Taehyung ficou quieto, apenas observando o menino falando como foi o seu dia na escola e como foi divertido passear com seu tio, Namu.

Jimin e Taehyung estava achando o pequeno adorável, Seokjin por outro lado pedia a Deus para ele ficar calado um pouco. Era tantas perguntas, que não sabia como respondê-las.

— Min, calma. – Seokjin pediu e o menino se calou, logo começando a fazer um ritual de respiração. Taehyung notou que ele tinha problemas respiratórios. — Esse aqui é o tio Tae, ele vai cuidar de você.

— Não quero um babá, eu já sou um homenzinho. – Retrucou.

— Lembra do que a gente conversou? Seu papai está cansando, ele precisa de ajuda. – Seokjin segurou nas duas mãos pequenas de Minho. — O titio e o dindo não pode olhar você, os empregados... eles também não. Por isso, o tio Tae vai ajudar seus papais.

— Porque os papais não podem ficar com o Min?

— Seus papais precisam trabalhar, e com o tio Tae aqui, eles vão se organizar e então vai passar mas tempo com você. – Seokjin abriu um sorriso bonito. — Você quer que seus pais fiquem mas com você?

— Sim. Então podemos brincar de esconde-esconde. Eu posso ensinar o papai Guinho a desenhar. Aaah, e o papai Hobi, ele gosta de dançar comigo. Então eu...

— Min, se acalma. Respira com o dindo. – Seokjin começou a regular sua respiração e o menino fez o mesmo, logo se acalmando. — Isso, devagarinho. Bom menino!!

— Você vai cuidar de mim? – Minho praticamente se jogou nas pernas de Taehyung, o assustando. — Eu sou Minho, pode me chamar de Min ou Minnie. Como meu papai Guinho chama.

— Sou Taehyung, vou cuidar de você. – Taehyung fez um carinho nos cabelos do menino. — Podemos brincar de esconde-esconde, pintar e dançar muito. O que me diz?

— Você parece legal. Teteco, tio Teteco. How, tão maneiro. Dindo, vou chamar ele de Teteco, não, Tete. Isso, Tete...

— Ei, tudo bem. Você pode me chamar do que você quiser. – Taehyung interrompeu quando notou o cansaço do pequeno aparecendo.

— Tae, o Bo já está em casa. Vamos? – Jimin o chamou.

— Claro, vamos. – Taehyung se levantou. — Amanhã eu vou busca-lo na escola. Eu só preciso do endereço.

— O Gi vai entrar em contato com você e passar todas as informações. – Seokjin os acompanhou até a porta. — Taehyung, obrigado!

— Vou mantê-lo bem. Eu prometo. – Taehyung sorriu e saiu junto de Jimin, que segurava sua mão com força.

Taehyung achou Minho adorável. Ele tinha uma personalidade totalmente diferente de algumas crianças que ele já conheceu. Ele realmente era agitado, mas estava animado. Assim ele não ficaria muito tempo parado e sendo obrigado a lembrar de uma passado que não saia de sua mente. Quando dormia, flash voltavam em seus sonhos, quando ficava muito tempo quieto, novamente era bombardeado por lembranças. A agitação de Minho ia ser bom.

Chegou em casa já se passava das 17hrs, o que o fez pensar que ficou muito tempo naquela casa. Minho era bom em fazer as pessoas perderem a hora, com toda sua alegria contagiante.

Era como um raio de sol que iluminava toda a escuridão.

Sorriu bobo ao imaginar como queria que seu filho fosse tão alegre quanto Minho. Que eles fossem bons amigos.

Entrou em casa e viu Bogum sentando no sofá enquanto assistia alguma partida de futebol. Chamou sua atenção e teve o sorriso mas bonito estampado no rosto daquele que amava. Logo estava nos braços de seu marido, ouvindo sua respiração calma e sentindo seu cheirinho doce.

— Onde vocês estavam? – Bogum se dirigiu a seu irmão.

— Tae foi conhecer o menino do qual vai cuidar. – Deu de ombros.

— Não desistiu disso? – Perguntou incomodado com a situação. — Você não precisa fazer isso, está grávido.

— Gravidez não é doença. Eu consigo andar sozinho, comer sozinho e ainda por cima, me cuidar sozinho. – Taehyung saiu de seus braços e olhou sério para seu marido. Já estava cansando daquele assunto. — Eu começo amanhã, fico até as 19hrs.

— O que? Até as 19hrs? – Bogum perguntou alterado. — Muito tarde para você voltar. Procure outra coisa.

— Meus patrões estão dispostos a vim me deixar. Não se preocupe, eu ficarei bem.

— Taehyung...

— Bo, o deixe. – Jimin falou impaciente com seu irmão. — Eu vou busca-lo todas as noites se isso for o problema. Não seja chato, o deixe viver.

— Vou tomar um banho e descansar. – Taehyung falou e se apressou em ficar longe de seu marido. — Ji, vem comigo.

— Você precisa de uma massagem, vou ser responsável por isso. – Taehyung sorriu largo ao ouvir a proposta de seu cunhando.

As vezes Taehyung pensava que tinha errado de irmão. Jimin era fofo, carinhoso e muito cuidadoso. Não que Bogum não fosse assim consigo, ele só odiava quando seu marido tentava o controlar. Bogum tinha esse defeito horrível; ter tudo sobre controle.

Mas Taehyung não era seu funcionário, não trabalhava para si para obedecer suas regras. Ele era seu marido e devia apoiar suas decisões, ainda mas quando era para seu próprio bem.

Tomou um banho e se olhou no espelho, sua barriga era pequena, mas já dava pra ver que tinha um certo volume. Seu filho crescia cada vez mas forte, saudável. Sorria só de imaginar como ele deveria ser, ia ser a sua cara, ou a cara de Bogum? Ia ser quieto, ou agitado como Minho?

Minho, Taehyung gostaria que ele fosse como Minho. Deus, queria tanto que seu filho não carregasse suas dores, queria vê-lo sempre sorrindo. Ia mover o mundo para que ele não conhecesse a maldade humana como um dia ele conheceu.

✨🌙✨

Posso continuar?