Sal e Capacete

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Notas: Amanhã volto a trabalhar então as atualizações vão se manter sempre no final de semana, com possíveis exceções pra uma fic nova que começaremos no final do mês ~


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Trabalhar escondido enquanto estudava estava dando mais certo do que Sanji imaginava. Por mais perigo que estivesse correndo, ao ver o salário sendo entregue em mãos era muito satisfatório, especialmente depois do pequeno aumento que havia recebido. Ele não era obcecado com dinheiro ou coisa parecida, apenas precisava de uma grande quantia para se livrar das algemas em seus pulsos.

Sua família naquela noite havia ido em uma festa de gala na mansão de um diplomata e, claro, Sanji não fora convidado por seu pai para se juntar a eles. Não que ele quisesse, preferia quando eles ignoravam sua existência do que quando era obrigado a fazer coisas que não desejava. Aproveitando que estava sozinho, Sanji resolveu pegar suas economias para ver quanto mais precisava se esforçar para enfim realizar seus sonhos.

O fundo falso na gaveta mais escondida do seu armário foi retirado e dentro havia um pequeno baú com um cadeado com senha e também chave. Abrindo estava todo o dinheiro que o loiro havia poupado durante todos os anos desde o falecimento de sua mãe. Todo dinheiro que economizava do lanche da escola ao fazer suas próprias refeições. De todo seu trabalho. Do transporte. De qualquer coisa. De cada pequena quantia que Judge dava para sua sobrevivência, uma grande parte era guardada ali. Notas de diversos valores e em grandes quantidades, que ficava até difícil para contar. Sanji sabia o quanto precisava para se livrar de seus pesadelos, mas ainda não era o suficiente.

A herança que sua mãe havia deixado ainda estava presa e continuaria por mais algum tempo, era um dinheiro garantido, que ninguém poderia tirar dele, então Sanji acabava contando com isso. Quando se formasse e tivesse idade o suficiente, todo aquele dinheiro seria dele. Porém, mesmo com toda a herança, ainda faltaria uma boa quantidade. Tudo que lhe restava era trabalhar o mais pesado que pudesse. Não estava sendo ganancioso, apenas o suficiente para se mudar e poder se sustentar durante algum tempo até se estabilizar, conseguir um emprego e seguir sua vida sem nunca mais ouvir o nome Vinsmoke.

— Só mais um pouco... — Sanji disse para si mesmo enquanto guardava todo o dinheiro de volta no baú, trancava com a senha e chave. Retornava ao fundo falso e também trancava a gaveta. Sabia que seus irmãos sentiam nojo de entrar em seu quarto, então estava mais que seguro.

O celular de Sanji vibrou algumas vezes em seu bolso e ele tomou um susto, o coração batendo acelerado com medo de que tivesse sido um barulho na casa e seus parentes já estivessem de volta.

— Cê tá onde? Me passa o endereço que vou até aí. — Atendeu a ligação e Zoro já foi perguntando.

Não!

— ...

— Quer dizer, melhor eu ir aí. Vai demorar muito, você se perde o tempo todo.

— Não me perco nada. — Zoro desconversou. — Pega um ônibus até o cais então, aquele que tem o mercado de peixe que você gosta.

Zoro pegou a moto e seguiu até o local combinado. Era raro que ele contactasse Sanji primeiro, geralmente era o contrário, ou apenas se encontravam organicamente após a aula de Sanji em outros tempos.

Não era mais assim desde que a obra havia terminado no colégio, entretanto. Não era mais o acaso, e sim decisões sólidas que os fariam se encontrar, já que Zoro jamais estaria naquele bairro de novo e Sanji também não costumava frequentar o dele à toa. Mesmo assim, continuavam se vendo, uma força magnética os impedindo de parar, volta e meia Zoro se dando conta de que estava muito tarde e Sanji dormiria em sua casa novamente. Na sala, no futon que tinha sobrando, em sua cama. Sanji se enfiava em todos os lugares em que conseguia se encaixar na sua vida.

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