Apenas o começo

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É, galera... por um tempo achei que não ia voltar mais a escrever essa fic, mas assim como tudo na vida tem seu tempo, o momento dela chegou.

Demorei? Pra caramba, né? Deixei vocês cozinhando mesmo e estão em todo direito de quererem me matar por isso kkkkkk. Mas em compensação, trouxe um belo e longo capítulo (10.2k palavras!!!) pra vocês que não se esqueceram dessa fanfic poderem matar a saudade dela.

Quero apresentar uma personagem nova que vai fazer sua estreia nesse capítulo e vou revelar também quem a interpreta na minha imaginação:

Dona Marlene: IRENE RAVACHE

Pra completar, vou dizer que esse capítulo vai ser uma salada mista de sentimentos (logo no início vocês vão perceber), quem conhece minha escrita sabe que gosto muito de fazer isso... mas como ele acabou ficando realmente muito longo, preferi dividir em duas partes levando em conta o que eu estava planejando inicialmente.

Espero que seja uma boa leitura, vão lá agora e me digam depois o que acharam! 

Um beijo! 💋

Julia Carstairs 


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⚠️ AVISOS DE GATILHO (Vou sinalizar no decorrer do capítulo)

(1) Representação leve de ataque de pânico, memórias pós-traumáticas;

(2) Menções a homofobia dentro da família.


O ar em movimento entrava pela janela bagunçando os cachos firmes repousados na testa de Ramiro e este aproveitava a sensação agradável que o vento lhe causava na pele. Era uma noite de temperatura amena, que não chegava a ser fria ao ponto de precisar de um agasalho, apenas o suficiente para deixar o clima bom e confortável.

Ele conduziu a caminhonete por cerca de meia hora ouvindo as músicas suaves que tocavam aleatoriamente no rádio até o momento em que as ondas não puderam mais ser sintonizadas. Enfim, restou o som de uma eventual conversa com Kelvin e do silêncio que se instaurou entre eles, rapidamente se tornando a única coisa a ser percebida no recinto.

Imerso em seus próprios pensamentos, Ramiro percebeu que, em geral, a ideia de estar com outra pessoa assim - em completo silêncio - o incomodava e perturbava o bastante para que ele preferisse estar sozinho a maior parte do tempo. Se tivesse escolha, preferia facilmente capinar um lote inteiro debaixo do sol do que compartilhar esse tipo de momento com os La Selva ou qualquer um dos peões, por exemplo.

Entretanto, dividir o silêncio com Kelvin era diferente. Mais do que isso, às vezes era exatamente o que ele buscava, essa paz, esse acolhimento confortável da presença inteira e disponível de quem ele sabia que o amava de verdade.

Apegado a esse pensamento, Ramiro esticou o braço direito e segurou a mão de Kelvin apertando-a levemente e sentiu a curva metálica da aliança com o polegar, sorrindo carinhosamente para o marido.

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⏰ Última atualização: Oct 12 ⏰

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Depois do Dia Branco (Lua de Mel - Kelmiro)Onde histórias criam vida. Descubra agora