17- Viagem

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Pov's Alane

Após o beijo que aconteceu entre eu e Fernanda, nós ficamos apenas conversando juntas e trocando carinhos. Confesso que o beijo me deixou bastante feliz. Fernanda e eu estamos nos envolvendo de uma forma um pouco perigosa, mas é extremamente bom receber o carinho dela.

Quando acordei, percebi que Fernanda não estava mais na cama, e nem no quarto. Chamei pelo seu nome mas não obtive respostas, o que significa que ela também não está no banheiro e nem na sacada. Eu iria tomar banho, mas odeio a ideia de não saber onde Fernanda está ou o que está fazendo, então desci as escadas em busca de Bande.

Fui até a sala e também na cozinha, mas não a encontrei. Vasculhei por todo o resto da casa, e também não estava. Será que ela saiu sem me avisar?
Voltei para sala e quando olhei pela janela, reconheci Fernanda sentada na grama da entrada da casa. Saí pela porta principal e fui até ela.

Sentei do lado dela e observei seu semblante confuso. Ela se virou para mim, e percebi que não estava nada bem.

-Quer me dizer o motivo de estar assim, Nanda?

-Não é nada demais Alane, não se preocupe.

-Fernanda, nós prometemos que iriamos ajudar uma a outra. Você não está legal. Mesmo que eu não consiga fazer nada por você, me deixe saber do que se trata, por favor.

-Eu estou com medo Lane.. Medo do que pode acontecer com meu pai. O câncer é uma doença muito perigosa e traiçoeira. Mesmo ciente de que ele está fazendo o tratamento, a chance de não dar certo e acontecer algo pior é muito grande..

-Não pense dessa forma Nanda. Eu sei que o medo é normal e não conseguimos evitar. Sei também que o câncer é uma doença bastante complicada. Mas não pode ficar dessa forma. Se o seu pai souber, é capaz de ficar mais preocupado, e eu acredito que a última coisa que queira é preocupar ele. Pensar negativo só vai piorar a situação. Eu tenho certeza que vai dar tudo certo bebê, não fique assim.

-É um pouco difícil pensar positivo agora, mas eu vou tentar.

-Ótimo, vamos tomar café! Eu te faço algo.- me levantei e estendi minhas mãos para Fernanda levantar. Assim ela fez, e depois entramos em casa.

Entrelaçei meus dedos com os de Fernanda e a levei até a cozinha.

-Sente-se aí, vou fazer algo.

-Não precisa Lane.

-Fernanda, eu estou mandando você sentar, e faça o favor de obedecer.

-Sim senhora!- rimos do jeito no qual conversamos.

Decidi fazer um omelete rápido para nós duas. Comecei batendo os ovos e colocando os mesmos em uma frigideira untada com óleo. Acrescentei sal, presunto, que piquei em quadradinhos pequenos, e duas fatias de queijo. Esperei o omelete ficar firme e virei o outro lado. Quando desliguei o fogo e fui pegar os pratos, percebi a forma como Fernanda me fitava.

-Pare de me olhar assim. Estou ficando desidratada com você me secando desse jeito.- Bande riu.

-Estou apenas admirando a sua beleza. Você é uma grande gostosa!

-Sua gostosa!- Fernanda se levantou assim que eu disse isso e se aproximou.

-Isso. Agora me dê um beijinho porque ainda não recebi nenhum.- Bande me puxou pela cintura. Minhas mãos foram até seu rosto, a aproximando de mim. Nossos lábios colidiram de forma rápida.

-Pronto. Podemos tomar café?

-Agora sim!- Fernanda disse, e se sentou de volta.

Coloquei os omeletes em pratos e fomos para a sala. Fernanda se sentou bem próximo a mim, fato que quase nunca acontece. Começamos a comer.

My cousin - "eyes don't lie" - FerlaneOnde histórias criam vida. Descubra agora