Still In Day One

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POV Jungwon

Assim que chegamos à faculdade, Jake seguiu para o prédio dele e eu fui atrás de Heeseung e Riki para contar as fofocas da noite, que, sinceramente, não eram muitas. Encontrei o Hee sozinho na sala de aula, já que ainda faltava uma hora para começar a aula e não havia mais ninguém por perto. Ele estava usando fones e escrevendo algumas coisas no caderno.

— Eu estava procurando você! — Sentei ao seu lado e o abracei, recebendo um sorriso em troca. — Você está bem?

— Melhor impossível. Dormi como uma princesa. — O sorriso dele aumentava à medida que falava e então ele se virou para mim. — Me conta como foi!

— Ah... A gente não fez nada além de se beijar, assistir a um filme e ficar de chamego... Só isso. — Dei um sorrisinho leve enquanto via a expressão dele mudar para uma cara incrédula.

— Você foi dormir na casa do garoto que estava transbordando tesão e não fez nada? Que absurdo... — Ele balançou a cabeça, e eu ri de leve. — Enfim, vamos falar da banda! Vamos ensaiar na casa do Jake? Meu pai tem um estúdio lá, com tudo que a gente precisa.

— Podemos ver isso. Na casa do Jake, tem os avós dele, e eu não quero incomodar com muito barulho. Aliás, cadê o Riki? Não era para estarem juntos?

— Ah... — Ele revirou os olhos. — A namoradinha dele apareceu e começou a brigar com ele por causa das marcas que ele estava. — Soltou um suspiro pesado e se jogou na cadeira. Nesse momento, algo fez sentido para mim; as peças se encaixaram e minha mão foi até a gola da sua camisa, puxando-a para o lado para ver sua clavícula.

— Você transou com ele! Que nojo! Meu melhor amigo com o meu irmão mais novo. — Eu esperava isso de você com o Jeongin, já que até química rolou entre vocês naquele dia, mas com o Riki? — Balancei a cabeça negativamente, ainda incrédulo com o que realmente tinha acontecido. Eu já tinha minhas suspeitas, e no dia anterior, na casa do Jake, eles estavam muito próximos. Não entendia como ele conseguia ficar com tanta gente assim; parecia que não se passava uma semana sem que ele ficasse com mais pessoas do que eu em uma vida inteira.

— Achei que fosse óbvio que isso ia acontecer um dia. Tenho química com muita gente e sou lindo, né? — Ele deu de ombros de forma convencida e sorriu. — Mas relaxa, não somos como você e o Jake. Não vamos ficar de pegação e nojice na frente de vocês. Agora, sério, foca no importante. Vamos ser uma banda de verdade e tocar em vários lugares diferentes com isso, certo? Estou tão feliz.

— Estranho... Você nem queria, achava impossível. — Cruzei os braços e o encarei com os olhos semi-cerrados.

— Quem iria querer ouvir três perdedores cantando músicas que já existem? Lembra, eu e você somos calouros e seu irmão ainda é estudante de ensino médio; seria um fracasso. Mas agora temos o Jake e o Jay na banda. Eles são populares e o Jay... Bem, ele tem aquele charme misterioso de bad boy e fumante... Você sabe bem como é. — Ele assentiu para si mesmo e riu baixo. — É engraçado ver como vocês exalam raiva e ódio um pelo outro, mas ao mesmo tempo uma tensão tão grande, como se fossem se pegar a qualquer momento. É até excitante ver vocês dois juntos.

Ele fez uma pausa, parecendo refletir, e então continuou:

— Mas sério, você e ele... Quando é que isso vai acontecer? Tipo, é tão evidente o tesão que você sente por ele que é difícil de entender como você consegue se controlar.

— A gente não vai se pegar. Ele está com o Jeongin... E, sinceramente, ele já me odeia por coisas do passado; eu não quero que me odeie ainda mais por tentar roubar o peguete dele, okay? Não vou ficar com ele. — Suspirei pesadamente, sentindo uma certa culpa por apenas desejar o que era do meu irmão. Depois dessa breve conversa, começamos a falar sobre coisas aleatórias e sem sentido. Esses assuntos me deixavam ainda mais feliz por poder viver essa experiência com ele ao meu lado, em pessoa, ao invés de apenas através da tela do celular.

Harmonies of the HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora