62. Em Nome De Todos

754 136 67
                                    

Lee Minho





Mamãe foi incrível ao mentir para a sede da máfia Lee, dizendo que Desmond havia deixado ordens para que todos fossem treinar na parte da manhã.



Às sete não havia mais ninguém no colégio além de nós. Mamãe pediu para que o inspetor fizesse uma ronda pelo colégio para que pudéssemos sair sem sermos vistos, então conseguimos chegar até a mansão Lee sem problemas.



Jisung ficou encantado e intimidado com o tamanho da mansão e se colocou atrás do meu corpo, tentando esconder suas reações exageradas.



— Eu o trouxe. — Foi a primeira coisa que eu disse ao chegar em frente a porta.



— Com quem você está falando? — Jisung apoiou as mãos em meus ombros, ainda atrás do meu corpo, e sussurrou perto do meu ouvido.



— Comigo. — Mamãe respondeu pelo comunicador na porta e Jisung deu um pulo para trás, quase caindo da escada.



— Hannie! — O segurei pela cintura e o puxei em direção ao meu corpo. 



— Me assustei! — Formou um bico com os lábios.



— Me desculpe, não foi minha intenção. — Mamãe abriu a porta, com sua postura elegante e sua expressão neutra, a que usava para mascarar suas emoções. — Olá, Han Jisung!



— Olá, mãe do Min! — Jisung murmurou, parecendo intimidado, e em seguida, arregalou os olhos. — Senhora Lee. — Se corrigiu rapidamente. — Ah, não! — Jisung choramingou e tentou descer as escadas, mas eu o segurei pelo pulso, o impedindo de descer. — Me desculpe!



Mamãe o analisou de cima a baixo de maneira indiscreta e demorou o olhar em seu rosto, parecendo medi-lo antes de abrir um sorriso gentil. — Você é adorável. — Juntou as mãos a frente do corpo e eu sorri satisfeito, sabendo que Jisung já havia a conquistado.



Entramos na mansão e mamãe não parou de analisá-lo, o fazendo se esconder sutilmente atrás do meu corpo, parecendo um esquilo assustado e desconfiado.



O semblante de mamãe poderia parecer neutro para Jisung mas, para mim, transparecia uma diversão que a tempos não vislumbrava. Mamãe parecia ansiosa para chegar onde queria chegar.



Anne que liderou a conversa com Jisung, e eu me mantive quieto o tempo todo, apenas assistindo a interação que de estranha passou para calorosa quando ela deixou que Jisung falasse um pouco sobre a família.



Jisung pulou a mãe e foi direto pra seus avós e seu pai, falando com tanto carinho e devoção que mamãe apenas abandonou a postura elegante, ficando confortável. Exatamente como ficava quando estava com os filhos.



Jisung nos surpreendeu ao tirar uma foto de seus avós do bolso da calça. Mamãe faltou derreter durante sua explicação.



O ômega contou, com as bochechas rosadas, que pensou em como seria incrível que ela conhecesse eles também, que por isso decidiu levar.



Jisung entreteve minha mãe com as histórias de seus avós e sobre a visão deles do imprint, que era muito parecida com a visão que minha família por parte de mãe tinha.



Em poucas horas, Jisung estava confortável e tagarela, contando sobre os problemas que tinha com a mãe e os absurdos que seu padrasto dizia, fazendo mamãe ficar indignada com eles.



Mamãe o ofereceu um bolo, que ela mesma havia preparado, e Jisung o comeu de bom grado, elogiando a cada poucos segundos e fazendo mamãe rir com a forma adorável que suas bochechas ficavam.



A conversa se desenrolou sem minha ajuda, com direito a risadas e toques, depois que Jisung fez questão de sentar ao lado dela, elogiando suas roupas e seu bom gosto.



Jisung a fez quase ficar sem ar, de tanto rir, quando contou sobre tudo que pensou ao entrar na mansão e ver tantas coisas tecnológicas e luxuosas. Mamãe, pela primeira vez, concordou ser exagerada e bem espalhafatosa, me fazendo quase cuspir a segunda caneca de café.



Em determinado momento, me deitei no sofá de frente para os que eles estavam sentados, e decidi jogar no celular, enquanto escutava eles combinarem sobre os encontros que eles poderiam ter. Sem mim.



"Lee Minho deveria te levar para fazer compras."

"Lee Minho deveria comprar um novo para você." 

"Lee Minho deveria dar um jeito na dispensa, então." 

"Lee Minho deveria te deixar escolher algo."

"Lee Minho deveria..."



— Lee Minho deveria levar Jisung de volta para  o colégio. — Me levantei do sofá e me espreguicei. — Temos que liberar os três antes que eles se revoltem.



— Ah... — Jisung e mamãe choramingaram em uníssono e eu sorri carinhoso para os dois. 



— Dê meu número particular para ele, filhote, caso ele precise de alguma coisa. — Mamãe sorriu na direção de Jisung, que retribuiu facilmente antes de surpreendê-la com um abraço. 



— Muito obrigado por me receber e me aceitar, dona Anne. Poucas pessoas se interessaram por mim de verdade. Me sinto confortável com alguns membros da família Lee. — Sorriu em minha direção e eu senti como se pudesse chorar ao ver os olhos de mamãe lacrimejarem.



— Eu sinto muito por não ser todos. — Mamãe murmurou. — Não desiste do meu filhote, ele é muito bom e jamais faria qualquer coisa para te machucar. Eu fiz tudo que pude para criá-lo bem. É um ótimo alpha, muito honrado e respeitador. Perdoe nossa família. Peço em nome de todos.



...

Heey,

Olha só quem voltou com mais um capítulo mesmo com o total de UM comentário no último? :( eu mesma.

Me dediquei a ficar minha folga toda escrevendo até o final da fic e consegui finalizar. Estou postando nas duas versões no mesmo dia, mas como a Hyunlix tem mais interação e eu fico esperando aqui também para postar nas duas... Postarei lá primeiro.

+20 comentários e eu volto

I Didn't Choose | Minsung | A.B.O ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora