𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝐼𝐼𝐼

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Os dias se passaram desde o incidente com Edmundo, Thomas continuou na polícia como detetive, mas começou a trabalhar sozinho no caso de Ivy. Aquela mulher havia se infiltrado em seus pensamentos. Ela era um mistério que ele precisava resolver, não apenas por curiosidade, mas porque sentia que havia algo profundamente intrigante por trás de seus olhos mascarados.

— Por que eu não encontro nada sobre ela? — Ele murmurava enquanto analisava algumas anotações que havia feito e alguns registros de possíveis pessoas que poderiam ser a mulher. — Ela não pode ser um fantasma...

Tom passou horas imerso em buscas. Tentou acessar bancos de dados restritos e até rastrear possíveis conhecidos da misteriosa figura. Mas parecia que Ivy era uma sombra, sem passado, conexões ou registros. Aquilo só atiçava ainda mais sua determinação.

Com o passar das semanas, ele transformou a parede do quarto em um mural de investigação. Fotos, anotações e fios de conexão criavam um labirinto visual de suas descobertas escassas. Quanto mais ele tentava desvendar Ivy, mais percebia que o caso se tornava pessoal. Ela era mais do que apenas uma criminosa; era um enigma que desafiava suas habilidades.

Após se passar quase um mês de investigações, decidiu dar uma pausa. A quarentena ainda estava em vigor, mas Tom precisava de um momento fora de casa. Ignorando as restrições, vestiu-se discretamente e foi até um pequeno bar que havia encontrado em uma caminhada anterior.

No bar, sentou-se em um canto e pediu uma bebida. Enquanto observava o ambiente, uma mulher loira e de olhos azuis chamou sua atenção no balcão. Ela parecia perdida em pensamentos. Algo na expressão dela o intrigou, e ele decidiu puxar conversa.

Seu nome era Sarah, e ela era tão carismática quanto misteriosa. A conversa fluiu de forma natural, e logo estavam rindo e compartilhando histórias. Pela primeira vez em meses, Tom sentiu-se vivo, descontraído e conectado com alguém.

Quando a noite terminou, despediram-se com sorrisos genuínos.

— Foi um prazer conhecê-la — disse ele, beijando sua mão com elegância.

— O prazer foi meu. Espero que possamos nos encontrar novamente — respondeu Sarah, ligeiramente corada.

Mas a tranquilidade da noite terminou abruptamente. Enquanto Tom voltava para casa, imerso em pensamentos sobre Sarah, foi subitamente atacado. Um golpe na cabeça o fez desmaiar.

~

Ivy avançava pelas sombras de Edimburgo, os passos suaves quase inaudíveis contra o silêncio opressor da noite. Seu olhar afiado perscrutava cada canto do labirinto de becos da cidade, buscando seus alvos: Calvin e Louis. Ela carregava uma determinação fria e calculista; matá-los era mais do que um objetivo, era uma promessa que carregava consigo desde o início.

De repente, uma movimentação em um beco mais à frente chamou sua atenção. Duas vozes conhecidas ecoaram pela noite, confirmando suas suspeitas. Ivy se aproximou com cautela, espreitando as figuras mal iluminadas. Seus olhos se estreitaram ao reconhecer Calvin e Louis, mas o brilho de malícia em seu olhar logo foi substituído por uma expressão gelada ao notar outra figura junto a eles.

Thomas estava caído no chão, com um tiro na perna, e sendo brutalmente espancado pelos dois homens.

— De novo? — Ivy murmurou com uma irritação resignada, deslizando sua pistola da bainha. Seus dedos firmes ajustaram a mira com precisão. — Azarado...

Sem hesitar, ela apertou o gatilho. O disparo ecoou alto, perfurando o peito de Louis e derrubando-o imediatamente. Calvin virou-se alarmado, mas antes que pudesse reagir, foi atingido no ombro, gritando de dor. A dupla, tomada pelo pânico, recuou rapidamente, desaparecendo na escuridão.

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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