24| Sina Deinert

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17 👩‍❤️‍👨   ༄  𝑆𝑖𝑛𝑎 𝐷𝑒𝑖𝑛𝑒𝑟𝑡   !

A SEMANA VOOU. DE REPENTE MINHA falsa relação com Noah estava começando a parecer mais como dois detetives amadores resolvendo um mistério para o qual nenhum dos dois estava qualificado.

Se eu soubesse que isso iria acontecer, teria jogado alguns livros de mistério em meu mix semanal. Talvez então tivéssemos mais para prosseguir do que uma detecção duvidosa de um estacionamento e um pressentimento.

Era segunda-feira à tarde e estávamos andando pela cidade. Eu tinha uma pilha de folhetos de Deinert's Cupcakes entre meus braços. Noah estava segurando a fita e o grampeador. Mamãe ficou tão orgulhosa ao descobrir que os anúncios extras haviam funcionado (obrigada, Mel) que nos fez colocá-los em qualquer lugar que pudéssemos. Metade dos postes de luz em Crestmont agora tinha uma folha de papel rosa colada a eles.

Como não tínhamos mais nada, sugeri que nos recompensássemos por todo esse trabalho intensivo. Naturalmente, acabamos voltando para o fliperama. Noah estava jogando Whac-
A- Mole. Ele estava batendo neles com muita força, como se tivesse uma vingança pessoal contra toupeiras falsas. De jeito nenhum ele queria outra baleia de pelúcia tanto assim.

Ele também estava reclamando sobre a grande inauguração do hotel neste fim de semana e um cara chamado Carlos que o estava cutucando com alfinetes. Eu precisava de mais contexto sobre isso.

— Ela estava completamente sem noção. - ele estava dizendo. Whack. — Eu dei tantas dicas, Sins, e minha mãe apenas ficou sentada lá como se ela não tivesse ideia do que eu estava falando.

Outro golpe.

— Mas ela sabe de algo. Eu sei que ela sabe. Só não sei o que e porque ela não quer me dizer que sabe. Então, como vou dizer a ela que sei o que ela sabe?

Eu pisquei.

— O que?

Outro golpe. O jogo terminou e Noah arrancou os ingressos, colocando-os no bolso. Alguns caíram no chão e eu os peguei rapidamente. Ele pode não querer outra baleia de pelúcia, mas eu definitivamente queria outro saco daqueles vermes de goma azeda. Ou outro anel.

- Minha mãe sabe de alguma coisa. - disse ele novamente, caminhando até a mesa de air hockey. - Só não sei o que é.

Ele colocou um token e largou o disco. Peguei o atacante vermelho e o deslizei.

— Por que a escola não pode nos ensinar sobre isso? Por exemplo, como descobrir segredos de pais que pensam que você é muito jovem para saber a verdade?

— Você está pensando em uma escola de espionagem. - eu disse com total certeza.

Noah bateu com o disco. Foi direto para o meu objetivo. Droga.

— Como saber sobre átomos e moléculas vai me ajudar a impedir que minha família se desintegre?

— Bem, tecnicamente esse é o ponto dos átomos. Eles constroem coisas, mantêm tudo junto. - Eu olhei para cima. Ele estava olhando. Usei a oportunidade para acertar o gol dele com o disco.

— O que? Estou na AP Bio.

Noah bufou. Então ele começou a rir. Então ele estava dobrado, completamente fora de controle. Ele caiu no chão com as costas contra a mesa e continuou rindo.

Achei que ele tinha oficialmente perdido.

Eu sentei ao lado dele. Nossas pernas bateram uma na outra. Lembrei-me de como foi quando ele disse que tinha uma queda por mim, a maneira como seus lábios se separaram quando nos beijamos no Lago dos Amantes. E eu realmente queria ser uma detetive porque talvez pudesse descobrir o mistério que era meu coração e o que quer que esses sentimentos florescessem dentro de mim.

— Você conhece o termo 'clímax'? - Eu perguntei.

— Sim. Mas acho que é um 'clímax' diferente do que você está se referindo. - Eu me preparei para isso.

Ignorando-o, eu disse:

— A Srta. Copper estava falando sobre isso durante a aula ontem. Basicamente, em cada livro, há uma sequência de eventos que se transformam em um momento monumental.
Isso é chamado de 'ação crescente'. Isso leva ao
clímax da história, que é, tipo, o momento mais intenso, quando acontece uma loucura e o leitor fica em estado de choque. Como os personagens se separam, um segredo é revelado, esse tipo de coisa.

— Oh, Sina. Eu adoro quando você fica toda geek. — Eu golpeei seu braço.

— A questão é que depois do clímax, a etapa final de um livro é a resolução. É onde todos os problemas são resolvidos, os personagens estão felizes novamente e há essa sensação de alívio, Noah. O que está acontecendo agora com sua família? Pense nisso como o clímax, quando tudo enlouquecer. O que estou tentando dizer é que você precisa esperar um pouco mais, aguarde a resolução. Porque então, tudo ficará bem. Você ficará bem.

Noah colocou o braço em volta do meu ombro.

— Você é incrível, Sina Deinert. - disse ele.

Comecei a rir antes de ver o olhar sério em seu rosto. Sem provocações desta vez, sem zombarias. Ele realmente quis dizer isso.
As borboletas estavam de volta.

Eu dei de ombros, mexendo na bainha da minha camisa.

— Eu disse para você prestar atenção em inglês.

— Por que prestar atenção quando estou namorando a garota mais inteligente da classe? Você é como meu livro pessoal.

— Uau, estou tão lisonjeada. É só para isso que você gosta de mim?

— Não. - disse ele. - De jeito nenhum.

Então ele rapidamente saltou e me puxou para ficar de pé com ele. Todos os ingressos caíram de seu bolso, mas ele não se importou. Ele segurou minhas mãos, me forçando a encará-1o. Ele tinha aquele olhar louco de novo. Desta vez ele estava sorrindo. Cem watts e tudo.

— Venha para a inauguração do hotel comigo neste fim de semana. - Ele disse tudo de uma vez.
Quer dizer, eu meio que pensei que já deveria ir, sendo sua namorada falsa e tudo.

— Claro... - eu disse de qualquer maneira.

— Não, Sina. Não como um encontro falso em que passamos a noite fingindo e demos as mãos porque as pessoas esperam que o façamos. Um encontro real desta vez. Eu e você... Você gostaria disso? Você quer vir comigo?

Meu coração cresceu asas e disparou para fora do meu peito.

— Eu...

— Eu quero você lá. Acho que preciso de você lá.
E por uma noite, vamos parar de fazer as coisas porque temos que fazer, ok? Podemos fazer isso e ver o que acontece?

Eu podia sentir as correntes em volta do meu coração se afrouxando. Estava se mexendo livremente, centímetro a centímetro. Tentei trancá-lo de volta, mas não era mais tão fácil de conter.

Ah tanto faz. Eu tirei as correntes.

— Sim. — eu disse a Noah. - Sim, nós podemos.

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KKKKKK voltei de novo. Juro q dessa vez eu finalizo a história!

The Upside Of Falling.  NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora