A luz estava fraca, fria. Amara gostava assim.
A colcha macia se enrolava como um novelo de lã emaranhado em seus calcanhares, quente e confortável, e algumas gotas peroladas do Rio Lete escorriam da grande Papoula que ganhara de seu pai - ecoando leves como notas de uma canção de ninar pelas paredes do chalé de Hermes.
Amara Aislin certamente estaria envolta por sonhos há muitos minutos se, veloz como um raio de Zeus, um calafrio ruidoso acariciara seus ossos como se feito com as adagas mais afiadas existentes. Ela sabia - sentia - que algo estava errado.
A filha de Hipnos, entretanto, temia o motivo de tal sensação - qual afugentou-se no fundo de seu peito tão rápida quanto apareceu, deixando apenas uma trilha aguda de receio para trás.
Fazia seis dias aquele gélido temor fazia cócegas desastrosas dentro da quietude que a Aislin se abrigava - e a jovem sabia que, para semideuses, nada era apenas um 'desconforto'. Ela tinha consciência disso - talvez um pouco - mas certa parte de negação imbecil ressoava que era melhor deixar para lá.
Ignorar algum sinal pode ser a ruína dos descendente dos deuses, mas, naquele momento onde os olhos da semideusa pesavam, lentos, e o colchão sob si parecia tão mais macio que o normal, a tarefa de ignorá-lo pareceu fácil demais.
Amara gostaria de ter mudado isso.
A jovem, entretanto, soube que fora estupidez no exato momento que adentrou seu domínio nebuloso e sentiu que as sombras lhe arrepiaram - e filhos do Sono não se afligiam com a escuridão da qual nasceram.
Um arrepio se estendeu por seu corpo quando sua visão começou a mudar. Com a ponta dos dedos formigando, Amara soube que estava sem controle - seus poderes estavam desorientados e nada ela conseguiria fazer.
Soltando um suspiro pesado, buscando ignorar o alerta que ressoava atrás de suas pálpebras, a jovem sussurrou um juramento à si mesma de que não contaria sobre o que viria - como fazia todas as vezes quais invadiu sonhos acidentalmente (afinal, ninguém gostava de ter seus segredos partilhados).
Amara Papoula Aislin, porém, não imaginava que, daquela vez, desejaria nunca ter murmurado tais palavras - muito menos se ver sem controle de seus próprios poderes.
Na escuridão daquela madrugada, ao invadir o sonho de alguém que fazia de tudo para escondê-los - e por um terrível motivo - a vida da reclusa filha de Hipnos mudara completamente.
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ok, não tenho autocontrole e não consegui manter essa querida na gaveta (JURO QUE NÃO ABANDONEI A HADRIA E A CALLIE *choro chute e gritaria*
enfim, a amara implorou pra ver a luz do dia e como uma boa mãe não pude negar
só preciso deixar bem certo aqui que eu só tenho tempo de escrever nos fins de semana (e olha lá) então rápidas as atualizações não serão! (muito triste essa vida de escritora universitária que trabalha o dia inteiro :((((( odiei a vida adulta, não recomendo
espero muito que vocês gostem dessa pequena querida amarga aqui ;)
até logo (se tudo der certo) <333
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WHEN DREAMS DROWN | percy jackson.
Fanfic. ⚔️🕯️🌀 'OS SONHOS E O MAR TEM ALGO EM COMUM: AMBOS SÃO INDOMÁVEIS.' No momento em que o sol desvanecia e o sono rompia mentes exaustas, Amara Papoula Aislin sentia...