MinHo OnQuem diria, Lee Minho fazendo trilha em pleno sábado...
-Mosquito miserável! – Resmungo ao coçar meu braço pela centésima vez
-Não coça, vai fazer machucado, hyung! – Jeongin, que caminhava ao meu lado pouco atrás de Seung e Han, separa minha mão do meu braço e logo em seguida retira um frasco de sua mini bolsa
-O que é isso?
-A cura pro câncer...é repelente, besta quadrada!
-Besta quadrada?! – Respondo indignado e só então o mais novo percebe do que tinha me chamado e passa a correr tentando fugir do meu punho muito bem armado
Não passava de uma brincadeira, mas era incrível ver as pessoas desesperadas comigo e por isso eu continuava ameaçando
Passamos correndo pela dupla a frente do grupo ouvindo um “cuidado” deles, não muito depois Jeongin para subitamente, o que não deu tempo dos meus reflexos impedirem o meu corpo de colidir com sua costa, resultando na minha queda de bunda no chão, teria gritado com ele se não tivesse percebido o porquê de sua parada
-Acho que chegamos...
-É, chegaram e estragam minha surpresa! – Pude ouvir a voz emburrada de Jisung um pouco atrás, assim como as exclamações dos restantes
Era um campo com vista para o lago, digno daquelas capas de caderno de 30 matérias
-Minho! – Jisung para ao meu lado me ajudando a levantar – Você...gostou?
-Se eu gostei? Ta zoando! Isso aqui é incrível! – Me sentia tão animado que nem percebi quando o abracei
Não percebi como meu corpo podia sentir o dele
Não percebi quando meu coração começou a bater tão acelerado e só de sentir os braços de Jisung rodearem minha cintura quase que o deixo escapar pela boca
Era a primeira vez que nos tocávamos assim
Um grito estridente, provavelmente de Jeongin, me fez despertar e me afastar do cupido
- Alguém precisa colocar uma focinheira nesse menino! – Digo me sentindo constrangido, evitando olhar para Han e fingindo preocupação com Seungmin arrastando Jeong na grama
-Eles estão se divertindo...
-Er...desculpa por-
-Eu gostei! – Ele fala mais alto atraindo meu olhar – Digo...te abraçar não foi desconfortável para mim, foi para você?
-Meninos!! – Felix vem em nossa direção saltitando – Não seria legal fazer uma fogueira aqui enquanto assistimos ao pôr do sol?
-Por que vocês continuam estragando minhas surpresas?! – Jisung diz indignado – Aish! Eu vu buscar uns gravetos! – E assim ele sai com os braços cruzados e um bico enorme nos lábios
-Fofo!
-Ya...o que temos aqui?! – A voz sugestiva de Felix ao lado chama minha atenção – De nada!
-Pelo o que?
-Ah o climão entre vocês? Felix veio ao seu resgate!
-O que é, Felix? Não está dando conta dos seus dois machos e ainda quer ficar cuidando da minha vida?
-Não adianta ser ignorante, hyung, eu não te conheci ontem!
-Você não negou que tem dois machos.
Me sento sobre o gramado e passo a esvaziar as bolsas que eu e Jisung trouxemos com comidas e algumas lanternas
-Hyung...- Felix senta ao meu lado – Como você conheceu o Jisung?....de qualquer forma, ele faz muito bem a você...sabe, depois que a tia morreu você se fechou muito e eu temia não ser capaz de te ajudar, mas ele, o Jisung, ele..
-Felix.
-Você gosta dele, hyung?
....
Longe da animação contagiante dos meninos, Jisung andava pela estrada de barro em busca de gravetos. Distraído, com um sorriso tão genuíno e inocente nos lábios, o cupido se preparava para voltar ao grupo e montar a fogueira
Tão inerte àquela experiência de se sentir pertencente a algum lugar, Peter já havia esquecido completamente o seu “proposito” entre os humanos, mas seu irmão estava ali, infelizmente, pronto para o lembrar de onde ele veio
-Ei, irmãozinho. – Escorado em uma arvore, Harry chama por Peter, que estava passos à frente dele
-Harry?! – Assustado, Peter olha para trás encontrando seu irmão que, diferente do usual, não estava reluzente, tinha a áurea pesada refletindo seus sentimentos de pesar e seu cabelo não estava mais longo
-Se divertindo? – Ele se aproxima do irmão confuso com sua aparição tão repentina
-Por onde você esteve? O que você fez com seu cabelo?
-Não, irmão, a pergunta certa é: Por onde você esteve. O que você pensa que está fazendo.
-...
-Lee Minho! – Antes que Harry pudesse se mover, Jisung solta os gravetos e se colocou a sua frente sabendo o que seu irmão pretendia fazer
-Deixa ele em paz!
-Não tente usar seus truques e se enfiar na minha cabeça, Peter. O que? Acha que es mais forte que eu? – Peter vacila o olhar e recua um pouco, se sentindo pequeno perto do irmão mais velho e experiente
-Não estou tentando brigar com você, seu lunático abusadinho! – o caçula cruza os braços e vira as costas para o irmão – Eu só estou tentando entender...
-Cupidos não usam flechas e não tem asas, nós não juntamos pessoas com magia, nós vemos o que machuca e tentamos consertar – Harry suspira cansado - Em que momento, nessa sua cabeça oca, tu achaste que seria ótimo jogar todos os humanos para cima de Minho e esperar que funcionasse?
.....
Depois de sua estranha conversa com Harry, Peter retorna ao campo logo sendo recebido aos pulos pelos meninos, que retiraram os gravetos de suas mãos e trataram de os amontoar para mais tarde acender a fogueira, tudo isso não fora nem percebido pelo cupido pois estava inerte demais em seus pensamentos
-Como que aquele gigante desgraçado some depois de me dizer aquilo? – Ele resmunga baixinho, olhou para Minho ao longe, que também o olhava sentado ao lado de Felix “O que eu faço com você” pensou
-Hannie, vem! – O loirinho com sardinhas o chama animado, uma vez que os restantes já estavam montando a fogueira e ele permanecia em pé, distante do grupo
-A grama não pinica então dá para sentar numa boa – Chan fala quando Jisung se aproxima e senta ao seu lado – Jisung, qual o plano?
-Eu planejei assistir ao pôr do sol enquanto comíamos.
-Que bom que eu trouxe meu violão! – Ele retira o instrumento da capa e o cupido o olha admirado – Sabe tocar?
-Eu não, mas o Minho sabe!
Minho, que os via do outro lado da roda, sentiu um incomodo crescer em seu peito e uma vontade enorme de se juntar ao cupido, foi o que fez
-Da licença aí, antiguidade. – Chan, sorrindo ladino, cede o espaço e o violão ao amigo e vai se sentar no seu lugar, entre Seungmin e Felix, este que logo chama sua atenção para evitar uma briga com Seung
-Oi. – Jisung diz baixinho olhando para Minho, que acabara de sentar ao seu lado e mais próximo de quando Chan estava ali
-Pronto para comer marshmallow derretido? – Ele pergunta no mesmo tom, o vendo segurar um pacote grande com o doce
-Foi para isso que você me pediu que trouxesse essas esponjas brancas fofinhas? – O cupido pergunta inocente, provocando um sorriso terno no amigo – Seu sorriso é tão...bonito...
Um pouco distante do grupo entretido com uma bela visão do pôr do sol, vendo seu irmão tão perto de Minho, conversando no mundinho deles, com sorrisos que expressavam sentimentos além do entendimento de ambos, Harry sentiu que precisava sim os proteger e não permitiria que Jisung sofresse em terra, como sofria em casa.
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Cupid Is So Dumb
Fanfiction#1 - minsung (10/04/24) Peter, um pequeno cupido, filho mais novo de Eros, o deus do amor O caçulinha, mesmo que por vezes fosse um pouco mimado e debochado, ele ainda assim era o ser mais adorável e brincalhão de olimpo, mas terrível com esse sent...