Teatro

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   Alane Dias

O dia da minha apresentação finalmente chegou, estava ansiosa pela peça, mas principalmente pela minha convidada especial. Dei uma espiada na plateia e vi Fernanda sentada na segunda fileira bem de frente ao palco. Meu coração acelerou na mesma hora. A única pessoa que sempre fazia questão de assistir minhas peças era Bia, então quando Fernanda pediu para assistir eu sentir uma alegria infinita dentro de mim.

- Pessoal, todos se preparando para começar! - A diretora chamou e todos correram para seus locais.

Fernanda Bande

A peça estava divina, cada detalhe estava perfeito. Alane era a protagonista, Julieta. Admito que minha atenção só estava nela. Seu jeito de atuar, o figurino, ela simplesmente estava encantadora.

Me despertei dos meus pensamentos assim que escutei as palmas se fazerem presentes.

- Alane estava linda, né? - Bia falava enquanto batia palmas orgulhosa da sua amiga.

- Perfeita. - Falei sem desviar meu olhar da paraense.

Esperamos quase uma hora até Alane sair do camarim, já vestida com suas roupas. Ela estava linda, um vestido florido rodado, seu cabelo feito uma trança de lado e uma leve maquiagem em seu rosto.

- Você estava linda! A peça foi incrível, amiga! - Bia fala enquanto abraçava sua amiga que apenas sorria e susurrava um "obrigada".

O abraço delas acaba e eu me aproximo iniciando um abraço a ela. - Sei que já deve ter escutado muito isso, mas você foi perfeita, lane! A Julieta mais linda e talentosa que eu já vi. - Dou um beijo sua bochecha e na mesma hora sinto nosso corpo arrepiar.

- Obrigada, fer. Fico muito feliz por ter gostado. - Ela olhou em volta como se procurasse alguém e logo voltou sua atenção para mim. - Os meninos não vieram?

- infelizmente não. Como a peça começa um pouco tarde, não conseguir trazer. Pitel ficou lá dormindo eles.

- Ah, que pena. Mas fiquei muito feliz por você ter vindo. - Ela sorrir tímida e eu sinto vonatde de beijar sua bochecha mais uma vez, mas contive minha vontade.

- Tá com fome? Podemos ir em algum lugar comer. - Sugiro e a mesma assenti.

- Nossa, com certeza! Não conseguir comer nada hoje. - Sinto vontade de repreender a mesma pela sua falta de alimentação, mas preferir evitar. - Vamos Bia?

- Amiga, já que você não vai ficar sozinha, eu vou aceitar o convite do meu boy e vou dormir na casa dela, então não me espere acordada. - Bia fala, se despede rapidamente da gente e sai.

- Então acho que vamos só nós duas. - Falo e ela sorrir. - Vamos?

Caminhamos até meu carro, onde começamos a decidir onde ir enquanto eu dirigia.

- Gosta de sushi? - Pergunto e ela me olha com uma carinha de criança pidona.

- Impossível não gostar de sushi! - Ela fala e eu sorrio.

- Então vamos comer sushi! - Ela pesquisou o restaurante mais próximo que tinha e fomos.

  Assim que chegamos, vimos que o local era apenas para delivery.

- Juro que não tinha visto isso. - Alane fala decepcionada. Ela olha pro relógio em seu pulso, provavelmente já era quase meia noite. - Já tá tarde, quer fazer o pedido aqui e ir comer em casa? - Ela fala meio insegura, e eu tento controlar as batidas do meu coração.

- Claro, bem melhor.

Alane Dias

Assim que chegamos em meu apartamento, falo para Fernanda fucar a vontade. Agradeço mentalmente por eu e Bia termos feito faxina ontem.

  Peguei um vinho e duas taças e levei para sala, onde já estava nossa comida. Fico surpresa quando vejo Fernanda descalça sentada no tapete da sala.

- Me permitir me sentir em casa. - Ela fala divertida.

- Que ótimo que você não é uma riquinha mimada, pois eu amo sentar no chão. - Falo enquanto me acomodava ao seu lado. Entrego uma taça já com vinho a ela e pego a outra.

- Um brinde a sua peça linda. - Brindamos e logos bebemos. - Acho que já faz um tempo que não como sushi. - Começamos a abrir a embalagem e comer.

- Por mim, eu comia toda semana. Bia não gosta muito, mas sempre insiste em comer um pouco do meu.

- Você gosta da sua vida aqui no Rio? - Bebo um pouco do vinho e penso um pouco antes de responder.

- Eu sinto saudades da minha família, óbvio. Mas gosto muito daqui. Sempre gostei de capital, e teatro sempre foi meu sonho. Então eu me sinto muito realizada por tá aqui. - Olho para ela e vejo a mesma concentrada em minha fala, o que me fez ruborizr um pouco.

- Você fica linda quando está falando sobre algo que você gosta ou admira.

- Acho isso de você também. Principalmente quando você fala dos seus filhos, dá pra perceber o amor que você sente só pelo seu olhar.

- Eles são a melhor parte de mim. - Sua pupila dilata, imagino que seja com alguma lembrança dos seus filhos.

- Desculpa parecer intrometida, mas e o pai deles? - Seu sorriso some um pouco, a mesma suspira.

- O pai do Marcelo foi um babaca em minha vida, nunca foi presente na vida do filho. Depois de um tempo conheci o pai da Laura, outro babaca. Mas pelo menos é mais presente na vida dela.

- Sinto muito. Mas você se torna mais linda ainda por sua força de aguentar tudo isso sozinha, sendo mãe solo atípica. Da pra ver de longe o amor que os meninos sentem por você, o jeitinho carinho de vocês interagindo. - Ela sorrir.

  Continuamos conversando assuntos banais, dividimos gostos de músicas parecidos, o que acabou fazendo eu colocar Alexa para tocar Djavan. O clima estava ótimo, Fernada era uma mulher encantadora e sua companhia era perfeita.

A garrafa de vinho já estava praticamente no final, o sushi agora só restava a embalagem.

  Fernanda olha no relógio em seu pulso e me olha assustada.

- Já são quatro horas da manhã! Eu preciso ir pra casa.

- Mas você bebeu, Fernanda. Não é seguro. Os meninos estão com Pitel, você confia nela. Manda um mensagem pra ela e avisa que vai dormir aqui. Pode ficar no quarto de Bia, ela não vai dormir aqui mesmo.  - Ela me olhou meio pensativa, mas logo aceitou.

- Desculpa ter perdido a noção de tempo.

- Deixa de besteira, nós duas perdemos. E eu não achei ruim, sua companhia é muito boa. - Ela senta novamente ao meu lado, só que dessa vez um pouco mais perto. Sinto sua mãos pousar em meu rosto, seu polegar fazendo um leve carinho em minha bochecha.

- Você é uma mulher muito linda, Alane. - Ela fala em um susurro.

- Posso beijar você? - Provavelmente o vinho tinha toda culpa nessa minha pergunta. Mas agora com Fernanda tão próxima a mim, com sua mão acariciando meu rosto, eu não queria mais pensar em nada.

Ela me olha por alguns segundos e sem me dar resposta, ela junta nossos lábios. Ficamos alguns segundos com apenas um selinho leve, logo sua boca começa a abrir dando inicio a um beijo de verdade. Sua língua pede passagem e eu não demoro muito para ceder.

Seu beijo era leve, mas sensual, possessivo e carinhoso, era um junção perfeita. -  Sua mãos que antes estava em meu rosto, logo desce para mim já nuca e a outra repousa em minha cintura.

Coloco uma mão em seu pescoço, e a outra em sua coxa desnuda pela sua saia curta. Cada segundo que passava sentia mais vontade de levar minhas mãos para dentro da sua saia.

Nosso beijo foi parando aos poucos com a falta de ar, terminando com alguns selinhos.

Nos olhamos e sorrimos. Sabíamos que aquilo não tinha sido apenas um beijo por conta do álcool em nosso corpo.

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⏰ Última atualização: Apr 11 ⏰

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