Capítulo 06 - Mestiço (Especial).

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Jaywon.

Washington, D.C.
Estados Unidos

Acordei com a luz suave do amanhecer entrando pela vidraça da janela

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Acordei com a luz suave do amanhecer entrando pela vidraça da janela. Me espreguicei por alguns segundos e olhei para o relógio ao lado da cama ─ era hora de começar o dia e me preparar para o vôo. Levantei-me com determinação, era um dia importante em que estava voltando para casa, para Seul.

Fui até o banheiro e tomei um banho revigorante para despertar completamente. Enquanto a água quente relaxava meus músculos, minha mente começou a se concentrar no dia pela frente. Hoje, eu tinha um voo para a Coreia do Sul e muitos compromissos profissionais me esperavam lá. E claro, Sunghoon também me esperava.

Vesti um conjunto confortável de moletom preto e branco, uma escolha fácil para viagens longas. Eu sabia que a moda era minha profissão, mas naquele dia priorizei o conforto. Meu cabelo escuro estava cuidadosamente penteado para trás, dando-me um visual polido e elegante.

Enquanto me arrumava, peguei meu celular e vi uma mensagem do meu amigo Sunghoon, desejando-me boa sorte na viagem. Sorri ao ler suas palavras e enviei uma resposta rápida antes de continuar me preparando.

Peguei minha mala, verificando se tudo estava lá ─ roupas para os compromissos profissionais em Seul, meu passaporte e documentos importantes. Não podia deixar nada para trás.

Saí do apartamento e chamei um táxi para me levar ao aeroporto. Enquanto cruzávamos as ruas movimentadas de Washington, minha mente estava ocupada com minha agenda para os próximos dias em outro país. Sessões de fotos, reuniões com designers, eventos de moda ─ tinha muito trabalho pela frente, mas estava animado para estar de volta à minha terra natal. A Coreia do Sul sempre seria especial para mim, não importava quantos lugares eu visitasse pelo mundo como modelo.

Enquanto o avião ganhava altitude, eu olhava pela janela, maravilhado com a vista lá embaixo. O céu azul sem fim me deixava animado para a aventura que me aguardava na Coreia. Durante o voo, aproveitei para ler um pouco e até mesmo fazer algumas anotações no meu caderno de viagem.

Quando o piloto anunciou que estávamos nos aproximando de Seul, senti um formigamento de expectativa. Olhei pela janela e vi as luzes da cidade se aproximando lentamente. A sensação de aterrissar sempre me empolga, e desta vez não foi diferente. O avião deslizou suavemente pela pista e, antes que percebesse, estávamos seguros dentro do aeroporto.

Estava pronto para começar a matar a saudade de cada pedacinho desse lugar.

Após desembarcar e passar pela imigração, decidi pegar um táxi para me levar até a casa do outro Park. O motorista, um rapaz simpático de mais ou menos vinte e cinco anos, me cumprimentou com um sorriso caloroso enquanto colocava minha bagagem no porta-malas.

── Veio a negócios, senhor? ─ Perguntou ele enquanto começávamos a nos mover pelo tráfego da cidade.

── Bom, sim. Vim visitar alguns amigos e trabalhar. ─ Respondi, olhando pela janela e admirando a paisagem noturna.

Ao longo do trajeto, comecei a me sentir cansado da viagem e percebi que estava com sede. De imediato, agarrei a garrafinha que estava disponível pra mim e ingeri todo o líquido que estava ali.

── Não quer uma bebida energética para te manter acordado? ─ Sugeriu o motorista com um sorriso.

── Não, obrigado, água está ótimo. ─ Respondi, me sentindo satisfeito apenas com aquela garrafa plástica.

Após minutos depois, logo me senti sonolento, lutando para manter os olhos abertos. Minha visão começou a turvar e antes que eu pudesse reagir, caí em um sono profundo.

Quando finalmente acordei, percebi que estava em um beco escuro e vazio, minha bolsa e pertences haviam desaparecido. Olhei em volta, sentindo o coração afundar no peito.

── Onde estou? O que aconteceu? ─ Murmurei para mim mesmo, tentando processar a situação.

Há alguns passos de mim, pude ver com bastante nitidez de que tinha alguém lutando contra dois homens, um deles era o taxista simpático que me atendeu.

O rapaz que lutava possuía um corpo de tamanho mediano, cabelos escuros e um rosto bonito, impossível de ser confundido.
Seu corpo atlético e ágil se movia com graça e determinação, refletindo anos de treinamento e disciplina. Seus músculos bem definidos e sua postura confiante demonstravam uma mistura única de força e elegância. Com seus olhos focados e expressão concentrada, ele parecia estar em perfeita sintonia com cada movimento, exalando uma aura de confiança e habilidade que era impossível ignorar.

Sem muito esforço, ambos os homens correram, deixando todos os meus pertences ali, caídos no chão.

Com uma fúria crescente, levantei-me com dificuldade enquanto olhava o estado deplorável do meu cabelo, das minhas roupas, e notei até que meu relógio havia desaparecido.

── Shit Korea! ─ Esbravejei irritado enquanto batia os pés no chão. ── Coréia de merda, merda, merda!

Sem me dar conta, o rapaz que se livrou dos golpistas miseráveis se aproximou de mim, fazendo com que eu percebesse os detalhes do seu rosto de forma mais nítida.

── Dia errado, hora errada, lugar errado. ─ Disse o rapaz, me atingindo com a sua voz serena, completamente diferente do que imaginei. ── Não culpe a Coréia pela sua falta de sorte, mestiço.

Mestiço? Quem ele pensa que eu sou?

── Ei! Eu sou um coreano e com certeza sou mais velho, vale direito comigo. ─ Pedi afoito, indignado.

── Certo, ahjussi! ─ Murmurou com provocação. ── Se for xingar esse país, xingue em coreano.

De repente, o rapaz de cabelos castanhos jogou uma nota de ₩50000 won em minha direção, deixando-a flutuar antes de pousar sobre mim. Sua expressão era como a de uma criança sem paz de espírito, seu sorriso irritante nos lábios me deu nos nervos.

── Trate de pegar um táxi decente dessa vez. ─ Anunciou enquanto pegava sua bolsa jogada no chão. ── Você é burro? Aquele carro nem tinha placa. Como um riquinho pode ser tão desligado assim?

Um ponto.

Bom, esse idiota rude tem um ponto.

Sem ter o que fazer, minha única opção é agradecê-lo por ter me livrado daqueles ladrões e por ter recuperado minhas malas.

── Posso saber o seu nome para agradecê-lo formalmente? ─ Indaguei em baixo tom.

── Me chamo Yang Jungwon. ─ Respondeu simplista. ── E não precisa agradecer, teria feito isso por qualquer outro tonto parecido com você.

 ── E não precisa agradecer, teria feito isso por qualquer outro tonto parecido com você

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Capítulo inspirado em: Vincenzo.

Através da Minha Janela. ── Sunsun.Onde histórias criam vida. Descubra agora