Fome e Filme

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Notas: Postando um dia depois do usual porque ontem passamos o dia fora ~


୧⁠(⁠ ⁠˵⁠ ⁠°⁠ ⁠~⁠ ⁠°⁠ ⁠˵⁠ ⁠)⁠୨


Sanji estava tão preguiçoso naquela noite. Não quis nem cozinhar para Zoro depois da escola quando chegou na casa dele, apenas compraram algo pelo aplicativo e haviam jantado mais cedo. Ele demorou muito debaixo do chuveiro, a água tão quentinha e gostosa que deixava parecendo que nem estava tão frio lá fora, o que era uma mentira, estava nevando.

Era normal tomar banho ali, já que ultimamente cada vez mais passava tempo na casa de Zoro, era quase como se morasse ali já, com a exceção de que todas suas coisas estavam em casa. Incluindo suas toalhas de banho. Ele gelou ao desligar o chuveiro e ver que não tinha nenhuma toalha pendurada que pudesse usar, o corpo já se arrepiando pelo frio, que mesmo com o vapor da água fervendo que estava usando não conseguia bloquear a temperatura pouco abaixo de zero. Sem escolhas, só restava ele sair e ir atrás de uma toalha, mas estava muito frio, o que o fez desistir depois de um passo.

— Marimo, não tem nenhuma toalha no banheiro. — Sanji chamou a atenção do mais velho que estava distraído no sofá tomando café quente. O corpo magro e pálido pingando gotas d'água no piso gelado, sem nenhum pudor ou vergonha pela exibição.

Era de propósito. Só podia ser. Zoro observou o moleque que estava impaciente e com muito frio e seu cérebro não sabia nem o que era uma toalha naquele momento, muito menos onde havia uma.

Zoro só tinha visto o corpo de Sanji numa situação em que jamais iria pensar em nada daquele tipo, mas agora, mesmo que o garoto estivesse todo arrepiado e tremendo de frio, não conseguia deixar de olhar. O torso pouco definido, os mamilos pequeninos, o V tão bonito e suave que descia e não parava, já que Sanji não estava vestindo nada. Zoro tentou não pensar muito naquilo, mas a imagem ficou gravada em seu cérebro como brasa.

— Tô com frio, anda logo.

— Calma, calma, não sou sua empregada. — Zoro quase revirou os olhos, mas se o fizesse perderia a oportunidade de olhar apenas mais uma vezinha, e a parte estúpida e primitiva do seu cérebro não poderia deixar aquilo acontecer. Era o máximo que teria, afinal, o máximo que poderia fazer com Sanji era olhar.

Andou em direção ao quarto tentando lembrar quantas toalhas realmente havia em sua casa e quantas delas eram minimamente usáveis. Sanji não reclamou mais, apenas esperou pacientemente dentro do banheiro mais quentinho, mesmo que molhado e com frio, e Zoro refletiu o quanto sua provocação era verdade, se na mansão em que morava havia alguém que traria qualquer adereço que o loiro pedisse a qualquer hora.

Às vezes Zoro sequer entendia. O que Sanji tanto gostava no apartamento dele. Naquela situação toda. Claro, havia a família de merda dele. Mas Sanji não precisaria estar ali para não estar em casa, antigamente fazia isso muito bem indo para a casa dos amigos igualmente ricos, onde com certeza estaria muito mais confortável que ali, tomando uma ducha simples, comendo coisas pouco sofisticadas com ingredientes baratos, usando uma toalha já meio dura de ter sido deixada secar no sol por muito tempo.

— Aqui. — Zoro ofereceu, vendo Sanji aceitar e se enrolar com ela como uma criança que sai da piscina depois de ter ficado tempo o suficiente para ter lábios arroxeados e os dedos enrugados. — Eu posso ir fazendo a pipoca se você quiser.

— Não acho uma boa ideia incendiar a casa agora, marimo. — Sanji disse com um sorriso provocante nos lábios, parecendo uma raposinha traiçoeira. — E também, primeiro eu quero ficar bem quentinho, então pode ir esquentando esse seu corpo que você vai ser meu aquecedor.

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