Capítulo XVII: Pai e Filha

29 4 0
                                    

-Então... Sobre o que gostaria de conversar Toshiko? -Toshinori perguntou à sua filha.

-... -Sentada do outro lado, em frente a ele, na cozinha da casa dos Midoriya, a loira a olhava pensativa- Nós... Precisamos conversar... Sobre o Izuku, sobre NÓS...

-Oh... Entendo, e o Inkoji? -Toshinori perguntou.

-O que quero falar é algo que também engloba algo privado pai, até pra ele que é meu marido... -Toshiko falou- Eu quero falar aqui com o senhor como sua filha, mãe do Izuku e Shinobi mais número 1 do país do fogo, visto que hoje em dia você nem mais atua.

-Salvo raríssimas exceções como um caso antes de eu vir para cá... É... Mas isso vai mudar... Eu mesmo já acordei de adentrar na UA falando com Nezu, lembra dele? É para me tornar um professor como o seu marido, além de me candidatar para o comandar o time com pelo menos o Izuku -Toshinori afirmou- Eu gostaria de acompanhar meus netos bem de perto, entende?

-Então veio mesmo para ficar e não iria embora mesmo se o Izuku passasse e voltasse a viver com a gente? -Toshiko perguntou.

-Eu posso dizer que realmente não tenho mais qualquer pretensão de ir embora Toshiko, estou velho... E... Ainda tenho MUITO o que me dedicar no que tange ao Izuku -O pai explicou- E sim... Eu tenho tanta fé que meu neto vai passar que vou ficar aqui e lecionar na academia ao qual ele fará o teste: A maior dessa nação.

-...

-...

-Pai... -Toshiko dizia- Certo, então...

-Um momento... Acho que... Posso aproveitar e também trazer à tona alguns tópicos com você Toshiko... -O mais velho a interrompeu.

-...

-Me perdoe...

-...

-Me perdoe Toshiko... -Toshinori desabafou- Eu sei... Eu sei que não fui um pai perfeito.

-...

-Se eu pudesse voltar atrás eu faria MUITA coisa diferente, acredite, eu JURO que faria, tentei ser presente quando eu podia, mas... Não tem nada que eu possa fazer quanto a isso agora... -O idoso desabafou- Me perdoe, me perdoe por tê-la deixado sozinha com sua mãe e... Focado demais nos meus objetivos, por mais "nobres" que fossem...

-... -Toshiko um pouco trêmula, viu várias emoções e lembranças vindo à tona.

-Eu nunca vou me perdoar... E compreendo se ainda tiver certos, "problemas" comigo por conta disso, mas saiba que... Eu te amo Toshiko, eu te amo assim como amo os meus netos e sempre quis o melhor para vocês -Toshinori desabafou.

-Pai... -Toshiko suspirou- Certo, passado é passado, eu entendo... Eu compreendo, só... Entenda que não é por compreender que isso anula o quanto sofremos sem você por perto, os apertos, as dificuldades... E... Poxa pai, eu posso até ignorar isso... Principalmente quando o tópico do Izuku vem à tona!

-...

-O senhor não tinha esse direito... -Toshiko o olhava com seus olhos cheios d'água balançando a cabeça de forma negativa- Não tinha o direito de aparecer e do nada tirar o Izuku da gente!

-Eu... Pensei que o ponto estava esclarecido quando voltamos, mas... Entendo trazer esse tópico de novo à tona -Toshinori comentou.

-A questão que quero trazer aqui pai... É que o Izuku é MEU filho, MEU filho e do Inkoji! Tá bom... Tivemos uma falha, um só erro!

-...

­-M-Mas...

-Se pudesse voltar atrás teria feito tudo diferente? Sei bem como é... -Toshinori comentou.

-Eu... Aaaaaaaaaaaaaa... Só, nunca mais faça isso de novo -Toshiko afirmou- Eu...

-Entendo, eu prometo avisar vocês em uma próxima ocasião -Toshinori sorria sem jeito e com paciência- E também aproveito para conversar com Izuku sobre tomar esse tipo de decisões...

Um clima de silêncio rolou naquele momento.

-Ainda sobre ele... Tem... Tem algo que preciso falar -Toshiko comentou- Eu ouvi muita coisa de Inkoji e das meninas ontem... E...

-...

-Eu quero acreditar, eu quero ter fé no meu menino pai -Toshiko afirmou- Só...

-O que Toshiko...? -Toshinori perguntou.

-Eu só não consigo deixar de me preocupar com ele... -Toshiko desabafou.

-Ah... Normal... Mas não é como se ele tivesse uma deficiência ou algo assim Toshiko, ele não é incapaz, MUITO pelo contrário, você infelizmente perdeu toda a vida dele, mas acredite quando eu digo que por onde quer que ele passava, era admirado, respeitado... E mostrava seu valor! -O avô narrava- Tá, ele também sofreu quando revelava que não tinha K.G., mas... Não era nada comparado ao tratamento oposto que ele recebia, quando as pessoas se davam a chance de conhecê-lo...

-...

-...

-Pai, eu... Entendo, agora... Ainda assim...

-...

-Eu... Estive pensando em passar o OFA para ele -A fala da filha fez o idoso ficar pálido naquele instante.

Continua...

My Ninja AcademiaOnde histórias criam vida. Descubra agora