Capítulo 4

489 34 2
                                    

CAROLINA

Já se passava das 11:00 da manhã quando acordei com o som do despertador, foi quase uma guerra entre eu e meu celular para encerrar logo aquele barulho e não acordar Natália que dormia serena ao meu lado. Xinguei a mim mesma diversas vezes por sempre esquecer de desligar meus alarmes que além de barulhentos ainda são insistentes tocando de cinco em cinco minutos.

Levantei da cama ainda cambaleando e fui diretamente pro banheiro onde fiz toda a minha higiene matinal e tomei um banho altamente satisfatório, parecia até que eu havia passado um ano sem tomar um banho de vergonha. Passei em meu closet e vesti apenas um pijaminha preto curto, embora nunca o usasse, ele era o que estava mais fácil e acessível, quando retornei para o quarto foi impossível não sorrir, Natália estava dormindo toda espalhada na cama parecia uma estrela do mar e meus lençóis brancos encontravam-se no chão, ela com certeza se mexe dormindo tanto quanto se mexe acordada. Meu furacão.

Fiquei de joelhos sobre a cama e me aproximei da minha fotografa com cuidado, o cheiro de Natália é único e capaz de despertar mil coisas em mim, devagar fui espalhando beijos do seu ombro ao pescoço e foi perceptível a reação da sua pele, seu arrepio ao meu toque parecia uma explosão, era mais que só corpo, era alma.

Minhas mãos guiaram-se sozinhas para sua coxa descoberta, fazendo ali um carinho em movimentos circulares como se eu traçasse desenho imaginários, logo adentrei meu nariz entre seus cabelos em sua nuca e eu poderia passar o restante da minha vida ali, dando cheirinhos e espalhando carinhos por todo seu corpo.

Aos poucos Natália foi despertando com meus toques que intencionalmente tinham a intenção de acorda-la, seu corpo que estava todo espalhado na cama aos poucos foi se aninhando em mim tal como uma borboleta no casulo e assim ficamos por alguns minutos em um silêncio confortável.

– Bom dia! - sussurrei em seu ouvido deixando um beijinho em sua orelha

Antes de me responder ela virou-se para mim desmanchando nossa conchinha

– Bom dia! - me respondeu com um sorriso me encarando com seus grandes olhos castanhos.

– Eu queria ter uma câmera e saber fotografar como você agora - confessei enquanto acariciava seu rosto – Somente para registrar teus olhos quando tu me encara assim Natália, teus olhos são grandes e brilhantes e tão expressivos que eu fico toda boba - falei sorrindo e pude ver suas bochechas ficando vermelhas de vergonha – Acho que os papéis estão se invertendo, olha só Natália Cardoso com vergonha

– Não tô com vergonha- ela riu escondendo o rosto – A tímida dessa relação é você!

– Será?!- questionei fazendo cócegas em seu pescoço.

– Com certeza! - ela riu.

Sem que percebêssemos estávamos nós duas bolando na cama rindo numa guerra de cócegas que parecia não ter vencedora. Em meio a muitas gargalhadas o corpo de Natália parou totalmente sobre o meu prendendo minhas mãos contra a cama, nossos olhares se fixaram e o único som dentro do quarto era o de nossas respirações de ofegantes.

– Eu senti tanto a sua falta...- Natália disse quase num sussurro soltando minhas mãos

– Eu também senti muito a sua falta meu bem- segurei seu rosto entre minhas mãos – Você não imagina quantas vezes por dia eu desejava estar aqui, em casa, perto dos nossos amigos e principalmente perto de você - levei minhas mãos para as costas dela e fui a trazendo para mim abraçando seu corpo com carinho.

REENCONTROS Where stories live. Discover now