A Balada

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Olá, fantasminhas lindes, tudo bem? Dêem bastante amor para minha filhinha aqui, tô lutando contra minha própria cabeça para trazer algo bacana pra vcs, é de graça e eu só peço a estrelinha de volta!

Sem mais delongas, o de sempre: playlist atualizada e no meu perfil!

Boa leitura <3

Enquanto seus passos a guiavam para fora do cemitério de Miami, se lembrou da mensagem que havia mandado para Dinah durante a madrugada. Àquela hora sua amiga já deveria ter visto e respondido, o que pôde facilmente constatar quando pela tela de bloqueio viu seguidas mensagens da loira que certamente deveria ter surtado e soltado fogos que poderiam acordar metade da cidade. Ela riu só de imaginar e desbloqueou para responder seguindo para seu carro estacionado no acostamento.

Dinah: CHANCHO, SUA CACHORRA [7:33]

Dinah: QUER ME MATAR ESSA HORA DA MANHÃ? [7:33]

Dinah: É claro, meu amor, te busco de que horas? [7:34]

Camila riu mais ainda, e respondeu.

Me: Chega de falar de morte, ninguém vai morrer aqui. Lembrei que tinha um carro, posso te buscar. [9:26]

Era impressionante a maneira como Dinah conseguia ser naturalmente engraçada, fazia seus dias menos sombrios. Da mesma forma que foi, ela seguiu caminho de volta. Estava próxima da floricultura, e aquilo lhe trouxe à mente o fato de que havia prometido para Riley que voltaria lá. Claro que não era obrigada a retornar no mesmo dia, poucas horas depois, mas com certeza a jovem ficaria feliz de vê-la de novo, mesmo que tão cedo. Com isso em mente, seguiu a rota diretamente para o estabelecimento.

Lá estava ela, mexendo nas prateleiras, movendo mudas de lugar. E com o ouvido bom que tinha, virou exatamente no momento em que Camila cruzou a porta, lhe oferecendo o mesmo sorriso de antes. A latina sorriu de volta para ela e terminou de entrar, umedecendo os lábios para conseguir falar. Era óbvio que aquela ruiva bonita era afim de mulheres, tinha assistido 'A Maldição da Mansão Bly', sáficas tinham essa deliciosa inclinação para jardinagem.

Estando confiante daquilo, ela se permitiu chegar mais próximo de Riley para que não precisasse falar aquilo alto demais.

— Olha só. Não foi que você voltou? – A menina-mulher estava em negação, mas com humor, aquele característico dela. Camila lembrava bem.

— Eu te disse que ia. – Riley estreitou os olhos para ela e analisou sua figura de cima a baixo. — O que?

— Você – disse, simplesmente, sem explicar.

— O que? – Repetiu. O sorriso em seu rosto esmaecia enquanto ela franzia o cenho.

— Tá diferente. – A outra continuava a analisá-la, parecia fazer uma varredura minuciosa para descobrir exatamente o que era.

— Diferente? – Riley respondeu com um som anasalado de afirmação, parecia divertida ainda que seriamente estivesse tentando desvendar o mistério. Foi então que Camila se recordou do pingente. É claro, só podia ser. Sua reação foi dar um tapa na própria testa, fazendo Riley gargalhar de si. — Meu Deus! É o pingente, não é?

A florista mirou o cordão pendurado sobre o colo de Camila e suas acobreadas sobrancelhas se ergueram. Fazia sentido. Podia mesmo ser aquilo que estranhava.

— Poxa, é mesmo! Que lindo. Sua garota que te deu? – Camila quis rir da piada de Riley, mas algo não permitiu. Tratou de, mais uma vez, balançar a cabeça como se tentasse fugir de um mosquito insistente.

Ghost (Camren) - HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora