11 - Implicância

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Pov's Alane

A primeira visão que tive assim que abri os olhos foi de Fernanda saindo do banheiro com uma roupa que não era o seu pijama. Ela usa um short colado, que desenha muito bem sua bunda, um cropped e um tênis. Não faz a praia dela usar esse tipo de roupa para ficar em casa.

-Para onde vai?- perguntei e me sentei na cama.

-Academia, bonequinha.

-E não me chamou? É sério que ia me deixar aqui sozinha Fernanda?- eu realmente fiquei brava. Como ela pode me deixar aqui sozinha?

-Não faça essa cara de brava Lane.- Fernanda se aproximou e sentou ao meu lado.

-Eu ia te chamar assim que terminasse de fazer o café da manhã para nós duas.

-Hm.

-Não fica chateada vai, eu juro que ia te chamar!

-Tá bom. Vai fazer o que para comer?- eu realmente estou faminta.

-Hambúrguer?

-Adoro. Vou tomar banho.- deixei um beijo na bochecha de Fernanda e entrei no banheiro. Escutei a porta do quarto bater minutos depois, indicando a saída de Fernanda.

Tomei o meu banho e coloquei uma roupa parecida com a de Bande: short curto, cropped e tênis.

Desci até a cozinha e vi Fernanda fazendo a carne, para colocar no pão. Me permiti parar na porta da cozinha e observar a beleza da morena. Seus cabelos pretos que quase batem na bunda.

-O que está fazendo aí parada?- Fernanda havia notado a minha presença.

-Admirando a sua beleza.

-Não me desconcentre, vou queimar os hambúrgueres.

-Calma, não está mais aqui quem falou!- Fernanda e eu rimos.

Fui até a mesa da cozinha, puxei uma cadeira, e me sentei.

-Por que ao invés de você ficar aí sentada, você não me ajuda?

-Claro patroa. O que quer que eu faça?- falei em tom de deboche.

-Pega os queijos e os pães e põe para esquentar.

-Sim senhora.- fiz o que Fernanda mandou. 10 minutos depois, o café da manhã estava pronto.

No meio do caminho até a sala, avistei meu pai sentado em uma das cadeiras da sala de jantar. Deixei Fernanda ir na frente e decidi falar com meu pai.

-Oi pai, bom dia..

-Oi filha, bom dia. Não consegui falar com você depois do resultado da prova. Eu realmente queria que tivesse passado, mas não pense que vou te humilhar igual sua mãe fez. E também não compactuo com esse tipo de comportamento dela. Eu vi que você estudou e deu o seu melhor.- papai está usando seu notebook.

-Obrigada pai. Vou tomar café.- papai apenas assentiu e voltou a fazer o que fazia antes.

Fui até a sala e encontrei Fernanda olhando para o nada. Não estava no celular e não havia nem mexido no hambúrguer ainda.

-Fernanda?

-Eu?- ela olhou para mim.

-Está tudo bem? Você não comeu ainda e estava aí viajando na maionese.- me aproximei e sentei no sofá.

-Eu estava só te esperando.

-Que cavalheira. Pode comer agora, já estou aqui.- Fernanda e eu rimos. Esperei para ver se ela daria outra justificativa, mas aparentemente o motivo realmente era esse.

My cousin - "eyes don't lie" - FerlaneOnde histórias criam vida. Descubra agora