INSONIA

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CAPÍTULO 1

Quando acordei, senti um desconforto nas costas, como se minhas vértebras estivessem reclamando da posição durante o sono

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Quando acordei, senti um desconforto nas costas, como se minhas vértebras estivessem reclamando da posição durante o sono. Ao me sentar na cama, dei um leve estalo no pescoço, e meus dedos acompanharam o coro, emitindo pequenos ruídos ao serem movimentados. Notei que estavam gelados, embora lá fora o clima parecesse agradável, o sol já despontando.

Puxei o cobertor macio sobre meu rosto para bloquear a invasão de luz, suspirando cansada. O tecido roçava de leve no meu nariz avermelhado, fazendo cócegas, e eu o esfreguei suavemente, sentindo-o dormente após a noite anterior de febre escaldante, que agora cedia espaço para uma brusca queda de temperatura.

O sótão, com sua atmosfera acolhedora, ainda não estava muito arrumado, mas exalava um charme rústico. Procurei alguém que parecia ter desaparecido, revirando sua cama arrumada, seus quadros de pinturas e até mesmo o banheiro com a porta escancarada.

Empurrei-me para fora do colchão antes que a preguiça me dominasse completamente, pronta para enfrentar mais um dia com todas as suas incertezas e desafios, enquanto o sol dava as boas-vindas a um novo amanhecer.
Meu corpo se arrepiou assim que os pequenos chuviscos gelados alcançaram a minha testa, aliviando os sintomas de mal estar, sorri com os olhos fechados espalmando as mão na parede de azulejos azuis, arranhando os dedos nas partes lascadas, tentava me mover o mínimo possível até me acostumar com o frio que me abraçará, e se instalará nas curvas do meu corpo descarnado.

Me esgueirei rápido pra fora das cortinas beges, que separavam o chuveiro enferrujado do resto do banheiro, vestida apenas de um pesado roupão fui a escrivaninha escondidas entre os moveis velhos e empoeirados, coberto por leves lençóis, do lado oposto da exposição de desenhos sombrios de minha amiga.

O quarto foi invadido por vampiros de confiança do quartel, carregando um imenso caixão envernizado. Assustada, pulei para a ponta da cama, meu coração batendo descompassado diante daquele artefato macabro que fora depositado próximo à parede, ao lado da minha cama.

"Mas que grande merda é esta?" Exclamei, apontando com receio para o caixão. Minhas feições deviam espelhar claramente meu pavor, enquanto eu me aproximava cautelosamente, observando Marcel abrir a parte superior.

O interior revelou um homem extraordinariamente belo, porém cinzento como granito, com veias saltadas por toda a sua pele. Ele trajava um terno elegante e impecável, o que contrastava de forma perturbadora com sua aparência macabra. Um aperto doloroso se instalou em meu peito ao testemunhar aquela cena inquietante.

"Este é Elijah Mikaelson, um vampiro original" Marcel o apontou com um sorriso no rosto, o que me assustou profundamente. No entanto, após ser explicado o motivo da presença daquele corpo em nosso quarto, uma onda de alívio perpassou por mim. Afinal, ele não estava verdadeiramente morto.

"Antes que os cavalheiros se retirem", pedi ainda ajoelhada sobre a cama, "Já que ele aparentemente está sob os cuidados de Davina, poderiam movê-lo para o lado dela do quarto?" Minhas mãos tremiam ligeiramente de medo enquanto fazia o pedido.

NIGHTMARE- K.MOnde histórias criam vida. Descubra agora