Capítulo 2

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Era início de tarde daquela primavera, e lá estava Jimin na proa do navio observando o mar da costa asiática quebrando na base do barco gigante, tinha finalmente chegado o dia de voltar para a mansão que um dia já morou com seus pais, mas hoje era apenas mais um lugar que ficou apenas em sua memória, e casa onde seu pai criou uma nova família e o que lhe expulsou um dia. Estava voltando para o lugar que um dia chamou de lar nas vésperas de seu aniversário assim chegando à idade de seu debute na alta sociedade como um ômega pronto para se casar, algo que Jimin não estava pronto para conviver pelo resto de sua vida com um desconhecido que seria incapaz de amar, pois, para ele o amor era algo que já desistiu de acreditar.

Assim que o navio atracou no porto, Jimin saiu do navio sentindo o doce calor da primavera de seu antigo país, logo viu o valete que o aguardava, o mesmo que trabalhava para sua família desde seu nascimento.

- Menino Jimin, como está grande – disse o velho valete indo pegar as malas – Serão somente este único baú?

- Sim, senhor Wang, no convento não nos permitia ter pertences pessoais, somente era permitido alguns uniformes para cada situação.

Logo após o breve diálogo Jimin, junto ao valete entraram na carruagem e partiram rumo ao palacete dos Park para se juntar a sua família. A cada instante que se passava foi possível ver a mansão surgindo no horizonte no meio da natureza, estava aflito e receio sobre o que o futuro lhe aguardava. E assim que entrou no palacete logo viu sua tia descendo a escadaria.

-  Meu querido sobrinho, como está crescido, seu pai disse que iria chegar somente na próxima semana querido, mas é muito bom vê-lo em casa, será ótimo acompanhá-lo no seu tão esperado iniciação na sociedade. Não fique chateado caso não consiga casar-se neste ano, nem todos tem está sorte – dizia a mulher vestida de forma exagerada descendo pelas escadas com o carpete de cor lavanda.

- Agradeço a recepção tia, o visconde pediu para me trazerem antecipadamente para prepararem os trajes para o baile. Pensei que vossa graça tinha lhe falado sobre a antecipação titia – Jimin disse observando o desgosto no rosto em sua tia por saber de sua volta ao país. - Agora com sua licença, preciso me recolher em meus aposentos, estou demasiadamente cansado da viagem.

...


Na hora da refeição eles se juntaram na sala de jantar, todos a mesa formalmente e Joy e sua prima vestia suas melhores roupas, enquanto Jimin vestia uma de suas poucas peças de roupa que trouxe de Londres, aquelas que ele usava em seus dias livres, não chegavam aos pés daquilo que se esperava que o primogênito de um visconde vestisse, mas era uma das poucas roupas que possuía.

- Aanhã sua madrasta irá acompanhá-lo a modista junto a Joy para encomendar os vestidos e seus trajes para os bailes – o visconde disse sem cerimonias ao filho, sem nem tentar dizer-lhe algo sobre sua volta após longos 10 anos.

- Agradeço a generosidade vossa graça. - No fundo Jimin sabia que seria assim, nenhuma carta foi lhe destinada entre os longos anos, não esperava palavras dóceis e calorosos abraços iguais em sua infância, sabia lá no fundo que sua tia poderia muito bem ter envenenado os pensamentos de seu pai, igual quando foi enviado embora a anos atrás.

- Farei questão de instruir a modista para vesti-lo da melhor forma para que Joy não seja somente o único diamante desta temporada. - Novamente sua tia falava com o sorriso mais falso enfeitando seu rosto.

- Acredito que este seja o segundo ano de temporada de Joy, me pergunto o motivo para não ter se casado no seu ano de debute, já que foi a tão raro diamante da temporada querida prima. - Assim que Jimin terminou sua fala foi possível ver seu primo Yoongi se segurando para não rir da resposta afiada que foi devolvida a sua mãe e irmã.

Beginning of springOnde histórias criam vida. Descubra agora