* Em andamento.
Park Sunghoon era conhecido por sua inteligência afiada e paixão por exatas. Seu mundo girava em torno de equações e teoremas, até que um novo vizinho chegou na casa ao lado. Sunghoon, acostumado com o silêncio de viver em um condomí...
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O sol brilhava radiante através da janela do meu quarto, anunciando mais um dia de férias e tranquilidade. Para a maioria das pessoas, férias significavam descanso e diversão, mas para mim, significava tempo extra para me dedicar aos meus estudos e passatempos. Afinal, a matemática não tira férias.
Com um bocejo, levantei-me da cama e me dirigi até o banheiro. Fui me livrando do meu pijama improvisado, uma regata branca e uma calça de moletom, e liguei o chuveiro, pronto para me despertar totalmente com aquela água fria. Após rápidos vinte minutos, saí devidamente limpo, isto é, com o cabelo lavado e com os dentes escovados.
Há dois anos, quando passei a morar sozinho, desenvolvi o terrível hábito de não me alimentar direito. Ao invés de aproveitar um café da manhã saudável, eu sempre escolho esperar o horário de almoço e aí sim fazer uma refeição caprichada.
Sendo assim, coloquei roupas confortáveis e me direcionei ao meu pequeno escritório. Livros, cadernos e papéis estavam espalhados pela mesa, esperando ansiosamente para serem explorados. Eu me sentei confortavelmente na cadeira acolchoada e mergulhei nos meus estudos instantaneamente.
O quão estranho eu sou a ponto de fazer cálculos gigantes como hobby? Bom, talvez 7/10. Entretanto, ficar concentrado em números é algo confortável pra mim, algo como um relaxante.
No entanto, minha concentração foi interrompida abruptamente pelo som estrondoso de música que ecoou através das janelas. Franzi a testa, surpreso com a intrusão. Quem ousaria perturbar meu santuário de estudos com música alta? Ainda por cima às 09:00 horas da manhã!
Curioso e um pouco irritado, me levantei da cadeira e caminhei até janela do meu quarto, esta que era direcionada para a casa ao lado.
── Que estranho, a casa está vazia a meses! ── Murmurei irritado.
O som havia ficado bem mais alto, indicando que o culpado estava adorando aquele "auê" logo de manhã. Respirei fundo e quando estava prestes a gritar para chamar a atenção do responsável pela cacofonia, alguém passou em frente a janela.
Era um rapaz com mais ou menos 1,75 de altura, passando pra lá e prá diversas vezes com caixas na mão. No entanto, o que me chamou a atenção foi a sua cabeleira ruiva. Era um tom tão bonito que parecia cor de vinho. Por um instante, esqueci que estava irritado e apenas foquei em seus detalhes. Mas claro, não durou muito tempo.
── Ei, ruivinho! ── Finalmente gritei.
Para minha surpresa, em vez de receber uma resposta, a música aumentou ainda mais, como se o rapaz desafiasse minha autoridade. Uma mistura de confusão e irritação se apoderou de mim. Quem era esse vizinho insolente que ousava desafiar minha paz e sossego?
