Capítulo 10 ++18

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"Por quê você está aqui?"

Eu não respondi a sua pergunta, mas cruzei os braços e passei casualmente por ele para me sentar na cama de dossel. Então notei que o lençol ainda estava arrumado. Kong ainda não tinha ido para a cama?

"Você não consegue dormir?" Perguntei à pessoa que estava sentada na poltrona.

O quarto era iluminado apenas pela luz fraca e quente do abajur acima da cama, criando uma atmosfera que causou um estranho arrepio pelo meu corpo.

"Sim," Kong respondeu secamente, então pareceu prestes a dizer outra coisa, "Você pode ir embora..."

"Não me expulse ainda. Eu não quero ir."

Claro, eu sabia o que estava por vir.

"..."

Kong se levantou, com as sobrancelhas grossas franzidas em seu rosto bonito, enquanto eu olhava para baixo, sem ousar encontrar seu olhar.

"O que eu tenho que fazer para você ir embora então?"

Ele perguntou com um tom exasperado. Decidi parar de enrolar e ir direto ao ponto.

"Um beijo."

"O que?" Kong perguntou novamente como se não pudesse acreditar no que estava ouvindo, o que me deixou tão envergonhado que minhas bochechas esquentaram.

"K...k... me beije."

Desta vez, minha voz falhou, parecendo muito menos confiante do que antes.

"Heh," a pessoa na minha frente zombou com um sorriso malicioso. Agora, por que achei tão charmoso?

"Você está brincando? Até onde você vai me pressionar, Pat?"

"Eu não estou brincando."

Eu não tinha certeza se deveria explicar o motivo porque havia algum detalhe "pessoal" envolvido. E pensei que Kong não precisava saber disso ainda, então era melhor ficar quieto.

"Se você está tentando se vingar de mim pelo que aconteceu antes, eu não tive a intenção de fazer isso."

Kong disse com firmeza, mas continuou evitando contato visual.

"Não, não estou. Quando eu disse me beije, eu quis dizer isso."

"Huh, continue sonhando! Isso nunca mais vai acontecer."

Kong não estava apenas falando; ele olhou para mim com um sorriso zombeteiro.

Esse cara estava se fazendo de difícil, né!?

A vontade de vencer dominou o pouco sentido que me restava, me levando a aproveitar o momento e agarrar Kong pela nuca, puxando-o para um beijo. No começo fechei os olhos com força, temendo que minha náusea aumentasse, mas isso não aconteceu. Kong ficou parado, deixando-me beijá-lo o quanto quisesse. Depois de alguns minutos, me afastei de seu rosto.

Limpei meus lábios ardentes com a mão, sentindo culpa e satisfação que me impediam de encontrar seu olhar. Eu queria dizer algo, mas de repente fui puxado para um abraço forte contra seu peito forte, seus braços envolvendo minhas costas antes que aqueles lábios de cores profundas esmagassem ferozmente os meus mais uma vez.

Um gemido suave escapou da minha garganta enquanto meus lábios eram devorados apaixonadamente. Embora eu estivesse longe de ser um novato em beijos, Kong parecia estar me ensinando como deveria ser um bom beijo.

"Abra a boca, incline a cabeça para trás."

O sussurro rouco veio do dono daqueles olhos castanhos incrivelmente sexy, e minha mente ficou em branco. A única coisa que eu sabia era o meu desejo por mais, então segui suas instruções, deslizando com confiança minha língua em sua boca, deixando tudo acontecer naturalmente. Eu não estava com raiva de Kong por fazer isso...

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